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Passou uma semana depois daquele dia que eu e Dominique nos beijamos, no dia seguinte não o vi mais, viajem a negócios, melhor assim eu estou tão envergonhada.

Eu não sei que loucura foi aquela que fiz, eu saí correndo, aquilo não poderia ter acontecido, como vou conseguir conviver na mesma casa com ele sabendo que quase nos deitamos.
Sera que ele vai me mandar de volta, eu não sei o que pensar. Aquela cena vire meche surge em meus pensamentos, que burrice eu fiz.

Fico observando o jardim com meus pensamentos pela janela do quarto, a primavera chegou e o jardim está lindo, florido, amo flores. Desço para o jardim preciso ocupar minha mente com alguma coisa, o dia está lindo céu azul limpo.

Em meio ao campo sinto a brisa percorrer pelos meus cabelos, fecho os olhos e respiro fundo, corro pelos campos sentindo toda aquela natureza bela. Estou na parte alta consigo ver o enorme castelo, que vista linda, tudo aqui é um sonho. Desço correndo com os braços abertos penso que sou um pássaro.

Vejo uma macieira cheia de maçãs, dou alguns pulos até alcançar o galho para pegar uma, parece boas, seguro firme o galho e estico um dos meus braços e puxo uma maçã, o galho se quebra, caio de pé.

Aí que dor, mal consigo ficar de pé e caio de bunda na grama, está queimando, acho que torci o tornozelo, que dor, aperto com as mãos na tentativa de aliviar a dor mas não adianta.

Me apoio na árvore, não consigo encostar o pé no chão, droga, faço careta, olho para o horizonte o castelo está um pouco longe, aceno com a mão e peço socorro, mas ninguém vai conseguir me enxergar com essa distância.

Burra! Digo a mim mesma. Tento pular num pé só não consigo a grama e as pedras pelo chão não ajudam. A única coisa que me resta é sentar e esperar a dor aliviar e eu conseguir me levantar.

Debaixo da árvore consigo me esconder do sol, não sei ao certo mas acho que já tem algumas horas que estou ali, e não consigo encostar o pé no chão. Estou com sede e fome muita fome.

Resolvo engatinhar, não tenho outra saída, devagar vou tentando pelo campo, meus joelhos ardem um pouco com toda aquela grama e pedras, o sol bate forte sobre minhas costas e cabeça, e tudo parece ficar calmo, não ouço mais o barulho dos pássaros tenho a sensação de está flutuando minhas vistas escurecem e perco os sentidos.

-- Alice! Alice ? Está me ouvindo - ouço alguem chamar meu nome, parece longe. Tento abrir os olhos, e com dificuldade reconheço Dominique.

-- Dominique - susurro, ele me acolhe em seus braços e rápido me carrega pelo campo.

-- Acorde, abra os olhos por favor - ouço, abro os olhos, estamos na entrada da casa, minha cabeça está apoiada sobre a perna de Dominique e com as duas mãos ele acaricia minha face.

-- Marta chame um médico agora - Dominique diz Marta sai às pressas, ele me carrega pelas escadas até meu quarto, me deita sobre a cama e me oferece um copo d'água. -- Beba um pouco - pede preocupado, obedeço.

Minha consciência aos poucos retorna.

-- O que houve Alice ? - pergunta sentado na minha cama. Termino de beber a água ele pega o copo e apoia na mesa lateral.

-- eu fui andar um pouco e acabei torcendo acho que o tornozelo - digo tentando levantar a perna, faço careta ainda dói.

Dominique se levanta e segura minha perna, analisa meu pé com cautela.

-- está inchado e seus joelhos estão sangrando - diz

-- eu tentei engatinhar - respiro fundo

-- não faça mais isso Alice, quando sair avise para alguém, pensávamos que estava no seu quarto . - ele diz e seus olhos gruzam os meus, ele está preocupado.

Fico envergonhada, tudo que eu não quero é dar trabalho, certeza ele vai me mandar de volta.

O médico chega, ficamos eu e o médico a sós, realmente uma torção, o médico dá um jeito que abafo meu grito com o travesseiro, pediu que eu repolsase que não foi muito grave logo ficarei boa denovo, analgésicos para dor e pomada para os ferimentos dos joelhos.

Marta trás meu almoço para o quarto eu estava faminta, ela diz que Dominique ficou muito preocupado que chegou de viajem e se deu por minha falta, que se não fosse ele quem iria saber que eu estava em apuros. Ela pede perdão não sabia que eu havia saído.

Quem tem que pedir desculpas sou eu, por que fui inventar de tentar subir naquela árvore.

Já está quase escurecendo, preciso de um banho, sento na cama e tento apoiar os pés no chão sem chance ainda dói muito, resolvo pular num pé só. Pulo com cuidado não posso perder o equilíbrio, pulo ,pulo e me apoio na penteadeira. A porta se abre.

-- Alice o que está fazendo - Dominique diz e segura um de meus braços.

-- Eu estou tentando ir tomar banho - forço um sorriso.

-- venha eu te ajudo, você pode cair. - ele me carrega pelo seus braços, lá estou eu dando trabalho novamente.

Ele me senta sobre o vazo sanitário que está com a tampa fechada, está com uma camisa social branca, arregaça um pouco as mangas e se encarrega de encher a banheira. Fico observando calada.

-- Pronto, acredito que está ideal para você

-- obrigada - agradeço, fico um pouco sem jeito como vou entrar na banheira.

-- Tire o vestido - ele pede, minhas bochechas queimam, ele percebe -- vou virar de costas. - diz

Ele se vira, sorrio tímida, que cavalheiro.

Retiro o vestido e com um pouco de dificuldade a lingerie ainda sentada.

-- pronto - digo com um braço em meus seios e cruzando as pernas. Ele se vira parece estasiado, pisca algumas vezes e mira seu olhar para o teto.

Ele apoia um de meus braços em volta do seu pescoço dou alguns pulos com sua ajuda para não forçar o pé e com cuidado entro na banheira. Ele parece tentar se distrair com qualquer coisa no banheiro para não me ver nua.

-- Quando acabar me chame - sua voz saiu mas grossa que o normal e se retira do banheiro.

Assim que a água bate no meu corpo meus joelhos ardem,não me demoro, ele está me esperando para me ajudar e não quero abusar da sua ajuda estou dando trabalho demais.

O chamo e logo ele vem, me oferece a toalha e segurando sua mão fico de pé. Me enrolo na toalha, levo um susto ele me carrega do banheiro até a minha cama. Me cubro e retiro a toalha, ele observa calado.

-- obrigada - agradeço, ele parece ficar mais relaxado e se senta na cama.

-- Que susto você me deu - ele diz e passa a mão nos cabelos.

-- Dominique, prometo que não darei mais trabalho, não me mande de volta - digo em tom de súplica

Ele sorri e segura a minha mão, seu toque faz meu corpo estremecer.

-- De onde tirou isso, eu nunca te mandaria de volta - diz olhando nos meus olhos, sinto que está sendo sincero, sorrio.

-- Eu quero te pedir desculpas, por aquela noite, eu não deveria... Você sabe - digo envergonhada

-- Não se desculpe - ele se levanta -- eu queria tanto quanto você, agora descanse.

Ele diz e se vai pela porta. Ele acabou de confirmar que queria me beijar, eu não sei o que está acontecendo entre nós mas no fundo estou gostando.

Marcas do Destino (concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora