X

332 57 161
                                    



MEW.

— Vai voltar para a empresa? - Caio pergunta quando já estamos no carro.

— Não! Eu não estou com cabeça para trabalhar mais hoje, me leve para o clube preciso relaxar.

Para minha paz a sauna está vazia, posso relaxar lendo meu livro, o enredo é bem divertido,  indicação da Olivia. Ela me disse que ler um romance gay talvez me ajudaria a entender o que está acontecendo comigo, mas a verdade é que só está me deixando mais curioso. O livro é sobre dois "primos" que se quer sabiam da existência um do outro, conta a história da disputa por uma herança, mas o velho da família nem morreu ainda, o neto mais velho é um tremendo babaca. Se acha dono da fortuna e inferniza a vida do pobre coitado que foi adotado quando era criança, acabou de perder os pais e nem sabia que tinha uma família. Eles acabam se apaixonando é claro, a história faz jus ao nome: "Quando o Destino Resolve Brincar".

Fora a história do casal principal, tem também vários outros dilemas como relações familiares mal resolvidas, traição, superação entre outros, realmente a autora Quezia Souza, sabia o que estava fazendo quando desenvolveu toda a trama.

Cheguei na parte em que eles se pegam e sinceramente Olivia parece que quer me ver louco, eu estou ficando excitado lendo isso, a autora conseguiu descrever cada detalhe, cada sensação, cada sentimento de forma perfeita. E  porra eu só consigo me imaginar fodendo o Gulf desse jeito e já estou de pau duro outra vez.

— Inferno! - deixo o livro de lado.

Ainda bem que estou sozinho, porque dá para ver perfeitamente a marca no tecido felpudo da toalha, saio da sauna, me dirijo ao banheiro e tomo uma ducha antes de ir embora, Caio deixou o carro aqui e foi para casa de metro, dirijo até em casa.

Tento compor alguma coisa, para distrair a cabeça, mas nada me faz parar de imaginar como seria estar dentro dele. É quase meia noite quando lembro de verificar meu celular e ver as inúmeras chamadas perdidas, a maioria da empresa, algumas do Caio, outras da Olivia e também da Karina.

Encaro o aparelho vendo o nome dela na tela, talvez isso seja exatamente o que eu preciso para esquecer ele, uma boa foda e Karina é a pessoa perfeita para isso. Retorno sua ligação e ela atende imediatamente.

A garrafa de vinho pela metade e ter seu corpo quase nú, delicado e macio sobre mim, não é suficiente para limpar minha mente. Seus lábios sobre a pele do meu pescoço me causa arrepios, mas não é bom.

Eu não quero beija-la.

Se quer tenho vontade de tocar nela, isso não está dando certo, a seguro pelos ombros e afasto seu corpo.

— Eu vou embora. - a tiro de cima de mim.

— O que? - ela me olha com aqueles grandes olhos azuis.

— Não tá legal tá bom! Eu nem deviria estar aqui. - pego a camisa do chão e visto.

— Não deveria estar aqui? Eu já estava pronta para dormir e você me ligou falando que estava afim e agora vem com essa de que não tá legal?

— Estou indo, peça um carro para te levar em casa. Pode colocar no cartão da empresa. - saio sem ao menos fechar os botões da camisa.

AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora