CAPÍTULO 21

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Em meados de novembro, Potter chegou em casa depois de uma de suas saídas com uma expressão que Draco não sabia ler.

"Preciso conversar com vocês." Anunciou o moreno para Draco e Hermione, que estavam no sofá da sala. "Vamos para o quarto de Rony, assim eu falo tudo de uma vez."

Guiados pela curiosidade, Draco e Hermione o seguiram até o quarto de Weasley, que abriu a porta com um olhar questionador.

Fechando a porta atrás de si, Potter se virou para o grupo e anunciou:

"Eu tenho um plano."

"Para quê?" Perguntou Hermione.

"Para invadir Gringotes." Disse Potter.

"E qual seria esse plano?" Perguntou Draco, erguendo uma sobrancelha.

"Vamos tomar poção polissuco e nos passar pelos Lestranges." Disse Potter, como se estivesse dizendo algo completamente plausível.

"E posso saber como diabos você planeja conseguir fios de cabelo deles?" Perguntou Draco, segurando sua vontade de bufar. Era oficial: Harry Potter estava ficando louco. Era a única explicação para que ele sugerisse algo assim. 

"Coloquei Travers sob a Maldição Imperius. Ele vai conseguir para nós." Revelou o moreno.

"O quê?!" Exclamaram Draco, Hermione e Weasley ao mesmo tempo.

Potter, Harry Potter, o Menino de Ouro da Grifinória, tinha usado uma Maldição Imperdoável? Bem, depois de quase ter matado Draco com uma maldição sombria, isso não deveria tê-lo surpreendido.

"Fiquem tranquilos, ordenei que ele fosse o mais discreto o possível." Disse Potter como se essa fosse a preocupação do restante do grupo.

"Você colocou Travers sob a Maldicão Imperius?" Perguntou Weasley, ainda boquiaberto.

"Quando você o encontrou?" Perguntou Draco. Sua verdadeira preocupação era por que Potter estava tendo qualquer tipo de contato com Comensais da Morte.

"Hoje de manhã." Respondeu o moreno, se sentando na cama de Weasley. "Esse plano já estava passando pela minha cabeça há um tempo, mas eu precisava de uma oportunidade. Hoje ela apareceu."

"Onde você estava?" Perguntou Draco.

"Perto de Grimmald Place." Respondeu Potter.

Algo dizia a Draco que o moreno não estava lá por acaso. Ele sabia muito bem o que estava procurando.

"Ninguém mais te viu?" Perguntou o sonserino, apreensivo.

"Não." Negou Potter.

Draco soltou a respiração que nem percebeu que estava prendendo. A situação não era tão ruim como poderia ser, muito pelo contrário, na verdade.

"Acho que temos o início de um plano." Constatou Draco.

"A minha questão é: você está dentro, Malfoy?" Perguntou Potter, se levantando. "Você sempre disse que não queria se envolver com isso, mas acaba fazendo exatamente o contrário. Precisamos saber se podemos contar com você antes de começar a planejar. Então, repetindo, você está dentro?"

Aquela era a última chance que Draco tinha de abandonar o barco. Mas, sendo sincero consigo mesmo, ele já tinha tomado sua decisão há muito tempo. Potter já estava em um estágio avançado de oclumência e, por mais que ainda houvesse o que aperfeiçoar, não precisava mais de um tutor. Mesmo assim, Draco estava mantendo todos eles por perto, e ainda mais, estava ajudando-os ativamente.

"Estou dentro." Disse ele, olhando não para Potter, mas para Hermione. Por mais que não fosse admitir, ele estava fazendo aquilo para que um futuro com ela fosse possível.

"Ótimo." Disse Potter.

Tudo o que eles precisavam agora era começar o planejamento. Eles já sabiam como entrar, mas essa era a parte fácil. A verdadeira questão era: como eles iriam sair?

Mais tarde, naquela noite, Draco estava penteando seu cabelo em frente ao espelho quando Hermione entrou no quarto, foi direto até ele e o beijou fervorosamente. A segurando contra si, ele pode sentir pura emoção a cada movimento de seus lábios.

Relutantemente, suas bocas se separaram e Draco acariciou a bochecha de Hermione com ternura.

"O que foi isso?" Perguntou ele com a voz rouca.

"Está reclamando?" Perguntou Hermione com um sorriso.

"De forma alguma." Disse Draco, a segurando pela cintura.

Hermione respirou fundo antes de responder:

"Por um lado eu estou preocupada com você, que está oficialmente dentro da caça às horcruxes. Por outro, eu estou feliz por você estar comigo nisso."

"Eu não vou te deixar sozinha." Disse Draco, colocando uma mecha de cabelo cacheado atrás de sua orelha. "Se tudo der errado e nós morrermos, morreremos juntos."

"E se tudo der certo, vamos acabar com aqueles Comensais da Morte, juntos." Rebateu Hermione.

Mesmo que estivesse implícito, aquilo era uma declaração, de ambas as partes.

Draco a beijou novamente e a ergueu no colo. Hermione retribuiu se beijo com o mesmo fervor e envolveu sua cintura com as pernas.

Ele a carregou até a cama e suas mãos subiram para acariciar seus seios. Seu toque desceu novamente e ele enterrou o rosto contra ela, beijando sua bochecha, seu pescoço, enquanto deslizava os polegares sob o cós de sua calça jeans.

Em poucos minutos as roupas de ambos foram retiradas. Desejo, instinto e algo mais guiavam seus movimentos, eles queriam um ao outro, precisavam um do outro.

Hermione acariciou o peito nu de Draco, sua mão descendo cada vez mais até chegar em sua ereção. Enquanto beijava sua mandíbula, ela sussurrou:

"Por favor, eu preciso de você agora."

Draco se colocou em cima de Hermione e se posicionou em sua entrada, enquanto a bruxa acariciava a parte de trás de seu pescoço.

Ele a beijou profundamente e pressionou para dentro dela. Hermione ofegou contra sua boca, mas não interrompeu o beijo.

Os tornozelos dela se entrelaçaram nas costas dele enquanto seu dedos percorriam sua espinha.

Hermione arqueou as costas quando Draco começou a se mover. Ela dizia repetidamente o nome dele enquanto o prazer os inundava. Podia parecer clichê, mas, naquele momento, Draco se sentia completo.

Draco Malfoy ansiava por Hermione Granger. Seu corpo e sua alma ardiam de paixão por ela.

Ele ficou surpreso por não se assustar com o quão envolvido estava com ela. Ele não se importava com mais nada a não ser tê-la consigo. Ela era uma luz na escuridão de sua vida, ela o mantinha vivo, ela o fazia querer viver.

Eles finalmente explodiram juntos em um clímax que os uniu ainda mais.

Draco saiu de dentro dela e a segurou fortemente em seus braços, enquanto ela o abraçava com a mesma força. Eles se seguravam, exaustos e estonteados, como se tentassem se ancorar um ao outro. Os dois sabiam que as probabilidades deles eram baixas, aquele tempo que tinham juntos era limitado e eles aproveitariam o máximo que conseguissem.

Diga-me Suas Verdades - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora