Behind The Counter - VegasPete

Capítulo 11

Algumas horas antes.

Pete estava voltando para casa, seu chefe havia o liberado mais cedo já que o fez acordar 4 da manhã para estar ali, a noite começava a cair e tudo que ele queria era dormir, sentia-se cansado e com dores nos braços pelas caixas que teve que mover no estoque, só trabalharia no dia seguinte e no turno da tarde (palavras do seu chefe), quando finalmente chegou a sua casa foi recebido pelo pequeno DongWools, o ômega segurou-o em seu colo notando que algo estava diferente em sua casa, algumas coisas pareciam estranhamente fora do lugar, moveu-se pela sala seus passos sendo suaves. Esgueirou-se por algumas paredes olhando cada canto do pequeno quarto, não encontrando nada, talvez DongWools tivesse se divertido em excesso por isso as coisas fora do lugar, deu de ombros deixando o pequeno gato sobre o sofá antes de seguir até o banheiro para poder banhar-se e comer algo, estava passando a camisa preta sobre sua cabeça, quando pode ouvir o som de passos que vinham da direção de onde estava anteriormente.

Continuou como se não tivesse ouvido nada, tirando a camisa e a jogando em um canto do banheiro fechando a porta logo em seguida. Os dois homens encapuzados que haviam se escondido fora da casa, estavam parados de fora da porta do banheiro prontos para invadir e levar o ômega, um deles abriu a porta do banheiro entrando com a arma em punho, assustando-se ao perceber que não havia ninguém.

— Não tem ninguém aqui — murmurou para o outro.

— Como assim? Não tem por onde ele sair — respondeu se aproximando — Maldito ômega, aonde ele foi?

— Pela janela — apontou para a pequena janela do banheiro.

— Ele não passaria aí, é muito grande. Talvez ele ainda esteja aqui, só que escondido.

— Mas onde?

— Que tal acima.

A voz suave chegou ao ouvido dos homens que olharam para cima, Pete estava pendurado no canto perto da porta rindo de ambos idiota, antes que pudessem reagiu chutou o rosto de um deles o derrubando para dentro do box, pulou sobre o outro o fazendo cair entre a pia e o vaso, rapidamente saiu fechando a porta colocando um armário pequeno que tinha no corredor para impedir a saída deles, mas para seu azar havia mais homens o esperando na sala de estar, lutar ali seria inevitável e como sabia que seria necessário não hesitou em ir para cima deles, lutando habilmente contra todos sendo atingindo por alguns golpes e uma faca, que pegou em sua coxa o fazendo gritar pela dor momentanea. Assim que derrubou o último deles pegou DongWools, e saiu pela janela da cozinha que ficava acima da pia, correu em direção ao centro sendo seguido por mais homens que provavelmente estavam fora da casa.

Precisava encontrar um lugar para se esconder, enquanto passava por alguns becos desviando dos tiros que viam em sua direção, lembrou-se das palavras de Boun.

"— O lugar mais seguro de Bangkok é a mansão de Vegas Theerapanyakul, é impossível invadir o lugar, ninguém nunca conseguiu."

Ele realmente não queria encontrar o alfa novamente mas precisava escapar, aqueles homens só poderia ser a mando do seu ex-general ou daqueles cara que bateu para defender Vegas, preferia que fosse a segunda opção mas no momento não tinha tempo para pensar naquilo, correu em direção a mansão Theerapanyakul encarando o enorme muro à sua frente, com a força que ainda tinha em seu corpo tomou impulso segurando sobre as grades do portão, para depois segurar na beirada do muro e jogar seu corpo para dentro vendo um último reflexos dos homens que o seguiam, suas costas bateram no chão fazendo um estalo alto ecoar.

— Droga! — murmurou ao tentar ficar de pé — Caralho de muro alto.

Aquele com certeza não era o dia de sorte de Pete, mal teve tempo de colocar DongWools no chão quando foi derrubado por um corpo maior que o seu. Porsche que passeava pelos jardins pode ver quando o outro caiu pelo muro, sua primeira reação foi segurar e conter o possível invasor que agora rolava com ele pela grama macia.

