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Já se passaram dois meses... Estou cada vez mais fluente com idiomas e aprimorando minha postura e gestos, estou me dedicando ao máximo às aulas, afinal é a única coisa que tenho para me preocupar e ajudar Marta com a administração da casa.

Semana do carpete, faxina geral, jardinagem e outras coisas tudo é terceirizado por isso temos que seguir a agenda diariamente para não esquecer de agendar nenhum serviço. Marta é quem cozinha pensei em terceirizar mas ela pediu que não fizesse isso é o que ela mais ama, e tirar isso dela a deixaria muito triste. E o que não quero é deixá-la triste é minha única amiga nessa casa, poderia ser minha mãe e a respeito como se fosse.

Dominique pouquíssimas vezes dirigiu a palavra a mim " boa noite " "ótimo" , são as palavras que raramente sai de sua boca, não sei por que ainda jantamos juntos. Sempre trabalhando e nos finais de semana no escritório também trabalhando, quase não o vejo está sempre trabalhando.

E o que acho disso tudo, ótimo afinal estou na vida que sempre pedi, tenho de tudo, conforto, lar do que eu poderia reclamar.

Prático minhas aulas de idioma com os livros da biblioteca não entendo tudo mas já consigo compreender um bom pedaço do livro.

Quando saio da biblioteca vejo uma mulher descer as escadas, saia de couro, meias calça e uma blusa bem decotada, ela se aproxima me olha dos pés a cabeça e solta uma risadinha intimidadora, de onde veio essa mulher, Marta se aproxima apressada e a guia para saída.

-- Quem é? - pergunto para Marta depois que a mulher se foi pela porta. Marta parece ficar um pouco nervosa então susurra.

-- Bem como posso dizer... Mulher da vida.

Fico espantada, aquela mulher estava com Dominique

-- Com Dominique? Ele não é - me aproximo dela e susurro -- Gay?

Marta sorri, coloca a mão na boca para esconder o sorriso largo e continua

-- O senhor Dominique gay? Ó não senhora de jeito nenhum.

-- Eu... Eu... Pensei - digo confusa

-- Pelo visto a visita não foi bem recebida, mal chegou e já partiu, preciso ir a cozinha Alice com licença - Marta sai apressada parece ter esquecido o feijão no fogo com sua pressa, sorrio.

Subo para meu quarto e o encontro no corredor, saindo do seu quarto, está vestindo uma camiseta básica de algodão, bermuda, tipo de roupa que nunca o vi usando, sempre o vejo de social, seus cabelos estão umidos um pouco desalinhado, até assim continua lindo, seus músculos ficam bem aparentes na camiseta de algodão.

O corredor parece ficar longo e estreito, ele se aproxima me encarando eu sinto uma palpitação, pareço não sentir minhas pernas, mesmo depois de dois meses convivendo com ele sinto uma timidez fora do normal quando ele me encara desta forma, parece querer ler meus pensamentos.

Ele passa por mim, sinto seu perfume esalar por todo o lugar, droga que homem cheiroso.

-- Alice - ouço meu nome sair de sua boca e me viro para ouvi-lo -- está cada dia mais linda.- completa

Meu coração parece que para de bater, isso foi um elogio vindo dele, quase não me dirige a palavra nos dias normais. Meu rosto cora é nítido, ele parece perceber e me analisa.

-- É... Obrigada... - digo com muito custo - ele solta um sorriso de canto e volta a percorrer seu caminho. Entro apressada para meu quarto.

Estou muito confusa, Dominique não é gay como pensei, e do nada me elogia e aquela mulherzinha, afinal para que ele precisa de mim.
Claro Alice governar a casa com Marta, mas para que todo esse gasto comigo se ele pode ter qualquer mulher que quiser, aquela cicatriz não é nada comparada a beleza que tem, ele é um pacote completo, bonito, forte, viril e rico.

Marcas do Destino (concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora