Matteo
Eu tive um dia estressante.
Depois de deixar Rebeca no hospital sob os cuidados de Lucca, tive uma reunião com a alta cúpula da máfia presidida obviamente pelo meu pai, o Don. Claro que ele lamentou a ausência do meu irmão que eu defendi dizendo que o havia deixado à frente de uma investigação depois da visita nada bem-vinda de um grupo da Casamonica.
Papai não entendeu eu precisar de alguém como Lucca, afinal esse grupo é pequeno perto do nosso, mas tampouco questionou.
Melhor.
Subchefes, chefes e alguns colaborados do alto escalão do governo participaram, seguido de um jantar requintado em minha casa que mama organizou juntamente com Graziella que se comportou com uma verdadeira lady ao meu lado. E ainda fui superelogiado pela escolha mais que perfeita de alguém fina, discreta e linda.
Infelizmente, minha cabeça, mesmo que concentrado em tudo, voltava sempre para Beca. E se não fosse pelo meu irmão que me garantiu seu cuidado, eu não sei como estaria.
O jantar terminou razoavelmente cedo, e mesmo que ainda tivéssemos muitos homens a beber depois em uma reunião completamente masculina, eu pedi licença para me retirar, alegando que precisava deixar Graziella em casa e render meu irmão.
Se estranharam, eu pouco me importava.
Graziella não reclamou quando a deixei em casa. Aquelas reuniões com um bando de velhos não a agradavam e isso foi perfeito para a minha retirada, além de fazer bonito o meu papel como se eu realmente me importasse com que os outros pensavam – ao menos naquele quesito.
Cheguei ao hospital tarde acompanhado de Marco que já exigi que providenciasse um grupo de segurança para monitorar Rebeca a distância e que não tivesse ligação alguma com o nosso. Queria algo independente, discreto e que minha Beca sequer desconfiasse.
Entro em seu quarto preocupado já que meu irmão me informou a dezena de vezes que Beca usou o banheiro assim como me passou o resultado dos exames de sangue que mesmo sendo um ignorante para aqueles números, estava muito além da normalidade. Acontece que ao vê-la, desfrutar do seu doce sorriso safado, sua cor natural e linda se destacando, respirei aliviado.
― Oi ― diz, e eu só consigo sorrir.
Agora ela estava sob minha proteção e nada nem ninguém a prejudicaria.
― Oi, mocinha. ― Beijo-a, lamentando minha princesa ali. ― Melhor?
― Sim.
Sinto-me um tolo por estar tão envolvido quando tudo começou por um capricho meu em querer humilhá-la.
― Está sendo bem tratada? Sentindo alguma dor? ― Mataria facilmente se eu soubesse que Rebeca não estava recebendo o tratamento necessário depois de pagar uma pequena fortuna para interná-la ali. Isso sem falar no médico que que eu exigi estar à frente.
Ela assente e eu duvido sabendo que mesmo que ela estivesse ainda mal, como sei que está, ela jamais reclamaria.
― Obrigada. ― E ainda agradece.
― Eu sou um príncipe, lembra? ― Brinco e vejo de relance meu irmão sentado, assistindo toda a nossa interação.
Foda-se!
― Vou falar com Lucca e daqui a pouco eu volto pra ficar com você. ― Meu irmão deve ter percebido pelo meu olhar que eu não estava muito a fim de brincadeira. ― Volto logo ― e caminho até a porta esperando o idiota passar.
E pela cara, já sei que vai me sacanear.
― Até breve, Rebeca. Adorei conhecê-la. ― Rebeca mostra-se aliviada com a saída do meu irmão e eu não sei o que pensar a respeito disso. ― Espero que da próxima vez que conversarmos, você esteja em melhores condições.
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Simplesmente, minha (Traídos - Livro 1) Retirando
RomanceLivro Dark. Contém cenas de violência, sexo, drogas e outras coisas que podem ser consideradas gatilhos. Não recomendado para maiores de 18 anos. Livro para diversão e entretenimento. Sinopse: Rebeca só sonhava em estudar, cursar uma universidade e...