CAPÍTULO 27

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Com um baque, Hermione aparatou no meio da sala com um Draco quase inconsciente. Suas aparências já estavam voltando a normal e, quando ela passou os dedos pelo rosto de Draco, já era o rosto do homem por quem se apaixonara.

"Me escuta, Draco. Fica comigo." Ela disse enquanto pegava as poções curativas em sua bolsa. "Você não pode me deixar, entendeu? Eu preciso de você aqui comigo." Ela completou, sentindo as lágrimas correrem por suas bochechas.

Ela começou a lançar feitiços nas feridas, mas nenhum estava funcionando. Alguns ferimentos de magia negra, não eram fáceis de curar e esse parecia ser o caso de Draco. O sangramento era intenso e, a camisa dele que antes era branca, estava completamente vermelha quando foi retirada.

Theo, Harry e Rony correram para ajudar, sendo que Harry e Rony já estavam com suas aparências normais e Theo parecia em estado de desespero. Eles nem perguntaram o que acontecera, a situação era tão grave que não havia tempo.

As mãos de Hermione tremiam enquanto ela tentava curar os ferimentos. Draco parecia cada vez mais fraco, a cor indo embora lentamente de seu rosto.

"Obrigado." Ele disse olhando nos olhos de Hermione. "Obrigado por me dar a oportunidade de te amar."

Em seguida, desmaiou.

"Não, não, não, não." Soluçou Hermione entre as lágrimas, sem se importar com as reações das pessoas ao redor. "Por favor, Draco. Por favor, não me deixa."

"Ele ainda tem pulso." Disse Harry, com dois dedos em cima de sua carótida. "Está fraco, mas está aqui."

Hermione e Rony, pressionavam panos nas feridas para estancar o sangramento, já que os feitiços não estavam funcionando. Aparentemente, as lesões não haviam atingido nenhum órgão vital, mas a hemorragia incessante poderia facilmente matá-lo. Esse pensamento não ajudou em nada a aliviar sua angústia.

Theo rapidamente pegou algumas poções em seu quarto que Hermione não conseguia identificar e entornou na garganta de Draco. A primeira, não causou efeito algum. A segunda, fez o sangramento começar a cessar, mas logo em seguida voltou com a mesma intensidade. Antes de lhe dar a terceira, Theo disse:

"Essa é uma poção das trevas e é muito instável. Pode cura-lo, mas também pode intoxicá-lo e matá-lo."

"É a única opção que temos. Dê a ele." Disse Hermione.

Com a ajuda de Harry, que segurava a cabeça de Draco, Theo entornou o líquido vermelho na garganta do loiro.

Em poucos segundos, o sangramento cessou e os ferimentos começaram a cicatrizar lentamente.

"Ele vai acordar?" Perguntou Rony.

"Eu espero que sim." Disse Theo, parecendo prestes a cair no choro. Ele claramente não tinha tanta fé em suas palavras.

Ele iria. Ele tinha que acordar.

Ao lado da cama de Draco, Hermione brincava com a varinha dele entre os dedos. Antes de aparatar em casa quando ele foi ferido, ela a recuperou. Agora, ela a olhava esperando que Draco acordasse para que pudesse usá-la de novo. Ela deixou a varinha de lado e segurou a mão dele com força, como se pudesse segurá-lo a vida.

"Hermione?" Chamou a voz de seu amigo ao entrar no quarto.

"Sim, Harry." Murmurou Hermione, sem se mover da poltrona onde estava.

"Você quer jantar?" Ele perguntou.

"Não estou com fome." Disse Hermione.

Diga-me Suas Verdades - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora