CAPÍTULO 1

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"De qualquer maneira, temos pouco tempo. Então vamos discutir as suas opções, Draco."

"Minhas opções!" Exclamou Draco alto. Aquele velho estúpido não estava entendendo? "Estou aqui com uma varinha... prestes a matar o senhor..."

"Meu caro rapaz, vamos parar de fingir. Se você fosse me matar, teria feito isso quando me desarmou, não teria parado para conversarmos amenamente sobre meios e modos." Disse Dumbledore com tranquilidade.

"Não tenho opções! Tenho de fazer isto. Ele me matará! Ele matará minha família toda!"

"Eu avalio a dificuldade de sua posição. Por que pensa que não o confrontei antes? Porque eu sabia que você seria morto se Lord Voldemort percebesse que eu suspeitava de você."

Draco fez uma careta ao ouvir aquele nome. Com a mão trêmula, ele apontava a varinha para o diretor. Preciva parar de falar e fazer logo aquilo. Ele só estava perdendo tempo e tornando aquela situação ainda mais difícil.

Draco não conseguia respirar, não conseguia pensar, não conseguia agir.

"Não me atrevi a falar antes sobre a missão que lhe fora confiada, prevendo que ele talvez usasse a Legilimência contra você." Continuou Dumbledore. "Agora, finalmente, podemos falar às claras... não houve mal algum, você não feriu ninguém, embora tenha tido muita sorte que suas vítimas impremeditadas sobrevivessem... posso ajudá-lo, Draco."

"Não, não pode." A mão de Draco que empunhava a varinha tremia muito fortemente. "Ninguém pode. Ele me mandou fazer isso ou me matará. Não tenho escolha." Disse ele com a voz fraca. Tudo o que ele queria era sumir no mundo e não lembrar de nada daquilo.

"Venha para o lado certo, Draco, e podemos escondê-lo mais completamente do que pode imaginar. E, mais, posso mandar membros da Ordem à sua mãe hoje à noite, e escondê-la também. Seu pai no momento está seguro em Azkaban... quando chegar a hora posso protegê-lo também... venha para o lado certo, Draco... você não é assassino..."

Draco arregalou os olhos para Dumbledore. Mesmo após tudo o que ele confessara, mesmo após contar todas as coisas horríveis que ele fizera, o diretor ainda estava disposto a ajudá-lo. Claro, a varinha apontada para o peito servia de incentivo.

"Mas cheguei até aqui, não?" Disse Draco lentamente. "Acharam que eu morreria na tentativa, mas estou aqui... e o senhor está em meu poder... sou eu que empunho a varinha... sua vida depende da minha piedade..." As palavras saíam com dificuldade conforme ele lutava para respirar.

"Não, Draco." Respondeu Dumbledore baixinho. "É a minha piedade, e não a sua, que importa agora..."

Ele acreditava que o diretor fosse ajudá-lo, no entanto, não sabia se valia a pena o risco. Mas quais eram suas opções? Voltar para a Mansão Malfoy e ser o cachorrinho daquele bruxo maldito? Ser torturado por seus erros? Matar pessoas inocentes?

Com um suspiro, Draco baixou a varinha.

Dumbledore sorriu, como se esse simples movimento fosse um grande esforço a ele.

Draco respirou fundo.

"Seria arriscado, muito arriscado. O Lorde das Trevas nos caçará até a morte. Ele odeia traidores e o ódio é o que mais o motiva." Disse ele, ainda tentando se convencer de que aquilo não era uma ideia terrível.

"Apesar de arriscada, acho que essa é a melhor opção. Mas se você quiser, tenho outra opção para você, uma que não faria que você fosse visto como traidor." Disse Dumbledore parecendo cada vez mais debilitado. O que diabos estava acontecendo com o velho?

"Estou ouvindo." Disse Draco, tentando manter a voz calma.

"Não gosto dessa opção porque causaria grande sofrimento aos seus pais, mas o que acha de forjar a própria morte?" Perguntou o diretor com a voz fraca.

Diga-me Suas Verdades - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora