Capítulo 8

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No outro dia, após o desjejum e o resto da manhã, Annabeth estava, sendo esmagada outra vez, em seu corpete, desta vez, durante o dia, por conta do piquenique

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No outro dia, após o desjejum e o resto da manhã, Annabeth estava, sendo esmagada outra vez, em seu corpete, desta vez, durante o dia, por conta do piquenique. A sua aia, Jane, a olhava com pena, vendo a pobre condessa, estar a beira da falta completa de oxigênio nos pulmões. Anna, apenas segurava firme a poltrona que ficara em frente a sua penteadeira.
Hoje era o baile de Lady Wilnnet, a baronesa, mãe do rapaz que lhe emprestou gentilmente o lenço para limpar as lágrimas dela, quando foi necessário. E Annabeth não teria outra escolha, se não, a de comparecer. Não só, era uma questão de gentileza, como também, de educação. Sem contar que, se ela não fosse, sua mãe a mataria.

De maneira total, a jovem gostava de bailes, principalmente quando morava em seu país, entretanto, a parte de colocar o corpete, era com certeza, a sua menos predileta.
Afinal, quem gostaria de ter as costelas amassadas, cada vez que precisasse sair? Certamente que ninguém, e Annabeth muito menos. Além de doer, o fato de sentir falta de ar, era bem, bem incômoda e desconfortável.
Mas Anna sorria, e tentava ao máximo manter-se firme. Mesmo quando a aia puxava as fitas com força. Oh céus, como isso doía. Jane puxara outra vez, desta vez, com mais força, para garantir que o corpete ficasse bem firme. A condessa soltou um baixo grunhido de dor.

- Perdoe-me senhorita.- Falou baixinho a criada, com uma dose de culpa em sua voz.- Prometo não lhe apertar o vestido, assim, terá um pouco de conforto.

- Obrigada Jane.- Falou Anna, ou pelo menos tentou falar. Sua voz estava tão falha, devido a estar toda apertada, que a jovem teve, a quase absoluta certeza, de que apenas moveu os lábios. A aia então, deu uma breve saída do quarto

Sua mãe e sua tia também estavam se arrumando. O que era um maravilhoso, neste baile a viscondessa Abigail iria, e isso já era mais progresso do que no baile anterior, o qual a condessa fora obrigada a dançar dez vezes seguidas, sem pausas. Annabeth amava sua mãe, com toda a certeza de seu coração, entretanto, quando sua tia estava por perto, o alívio que ela sentira, era eminente. Sua mãe não era tão dura, quando a viscondessa estava perto.
Anna se sentou um pouco na poltrona, tentando normalizar sua respiração, que estava deveras desregulada, devido ao corpete apertado.
Ir a bailes, claramente era necessário, principalmente quando se era uma dama da alta sociedade tentando se casar, entretanto, usar algo tão apertado para parecer bela, deveria ser considerado crime contra a vida. Pensou a condessa, obviamente dolorida por estar tão apertada.

- Espero que já esteja pronta, Annabeth.- Falou a duquesa, adentrando seu quarto, com um ar sério.

- Estou quase, mamãe.

- Quase?- Bufou a mulher olhando para ela.- Deixe de ser mole e levante-se.- Anastácia disse, de forma ríspida e ácida.- Uma dama não deve ficar jogada em uma poltrona. Oh céus, isso não são modos!

- Mamãe, eu apenas estava recuperando o fôlego.- Annabeth se colocou de pé outra vez. Nossa, como os ossos dela doíam, parecia que iam se quebrar a qualquer momento.

Rosie, um amor de surpresa.Onde histórias criam vida. Descubra agora