No dia seguinte, Annabeth não tinha ideia de como se sentia, ou de como deveria se sentir. Doía ainda, é óbvio. Entretanto não doía o tanto que ela esperava que fosse doer, e isso a estava a deixando um tanto quanto confusa, tudo era tão diferente e inesperado. Sim, o príncipe Edward havia se casado, e no momento em que ela havia lido a carta, a absorção da notícia, a tinha deixado em trapos o coração, todavia, hoje parecia muito ameno.
A condessa chorou na madrugada anterior, e hoje não acordou tão triste, quanto uma pessoa de coração partido deveria acordar, e isso lhe era tão estranho. Ela certamente chorara mais ao chegar em Londres, do que quando lera a carta. Não tinha dúvidas disso.Havia sim um sentimento em seu peito, que a apertava e dava um nó na boca de seu estômago, mas, não era tristeza profunda ou mágoa, e o pior é que ela não tinha ideia do era. Traição? Náusea? Indiferença? Ah céus, a jovem iria acabar ficando louca pensando em tal coisa.
Annabeth balançou levemente a cabeça, tentando jogar para longe os pensamentos. Mas não conseguia, esse era o problema, ela não conseguia. Amava Edward e tinha certeza disso, e já havia escutado que a dor de um coração partido, era lenta e ruminante, contudo, por que ela não estava sentindo isso?
Anna deveria agradecer, por não estar querendo se sucumbir a pura tristeza e falta vontade de viver, mas as dúvidas deixavam a condessa empertigada. Será que nunca amara Edward? Então, se não amara, o que foi aquilo que ela sentira?- Gosta assim, senhorita?- Perguntou Jane.
- O que?- Olhou Annabeth para ela, tirando a sua atenção de seus pensamentos.
- O cabelo.- Acrescentou.- Gosta desta maneira?
- Ah, sim.- Anna lhe deu um pequeno sorriso.- Está maravilhoso, obrigada.
Anna já havia almoçado e logo Lorde Wilnnet iria chegar para lhe levar para a confeitaria, contudo, a condessa estava tão absorta em sua cabeça, que quase se esquecera de seu compromisso com o barão. Quase.
Não esqueceu completamente, porque nunca esqueceria de um passeio, com aquele que era o único, depois da tia Abigail, que conseguia fazê-la rir e sorrir com tanta facilidade. Nunca conseguiria esquecer.Sua mãe e sua tia, quando escutaram que eles iriam para outro passeio mais uma vez, certamente estão crentes que vem casamento por aí. Isso quase fez Anna rir. Elas mal tinham ideia, de que, primeiramente fora Annabeth quem o convidara, segundo que eles não tinham a mínima intenção de se casarem um com o outro, e que em terceiro lugar, era o fato de não haver a possibilidade de casamento, que faz a condessa e ele gostarem de sair juntos. E era muito gratificante, elas não saberem. Se soubessem, aí tudo estaria perdido. Sua tia provavelmente não iria se importar muito, mas sua mãe...Ah sua mãe. A jovem estremeceu ao imaginar a reação da duquesa.
- Está pronta.- Sorriu a aia.
- Obrigada Jane.- Anna deu uma olhada em seu espelho.- A escolha do vestido, foi muito boa.
- Obrigada, senhorita!
E realmente era um lindo vestido. De tom azul claro, quase esverdeado o fundo, e com bordados de tule tanto nas mangas, quanto na barra e decote. Também continha nele, flores de cor rosa, o enfeitando, e o deixando com uma leveza quase palpável. O tecido das flores e do vestido era uma seda macia e brilhante, mas ao mesmo tempo delicada e simples. Feito para que não se destacasse somente o vestido, mas também, e principalmente, quem o vestisse.
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Rosie, um amor de surpresa.
RomanceEsperar 20 anos para seu tão sonhado debut na sociedade, é algo de se ansiar certamente. Ainda mais quando o príncipe lhe demonstra interesse em sua pessoa, e homens se rastejam aos seus pés apenas por depositar o olhar em você, é claro que qualquer...