THE ROAD SO FAR...

CASSIE BOY

Não faz muito tempo desde que ele se separou de Dean, mas após caminhar sem parar, Cass conseguiu um celular após se envolver em uma interação estranha, havia alguns homens lutando no meio da rua, ele ficou preocupado que algo acontecesse com eles e ficou entre os dois, eles atiraram nele e depois que as balas acabaram a raiva deles também acabou, na verdade, eles foram muito gentis com Cass e ofereceram dinheiro para ele. Cass tentou ser gentil de volta e elogiou suas roupas, os homens deram elas para ele também, foi interessante, embora o perfume da roupa fosse meio forte.

De qualquer forma Cass conseguiu dinheiro, roupas bonitas e um celular, embora não saiba bem como usar o celular ou em que gastar seu dinheiro, ainda assim, às vezes ele recebe mensagens de números desconhecidos, coisas como: - Ei Cassi boy, quanto tempo, envio a ti essa mensagem para mandar você levar sua bunda bonita direto para Podunk. É uma cidadezinha nos arredores de Bargersville Indiana. O patrãozinho disse que há alguns adolescentes locais que precisam de ajuda. Avisou para você tomar cuidado caso fosse de carro. –

Ir até Bargersville foi rápido já que ele estava caminhando naquela direção, foram apenas 7 horas de acordo com seu celular. A caminhada foi interessante até ele chegar em uma rua de terra e as florestas começarem serem substituídas por campos vazios e as casas serem substituídas por velhos celeiros abandonados, alguns caminhoneiros passaram por perto algumas vezes e perguntaram se ele estava perdido, quando Cass disse não eles o avisaram para tomar cuidado por que 'coisas estranhas aconteciam por ali'.

Infelizmente os caminhoneiros estavam certos e coisas estranhas aconteceram quando Cass chegou a uma velha igreja, começando pelo fato de vários adolescentes estarem rezando fervorosamente e que havia uma garotinha fantasma no altar ajoelhada também.

"Olá." Ele cumprimentou e sua voz ecoou pelas paredes da igreja, os adolescentes levantaram os olhos do chão e se viraram para ele com as mãos em sinal de súplica, eles estavam todos chorando e pareciam assustados, mas não conseguiam falar. "Me disseram que vocês precisavam de ajuda, o que posso fazer por vocês?"

Houve gestos desesperados e tentativas de falar, mas os adolescentes pareciam estar presos em suas posições de oração. A única que havia conseguido se mexer foi a pequena garota fantasma, uma pequena criatura de vestido branco, pele pálida e longos cachos escuros, ela seria sua melhor aposta para descobrir o que estava acontecendo.

"Olá."

"O que é você?" A menina perguntou, seus olhinhos brilhando com lagrimas, ela parecia tão triste e assustada. Cass se ajoelhou, ele não sabe o porquê, mas algo lhe dizia que era necessário estar nessa posição para ter uma conversa adequada com crianças.

"Eu não sei. O que você faz aqui?"

Ela soluçou e tentou limpar o rosto molhado, mas suas mãos não pareciam ser capazes de se soltarem uma da outra.

"Papai me colocou de castigo, disse que eu era uma menina má e não poderia sair até terminar todas as minhas orações."

Cass olhou ao redor, só havia adolescentes assustados por perto, nenhum adulto ou outro fantasma que ele pudesse sentir.

"E onde está o seu papai agora?"

Outro soluço, dessa vez havia sangue escorrendo ao invés de lagrimas.

"Eu não sei, mas não posso sair para procurá-lo até que todas as minhas orações sejam feitas."

Ele acenou, seu corpo ainda era estranho de se mover, mas havia alguns movimentos que pareciam automáticos.

"E quantas mais orações você precisa fazer?"

Não houve resposta, os olhinhos azuis fantasmagóricos e cheios de lagrimas vermelhas ficaram desfocados e a pequena fantasma pareceu se perder em pensamentos.