— Sai de cima de mim porra — Pete gritou — Quem diabos é você?

Socou sua barriga e acertou seu queixo, arrastando-se quando o outro o soltou, mas logo foi segurado de novo.

— Eu que devia perguntar isso, quem porras é você? — prendeu seus braços, acertando um soco em seu rosto — Como pulou o muro?

— Com minhas pernas gênio — debateu-se para se soltar — Quer fazer o favor de me soltar, eu não vim roubar nada.

— Vai sonhando.

Estavam tão imersos em sua luta pessoal que nem perceberam que não estavam sozinhos, Pete encarou da melhor forma que pode o alfa que veio até a conveniência naquela tarde, então aquele cara em cima dele era o tal marido esquentadinho? Fazia total sentido o que ele tinha falado.

— Ele é seu marido? — Pete perguntou — Bem que disse que ele era esquentadinho.

— Seu idiota, eu vou atirar em sua cabeça — Porsche o derrubou sobre a grama, ficando por cima de si.

— Tira ele de cima de mim — Pete gritou como resposta.

— Ele invadiu a mansão — Porsche segurou os braços de Pete — E o peguei assim que ele pulou o muro.

Pete havia soltado seus braços, suas mãos moveram-se em direção aos cabelos de Porsche os puxando.

— Me solta — Pete também teve seus cabelos segurados.

— Solta você.

Boun que finalmente tinha saído de seu torpor se aproximou, junto de Vegas e Kinn para separar os dois ômega antes que eles se matassem, ambos foram puxados um para longe do outro, seus cabelos completamente bagunçados enquanto se encaravam furiosamente.

— Seu marido é completamente louco — disse a Kinn.

— Quem pulou um muro de quase dois metros de altura foi você — Porsche rebateu — Vai ver o louco quando eu arrastá-lo sobre essa grama.

— Tenta sorte, vou acabar com esse seu cabelo sedoso.

— Okay, chega, os dois — Boun falou — Primeiro vamos levar os dois para dentro e cuidar dos ferimentos de Pete, depois conversamos.

Porsche se soltou do agarre de Kinn e seguiu para dentro da mansão junto com todos os outros, e o pequeno DongWools que estava sendo segurado por Zon. O ômega foi colocado sobre o sofá, sua perna estava sangrando e havia alguns ferimentos por seu corpo, Vegas o olhou com preocupação enquanto avaliava cada ferimento.

— O que aconteceu? — perguntou.

— Eu fui atacado em minha casa, tinha vários homens lá esperando por mim — murmurou com dificuldade, sua perna estava realmente doendo — Eu consegui lutar e escapar pela janela, mas eles me perseguiram. Precisava me esconder em um lugar seguro, e lembrei que Boun tinha falado sobre sua mansão, não tive outra escolha a não ser invadir — virou-se para Porsche — E esse louco me atacou.

— Eu não tinha como saber que não era alguém perigoso — deu de ombros.

— Mas porque estavam o perseguindo? — Vegas segurou sua mão — Pode confiar em mim.

— Eu contarei, mas primeiro preciso de um curativo.

— Tudo bem, Porsche por favor o ajude — olhou para o marido de seu primo.

— Eu?

— Sim, Porsche, você — Kinn cruzou seus braços encarando seu marido — Assim se desculpa por tê-lo atacado, e nem pense em dizer não.

— Tah bom, o levem lá para cima — disse com certo tédio.

— Fique perto de mim — Pete sussurrou para Vegas — Ou ele vai me matar com uma atadura.

O alfa riu antes de pegá-lo em seus braços.

— Não se preocupe, vou protegê-lo, pequeno Veratrum.

— Você é bem prepotente, né?

— Ah, eu realmente sou — piscou para ômega que apenas revirou seus olhos.

—Eu vou me arrepender de ter pulado esse muro.