Fogo, Gelo, Sangue - Aemond Targaryen (CONCLUÍDA)

23. Ponta Tempestade

Nessa fanfic, peço para considerar que o Lorde Borros tem apenas uma filha em idade de casar e as outras são crianças ou bebês. Fará mais sentido se for assim.

Flashback

Lyanna Stark estava sentada próxima ao Lago Negro de Winterfell brincando com uma boneca de tecido, quando viu Cregan se aproximando sorrateiramente para a assustar. Eles viviam brincando assim.

—Eu te vi antes. —Ela respondeu baixinho.

—Você já foi mais legal. —Ele rebateu e se sentou ao lado dela. —Papai está te procurando e eu apostei dez bolinhos de limão que você estaria aqui.

—São muitos bolinhos para comer sozinho. —Ela respondeu brevemente.

—Cinco para mim e cinco para você. —Creg respondeu. —O que aconteceu, Lyanna? Você não é de ficar calada por muito tempo.

—Nada, Cregan. —Ela mentiu. —Não precisa se preocupar comigo.

—O que nossos primos falaram com você? —Ele perguntou. —Aquelas pestes vivem te perturbando.

—Deixa pra lá. —Ela respondeu.

—Não deixo! —Cregan respondeu. —Vai, me fala.

—Você finge que gosta de mim? —Ela perguntou.

—Mergulhou no lago gelado e adoeceu, Lyanna? —Cregan se espantou. —Como eu fingiria algo assim?

Lyanna permaneceu calada e abraçou o próprio corpo. Ela era muito miudinha e a capa a deixava ainda menor.

—O que eles falaram para você, Anna? —Cregan insistiu e Lyanna começou a chorar. —Fala comigo, por favor.

—Que você me odiava, porque se a mamãe morreu, foi por minha culpa. —Lyanna respondeu enxugando as lágrimas.

—Eu só não vou quebrar a cara de um deles porque prefiro cuidar de você. —Ele a puxou para um abraço. —Nunca pense um absurdo desses!

—Mas é verdade. —Lyanna respondeu. —Se eu não existisse, a mamãe não teria morrido.

—Não teria morrido no parto, mas existem outras milhares maneiras de morrer, Lyanna. —Cregan respondeu.

—Mas... —Ela ia falar que era culpada pelo o que aconteceu.

—Mas nada! —Ele respondeu. —Nossa mãe cumpriu o papel dela nesse mundo e, antes de ir embora dele, deixou o maior tesouro que eu poderia ter. Você abrilhantou a minha vida e tenho certeza que fez o mesmo com a vida do papai. Já não imaginamos como seria viver sem você.

—Eu amo você, Creg. —Ela falou e sentiu quando o irmão a apertou no abraço.

—Eu te amo desde quando soube que você ia chegar. —Ele respondeu. —Era uma briga porque eu só queria te carregar com as duzentas mantas que eles enrolavam você.

—Você nem era tão grande naquela época. —Ela brincou.

—Tem razão, mas mesmo assim sempre fiquei ao seu lado. —Ele respondeu. —Eles falam mais alguma coisa com você?

—Me chamam de chorona. —Ela respondeu.

—Lyanna, é normal chorar. —Ele respondeu. —E você não tem sete anos, pare de ligar para aqueles idiotas.

—Mas eu detesto. Não quero demonstrar fraqueza. —Ela revelou. —E muito menos que as pessoas saibam que algo me incomoda e usarem isso contra mim.