cap 11

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Pov: Marília Mendonça

— ui ui onde vai tão bonita
assim em ??- perguntou Maiara enquanto entrava em meu quarto.

Estava com um terninho feminino preto, e uma blusinha branca por baixo é meus cabelos estavam soltos.

— não e da sua conta mocinha - falei e mostrei língua.

— hum grossa.- falou e virou pra ir embora.

— eu tô brincando besta, vou sair com uma menina.

Maiara virou me olhando com a boca aberta, e veio correndo até mim.

— posso saber quem e a sortuda??- perguntou.

— aí já tá querendo demais né Maiara.

— tá bom então- fez biquinho.

— para de drama, você nunca me fala dos seus rolos por aí, por que tenho que falar dos meus ??- perguntei terminado de colocar meu salto agulha.

— só toma cuidado viu, você acabou de chegar aqui, não vai confiando em qualquer uma que aparece.

— tá bom "mamãe" - falei revirando os olhos.

— bixa besta- falou rindo.- bom encontro chefinha, vou e dormir.

— tchau minha protetora - falei saindo do quarto.

[...]

— merda de imprensa- dei um soquinho no banco do carro.

Parecem urubu no nosso pé, da próxima vez vou sair pela porta dos fundos do prédio.

— senhora poderia me informar para onde vamos - perguntou Miguel.

— senhora está tudo bem ?- perguntou novamente.

Só depois fui me tocar que ele estava falando comigo.

— está sim Miguel, não tem com que se preocupar, pode ir ao restaurante que te informei mais cedo.

Não não está tudo bem, Maraisa provavelmente já deve ter ido embora daquele restaurante achando que eu dei um bolo né.

Ele afirmou com a cabeça e deu partida com o carro.

— vai para um encontro senhora - perguntou ele- enquanto prestava atenção no trânsito. Porra as ruas essas horas são tão movimentadas assim ??

— até você Miguel, por favor né, sou sua chefe não tenho que dar satisfação para ninguém.

Ele ficou calado, me arrependi no exato momento de ter falado assim com ele. Miguel trabalha comigo desde do início da minha vida profissional.

— me desculpe, esses dias não estam sendo muito bons, mas respondendo a sua pergunta, sim e um encontro.

— tudo bem senhora, você tem toda razão, eu fui muito invasivo.

— esquece isso tá.

Encostei minha cabeca no banco, enquanto o vento gelado batia contra meu rosto.

— chegamos senhora.- falou estacionando em uma vaga do restaurante.

— obrigada Miguel, e por Deus pare de me chamar de senhora, só Marília está bom ok ??- perguntei antes de sair do carro.

— desculpa senh- quer dizer Marília.

— sabe como é e costume- coçou a nuca.

Dei uma risadinha.

— prefere que eu te aguarde aqui ??-

— pode ir, quando eu precisar você vem, não sei o quanto esse jantar pode demorar.

Ele assentiu com a cabeça.

Entrei no restaurante e os olhares caíram sobre mim, eu em parece que nunca me viram na vida.

— você seria a Marília certo ??- perguntou um menino de cabelos castanhos que provavelmente trabalha lá.

— sou eu sim, mas por que?- perguntei não entendo onde ele queria chegar.

— uma garota chamada Maraisa está te aguardando na mesa 15 no andar de cima.

— ahh, muito obrigado pela informação.

Falei antes de ir até o segundo andar do restaurante, e avistar a morena.

Ela provavelmente iria chamar o garçom mas segurei em seu braço impedindo a.

— oi- falou se sentando de frente pra ela.

— oi, pensei que não viria mais - falou bebendo a água em sua taça

— você tá linda- falei olhando a.

Deu um sorrisinho em forma de agradecimento.

Mudei de assunto logo em seguida

— e quem disse que eu não cumpro quando digo alguma coisa.

— a sei lá, já estava achando que foi trote ou você fez de propósito- ri.

Ela também riu.

— desculpa e porque, tive que fazer uma entrevista de última hora para imprensa e acabou dando essa demora toda, sabe como e né - falei meio sem graça.

— e sei bem como é.

— mas e ai o que queria falar comigo para conversar como duas "adultas".?

— bom na verdade eu queria conhecer mais sobre seu trabalho, como começou, sempre tive esse curiosidade desde seu primeiro livro publicado.

— vou falar só porque estou de bom humor.

[...]

— e você o que faz da vida ?- ou só fica me perseguindo pela internet.

— ei, eu sou alguém na vida sim viu, e não não fico 24 horas na internet, muito menos vendo você.

Mentira, desde de o dia que eu fui embora de Nova York eu não consegui tira lá da minha cabeça.

— hum, então tá.

— o que você faz da vida Maraisa, digo você tem um emprego, mora sozinha?- perguntei com desdém.

— se isso for um plano pra me sequestrar não vou falar nada.

— ham, você acha que eu faria isso, Pereira ?- perguntei olhando nos seus olhos cor de mel.

— não sei, por isso estou te perguntando Mendonça.

— primeiro que, se eu fosse te sequestrar eu não falaria que iria, segundo eu não daria tão na cara perguntando sobre sua vida.

— ok, ok, eu trabalho como bibliotecária, estou terminando minha faculdade de literatura, e sim moro sozinha, sai da casa do meu pai com 18 anos, e basicamente isso, não tenho muito o que falar Mendonça.

— desculpa a pergunta, você havia falado só sobre seu pai, e sua mãe ?

Percebi que ela ficou encômodada com a pergunta e ficou olhando para um ponto fixo.

— Maraisa??- estralei os dedos na frente do seu rosto para ver se chamava sua atenção.

— oi, desculpe, você se importaria se não tocassemos nesse assunto.

— claro claro, desculpe a minha inconveniência.

— tá tudo bem, mas enfim, eu já acabei aqui, o que acha de irmos tomar um sorvete ou andar pela praça ?

— eu tenho uma ideia melhor.

[...]

Gente podem brigar comigo pelo sumiço viu, mas agora estou de férias e vou tentar atualizar mais pra vocês amores. 🙌

My writer > ( Malila ) <Onde histórias criam vida. Descubra agora