𝗫𝗩 - 𝗖𝗼𝗻𝗳𝗿𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗼𝘀 𝗠𝗮𝗿𝗲𝘀 𝗣𝗿𝗶𝗺𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀

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Sob a verga de dos mastros da embarcação, uma filha desmemoriada e o homem que lhe cuidou sua vida inteira se encaravam, prestes a se enfrentar por um material reluzente.

- Ayisha, o que houve com você? Não se lembra de mim, nem de Talik, nem ao menos de quem você era... - Sten evitava um iminente embate.

- Eu me lembro de meu salvador e o nome dele é Eros. - Ayisha

- Esse homem só quer lhe usar! Você pode ter se esquecido de algumas coisas, mas, no fundo, sabe do seu passado e de quem realmente se importa com você. - Sten

- Não fale besteiras! - Ayisha

- Então me diga! Por que não me matou quando teve a chance? Você podia ter me acertado com a adaga, mas desistiu. - Sten relembrava.

- Eu tive misericórdia uma vez e não terei de novo. - Ayisha então puxa uma adaga de seu cinto.

Sten começa a andar para trás, segurando o baú dourado em seu braço. Em um rápido instante, Sten analisa a situação. Ele observa uma corda presa no alto do mastro e então começa a fazer alguns cálculos mentalmente, circulando com seus olhos pelo navio.

Ayisha equilibrava-se na verga de madeira, se aproximando do seu alvo. Sten então se segura na corda e aguarda o ataque. Ayisha investe contra ele, tentando lhe acertar com a adaga. Sten abaixa, fazendo o golpe letal atingir o ar.

Antes que ela tentasse lhe desferir outro ataque, Sten pula do mastro se segurando na corda.

- Aaaaaa!!! - Sten gritava enquanto segurava firmemente na corda que o fazia "voar" nos ares.

A corda estava fazendo uma volta completa no mesmo mastro. Nem Ayisha foi rápida o suficiente para desviar do chute que Sten lhe deu quando a corda completou a volta. Ela foi arremessada para fora da arca, caindo no mar.

Sten se posiciona em cima do mastro e deixa a corda. Ele dá um suspiro aliviado por sobreviver e por seus cálculos terem dado certo: ou seja, Ayisha caiu no oceano sem sofrer muitos danos.

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O convés estava um caos, com vários pequenos confrontos ocorrendo em todos os cantos, tendo como protagonistas, os criminosos e Pteroquedistas da realeza. Maya, a rainha, estava cercada por dois bandidos sujos e ameaçadores. Um deles era magro e cego do olho direito. O outro era baixinho com cabelos compridos e desordenados. Para se afastar deles, Maya ia andando lentamente para trás até chegar a borda do navio, quase caindo na água acidentalmente.

- Vossa majestade! Agora é você que vai se subordinar a nós dois. - O bandido cego apontava para si e seu amigo com um facão que segurava.

- Ei! - Alguém cutucava o bandido pelas costas.

Ao se virar, não houve nem tempo para identificar quem era a pessoa que o cutucara. O homem recebe um gancho de direita caindo para fora do navio em seguida.

- Au! Doeu até em mim. - Kiera girava seu pulso direito, acariciando-o com a mão esquerda.

- O que você está pensando mocinha?! Eu vou... - O outro bandido era interrompido por um homem alto e loiro que o pega pelo cangote e o joga em direção ao mar.

Primal Kingdom - Um Reino de 65 Milhões de AnosOnde histórias criam vida. Descubra agora