Fogo, Gelo, Sangue - Aemond Targaryen (CONCLUÍDA)

13. O casamento

POV Aemond

Era a véspera do casamento e Aemond tinha acabado de desejar boa noite a Lyanna, já que só encontraria novamente com ela já no Bosque Sagrado. Os dois conversaram pouco naquele dia, pois Lyanna passou várias horas ajoelhada aos pés do Represeiro de Winterfell pedindo para que o tempo melhorasse, pois, segundo ela, uma nevasca no dia do casamento significava que a união seria fria.

Aemond se sentiu tentado a falar para ela ignorar essas besteiras, mas preferiu ficar quieto e deixa-la fazer o que achasse melhor.

Ele estava sentado em uma das poltronas do quarto onde estava hospedado e volta e meia encarava a cama, satisfeito por aquela ser a última noite sem Lyanna, já que ele pretendia passar o resto da vida dele dormindo ao lado dela.

Um barulho chamou a atenção do príncipe, que, por um segundo imaginou que seria a noiva querendo mais alguns minutos sozinha com ele, coisa que o deixaria tentado, pois ele desejava cada centímetro de Lyanna Stark.

—O que é isso? —Aegon apareceu na porta com uma capa de sair, uma taça de vinho na mão e um cantil na outra. —Você ainda não está pronto?

—Eu deveria? —Aemond perguntou.

—É claro? —Aegon se aproximou. —Sua última noite solteiro, merece uma comemoração! —O mais velho bebeu vinho. —Nós estamos no Norte, cercados de putas que querem dar para príncipes!

Aemond não falou nada, apenas encarou o irmão com um certo desgosto.

—Não que o casamento te impeça de foder quantas putas você desejar, mas não teremos muitas nortenhas no Sul. —Aegon continuou.

—Você não tem vergonha de falar tantos absurdos sendo casado com a minha irmã? —Aemond perguntou.

—Eu procuro as putas justamente para não obrigar a Helaena satisfazer todas as minhas vontades. —Aegon respondeu. —Meus gostos são peculiares.

—Nisso não posso discordar. —Aemond respondeu. —A única mulher que me interessa é a Lyanna.

Aegon encarou o irmão e deu uma risada, antes de se sentar ao lado dele, colocando as pernas apoiadas em cima de uma mesinha.

—Você já comeu, né? —Aegon bebeu mais vinho. —Ela é boa de cama? A carinha é de inocente, mas pode esconder uma boceta faminta debaixo daquela saia. Ela te chupou? Me conta, vai!

Aegon não teve tempo de responder mais nada, porque no segundo seguinte, a mão de Aemond apertou seu pescoço com força e o príncipe bêbado não conseguiu se esquivar do golpe.

—Eu vou te avisar isso apenas uma vez, Aegon. —Aemond tomou um tom sombrio e ameaçador. —Escolha muito bem suas palavras ao se referir a minha futura esposa, porque eu não vou ligar para o fato de você ser meu irmão, caso a desrespeite.

Aegon tossiu um pouco assim que Aemond o largou e encarou o irmão antes de endireitar a postura.

—Credo, desde quando você é tão intolerante com piadas? —Aegon perguntou e voltou a beber. —Tá bom, eu não falo mais da senhorita intocável.

—Vai ser melhor para você. —Aemond respondeu.

—Como um bom irmão, eu vou aproveitar sua despedida de solteiro por você. —Aegon respondeu e se levantou, cambaleando até a porta. —Sua última chance de vir comigo.

Aemond apenas se limitou a encarar o irmão com indiferença antes de passar as páginas de um livro. Aegon saiu do quarto, o que foi um alívio para o outro príncipe que leu por alguns minutos antes de se deitar.