- Olha só, o príncipe encantado resolveu acordar e nos dar a honra de sua presença no café da manhã ! - Olivia esbraveja ao me avistar nos últimos degraus da escada. - Dormiu bem?
- Dormi! - suspiro - Bem, como não dormia a bastante tempo. - deixo um beijo em sua cabeça enquanto encaro ele, que está sentado bem a sua frente, o vejo baixar a cabeça tentando esconder o rosto corado e o sorriso sapeca que escapa de seus lábios.
Dou a volta na mesa e me sento ao lado dele, me sirvo com uma xícara de café.
- Bom dia. - sussurro próximo ao seu ouvido no mesmo momento em que deslizo a mão por sua coxa por debaixo da mesa. Sinto sua carne tremer sob meu toque e sua respiração se tornar pesada.
- Bom dia. - ele responde igualmente baixo e eu afundo ainda mais os dedos em sua carne.
- Onde estão as crianças?
- Lá fora com os monitores, nós até tentamos te esperar para o café, mas você demorou tanto que era capaz dos pobrezinhos morrerem de fome, então eles comeram primeiro. - Olivia é quem responde.
- Qual a programação de hoje?
- Piscina, o almoço será um piquenique na cachoeira e para finalizar um passeio pelas plantações, depois pegamos a estrada, vamos tentar sair cedo, porque a previsão para mais tarde é de chuva.
- Com certeza eu não quero esperar a chuva chegar, da última vez... é melhor deixar pra lá. - sopro um riso lembrando do quanto Gulf ficou furioso aquele dia.
Enfim estamos todos na piscina, nunca pensei que a gritaria e as gargalhadas das crianças me fariam tão bem, eu não sei explicar é como se alegria delas me contagiasse, só não está perfeito porque Gulf não quis entrar na piscina.
Desde que acordei não larga aquele notebook, ele é viciado em trabalho.
Está sentado na borda da piscina, com os pés dentro da água, nado até ele com Natasha agarrada em meu pescoço, mesmo a piscina infantil não sendo tão funda fiquei um pouco receoso de deixar ela com as outras crianças.
Entrego a pequena para uma das monitoras, que contratei para ajudar a cuidar das crianças. Me aproximo da borda da piscina onde ele está e apoio os antebraços no piso.
- O que está fazendo?
- Pesquisando sobre o mercado cervejeiro da Itália, quando estava fazendo minhas pesquisas para as provas, vi um artigo de um empresário muito influente na Europa, onde dizia que queria ampliar o comércio de cervejas na Itália.
- Você é viciado em trabalho. - passo a mão pelos cabelos alinhando os fios - Exportação? Não acha muito arriscado?
Só então ele me dá atenção. Inclina a cabeça levemente para me olhar, consigo ver seus olhos acompanhar uma gotícula de água que sai da minha têmpora, passa pelo meu pescoço e estaciona em minha clavícula.
Parece perceber seu quase transe, quando meus dedos deslizam sobre a pele sua perna envolvendo sua coxa em minha mão, o trazendo de volta a realidade.
- Não! - ele responde depois de engolir seco e puxar a perna tentando me afastar, mas seguro ainda mais firme em sua coxa, sentindo a pele lisa e macia. - A empresa tem um ótimo capital e o produto é bem avaliado... - ele retira minha mão de sua perna - ... e se formos pensar nos riscos, todos os investimentos têm riscos.
Volta a sua atenção ao computador e permanece concentrado ao seja lá o que for que tem escrito naquela tela.
Mas finalmente deixa o computador de lado quando, Olga aparece com com os cabelos presos em coque alto, secando as mãos no pano de secar os pratos, e depois de deixar o tecido descansar sobre o ombro, anuncia que o almoço está pronto.
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Acontece
FanfictionO amor! Há quem diga que é o sentimento mais forte do mundo que pode nos tornar em pessoas melhores, mas também há aqueles que acham que esse sentimento nos deixa fracos e vulneráveis. Bem este último era o pensamento de Mew Suppasit, um homem no au...