Encontramos um professor de magia/brixaria

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Chegamos em uma campina, e montamos acampamento novamente. Ayla estava começando a ser mais útil, e parando de fazer comentários desnecessários. Ela era legal desse jeito. Jurei pra mim mesma que nunca mais ia dar um soco na cara dela.

[A menos que ela dê motivos]

- Por que ficaram daquele jeito com a gente na vila? - perguntei para Ayla.

- Dandara apareceu lá antes de vocês chegarem e disse que se alguém visse vocês e não reportasse, morreria. - resumiu Ayla.

Peguei um galho próximo, e coloquei para apoiar a nossa mais nova barraca improvisada. Eu fiquei me perguntando por que a gente não trouxe uma barraca? Seria muito mais simples, mas Dylan preferiu trazer uma fita adesiva.

Ele estava me ajudando a arrumar a barraca, que eu preferia chamar de abrigo já que não fazia o menor sentido chamar aquilo de barraca.

De tempos em tempos, