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cap 1

Pov: Carla Maraisa

Quando eu tinha exato 7 anos ganhei meu primeiro livro de papai, "Pequeno principe" clássico da parte infantil, mas e claro que hoje me interesso por outras tipos de gêneros, como romances possessivos , fantasia sobrenatural e entre outros gêneros, eu sempre fui uma garota na minha, sempre gostei do meu cantinho, do MEU espaço , e foi assim até hoje nos meus 17 anos que continuo a mesma pessoa desde de pequena, podemos dizer que sou meio obsessiva por livros , as vezes me pergunto porque os adolescentes da minha idade só pensam em celular ou relacionamentos, mas quem se importa com isso quando se tem livros para ler e se perder em seu mundinho particular...

Tem um tempo para cá que eu venho implorando para papai me deixar ir ver minha autora preferida que mora la em  Nova York preciso urgente saber oque aconteceria no final do livro que nao seria publicado, ela e brasileira mas nunca mais pisou o pé aqui no Brasil pelo que eu ouvi falar, ela escreve os livros mais espetaculares e especiais que eu já li na minha vida o jeito que ela se expressa na sua escrita eu acho incrível, a maioria de seus livros fala sobre sua vida e eu acho a coisa mais linda, não vou mentir já chorei litros em alguns de suas histórias...

Me desculpem acabei não falando o nome da dona das minhas faltas de noites de sono, após ficar horas lendo suas histórias...

Marília Dias Mendonça. Eu nunca vi uma autora tão bonita quanto ela e, desde de meus 15 anos me inspiro nela para escrever e principalmente para ler claro que não queria perder a oportunidade de vê-la.

Eu não sei quando ela voltaria para o Brasil novamente, em uma de suas entrevistas ela falou que a vida lá fora para ela e melhor, ela não é tãooo famosa assim, mas para mim ela já é dona do meu coração, seus livros fazem mais sucesso aqui no Brasil e claro, eu preciso muito ir nem que eu tenha que sair escondido mais eu vou...

- Papai qual é o problema do senhor me levar até lá para eu conhecê-la??- perguntei indignada pelo fato do senhor Marco estar inventado desculpas para não me deixar ir.

-Maraisa eu já falei , eu não tenho tempo para te levar e além do mais fica em outro país que é muito longe, você sabe que nao temos condições para viajar, quem sabe outra vez mas agora não dá- falou suspirando é sentando no sofá.

- mais pai.

- sem mais Maraisa, eu não vou discutir com você novamente sobre isso

- eu nunca vi isso , eu já tenho 17 anos quase 18 posso muito bem pegar um avião e ir para Nova York sozinha e além do mais sei me virar muito bem.- falei cruzando os braços olhando para ele.

- e com que dinheiro?-certeza que sabe se virar sozinha?, esqueceu que quase botou fogo na casa uma vez e você estava S-O-Z-I-N-H-A- falou pausadamente as últimas palavras.

Parei para pensar e realmente isso aconteceu, mas quem liga para isso quando você quer ver sua autora preferida.

- tá bom então o senhor vai mesmo deixar a sua filha morrer sem antes conhecer Marília Mendonça- falei fazendo cara de cachorrinho para ver se adiantava alguma coisa, as vezes dava certo essa tática.

- pelo amor de Deus Maraisa não seja dramática- falou meu pai revirando os olhos.

- cansei e impossível convencer o senhor- bufei e sai da sala indo para meu quarto.

Eu precisava ligar para alguém, ei ei ei não pensem que eu sou mais na minha que não tenho amigos,claro que tenho, mas a que confio de olhos fechados e Lauana.

Chamada on:

- Lau tá ocupada?- perguntei olhando para o teto do meu quarto deitada em minha cama.

- oi meu amor, não tô não.

- a gente poderia se encontrar na praça perto da nossa escola? Eu preciso falar com você.

- por mim tudo bem, que horas?

- pode ser agora?- perguntei mordendo os lábios de nervoso.

- tá bom então minha linda agorinha te vejo.

- beijo-felei por fim desligando o telefone e indo direto pro guarda roupa escolher uma roupa apresentável.

...

- aonde você vai ?- perguntou meu pai quando me viu descendo as escadas.

-vou sair com a Lauana, ou o senhor também não vai deixar eu ir porque eu não seu me v-i-r-a-r. - falei indo até a porta logo saindo depois, não queria ouvir suas lições de moral.

O caminho até o parque foi tranquilo não fica muito longe então não tive que me preocupar com o meu sedentarismo.

Estava em pé parada perto de uma árvore quando sinto dois braços puxarem para si minha cintura dei um sobressalto pelo susto mas respirei aliviada quando vi quem era.

- não precisa desse susto, Lauana você sabe que eu odeio.

- odeia quando outras pessoas fazem em você, porque quando eu te implico você ama e pode falar você ama tudo que eu faço.

- convencida até demais pro meu gosto.- falei rindo.

- mudando de assunto oque você queria falar comigo ?-perguntou confusa.

- então eu preciso da sua ajuda para uma coisinha- vamos sentar ali que eu te explico.

Caminhamos até um banquinho próximo e sentamos.

- nossa como o dia tá lindo né?- falei olhando para o nada.

- Maraisa não muda de assunto, quando você tenta disfarçar assim e porque tem alguma coisa.

- tá bom , tá bom, e que... e... eu quero que você viaje comigo para Nova York?- falei rápido as últimas palavras e ela não entendeu.

- Maraisa pode repetir por favor eu não entendi?

- eu quero que você é viaje comigo para Nova York- falei com calma dessa vez e ela arregalou os olhos e começou a rir.