Primal Kingdom - Um Reino de 65 Milhões de Anos

𝗫𝗜 - 𝗣𝗼𝘃𝗼 𝗱𝗼 𝗦𝗼𝗹

══════ • Há um ano • ══════

Um grupo de bandidos corria pela floresta sem desacelerar. Sobrepondo o som dos passos fortes dispersando-se pela mata, era possível ouvir os gritos dos guardas da realeza:

- Por aqui! - Gritava um dos guardas guiando os demais.

Na frente dos bandidos, os liderando para algum local seguro, estava Kragus. Ele era um criminoso de corpo robusto e desgastado, com cicatrizes entorno de seus braços.

Ele, assim como os demais bandidos, haviam conseguido escapar da prisão de Octonhein, devido a um incomum incidente. O presídio havia sido atacado e parcialmente destruído por um temível carnívoro com uma vela em suas costas, o Espinossauro. Isso permitiu a fuga de muitos criminosos, dando mais trabalho para os guardas da realeza que tinham agora de realocá-los.

- Por aqui, por aqui! - Kragus guia os seus aliados até a entrada de uma caverna.

Os bandidos espreitam-se na caverna e ficam em completo silêncio. Passos fortes anunciam a chegada de dois Alossauros na região. Montado em cima de cada um deles, havia um guarda segurando uma luminária. Da caverna, era possível ver a silhueta dos carnívoros.

Com um rosnado, os animais deixam o local e seguem andando em busca dos fugitivos. Os bandidos que estavam ali dão um suspiro aliviado.

- Chefe, encontrei uma coisa. - Dizia um bandido esguio.

Todos os criminosos olhavam para uma mulher caída no chão. De pele morena e com pinturas no rosto, ela estava inconsciente, além de possuir um pequeno corte na cabeça. Essa era Ayisha.

- O que será que aconteceu com ela? - Um dos homens pensava.

- Deve ter sido atingida por alguma pedra. Veja só o machucado em sua cabeça. - Outro respondia.

- O que vamos fazer com ela, chefe? - O bandido esguio questiona.

Kragus analisava o corpo de Ayisha.

- Isso não é de se jogar fora. - Kragus falava com uma risada forçada e maliciosa.

Ele se agacha e, antes que pudesse tocar em Ayisha, uma voz o interrompe.

- Se você gosta de suas mãos, não ouse tocar nela. - A voz vinha da silhueta de um homem robusto armado com uma espada e que se posicionava contra a luz do luar na entrada da caverna.

- Se não o quê? Vai corta minha mão fora? - Kragus então dá uma gargalhada.

O ignorando, Kragus retorna suas atenções para Ayisha. O homem misterioso entra na caverna em passos ligeiros e bruscos. Ele puxa Kragus para trás e, em um gesto rápido, usa sua imponente espada para decepar suas duas mãos.

- Arghhh!!! Desgracaçado! - Kragus esbravejava para conter a dor.

O líder criminoso cai no chão e continua a grunhir. Os outros bandidos não reagem e ficam amedrontados com a figura imponente que se encontrava a sua frente. Eros era o tal homem e, como de costume, utilizava o crânio de um jovem Ceratossauro como uma espécie de capacete.

Ele possuía uma longa capa feita com penas de algum dino morto. Além disso, empunhava uma letal espada que agora estava suja com sangue.