Diga-me Suas Verdades - Dramione

CAPÍTULO 23

As férias de Natal chegaram em Hogwarts, era hora de se encontrar com Luna Lovegood. Depois de muito debate, foi decidido que Draco iria com o resto do grupo. Ele poderia ficar por baixo da capa da invisibilidade, mas decidiram que depois de tudo o que Lovegood estava fazendo, ela merecia o máximo possível de honestidade e transparência. Como a garota era uma oclumente talentosa, Draco concordou.

Ele estava preocupado que os outros três estavam depositando muitas expectativas na garota. Por séculos, o diadema foi procurado, mas nunca encontrado. As chances de Lovegood tê-lo encontrado eram baixas. Baixíssimas.

Eles ainda aproveitariam a oportunidade para falar com Xenofílio Lovegood e perguntar-lhe sobre a runa do Conto dos Três Irmãos. Se o homem usava o símbolo pendurado no pescoço, sabia muito bem o que significava.

Draco, Hermione, Harry e Rony aparataram próximo a casa dos Lovegood e caminharam até lá em silêncio. Draco estava sob a capa da invisibilidade, já que se revelaria somente para Luna, não para Xenofílio.

Chegando na casa, Potter bateu na porta e foi atendido por um homem sorridente de cabelos loiros, vestindo extravagantes roupas laranjas.

"Bom dia, Sr. Lovegood." Disse Harry engolindo em seco. "Sou Harry Potter e esses são Rony Weasley e Hermione Granger."

"Bom dia, queridos." Disse Xenofílio, parecendo não estar muito supreso com a visita. "Suponho que estejam aqui para ver minha filha."

"Sim, mas gostaríamos de falar com o senhor primeiro." Disse Potter.

"Comigo? Que surpresa agradável. Venham, entrem." Disse o bruxo excêntrico.

"Com licença." Murmurou Hermione enquanto eles entravam na casa.

"Querem chá? Acabei de fazer." Ofereceu Lovegood apontando para a chaleira.

"Sim, obrigado." Disse Weasley, parecendo estar desconfiado do homem. Draco não podia culpá-lo. Apesar de parecer receoso, o ruivo se sentou a mesa junto com Harry e Hermione.

"Bem, sobre o que gostariam de falar?" Perguntou Lovegood, convocando xícaras e servindo o chá.

"Queríamos perguntar o que significa esse símbolo no seu pingente." Disse Potter.

"Ora, é o símbolo das Relíquias da Morte." Disse o Sr. Lovegood, como se aquilo fosse algo óbvio.

"Como assim?" Perguntou Hermione.

"Já leram o conto dos três irmãos?" Perguntou

"Sim." Hermione assentiu.

"Leia de novo. Lá está a explicação." Disse Lovegood.

"Está dizendo que aqueles artefatos são reais?" Perguntou Weasley.

"Sim. Existem aqueles e creem nelas e as procuram. A Varinha das Varinhas, principalmente, tem sido muito procurada." Contou o senhor Lovegood. Estranhamente, Harry empalideceu ao ouvir isso.

"Então é isso que o símbolo significa? As Relíquias da Morte?" Perguntou Hermione, ainda parecendo cética. Draco sabia que, por mais que ela estivesse tentando manter a mente aberta, acreditar em um conto infantil ainda podia ser um pouco difícil.

Xenofílio foi até uma estante e pegou um papel e uma caneta.

"A Varinha das Varinhas." Disse ele, desenhando uma linha vertical no pergaminho. "A Pedra da Ressurreição." Ele acrescentou um círculo no alto da linha. "A Capa da Invisibilidade." Terminou, circunscrevendo a linha e o círculo em um triângulo. "Juntas, as Relíquias da Morte."

"O livro não usa as palavras Relíquias da Morte." Observou Hermione.

"É uma história infantil, claro que não. Mas os crentes, versados em magia, reconhecem que a história antiga se refere a três objetos, ou Relíquias, que, se unidas, tornarão o seu dono senhor da Morte." Revelou Lovegood.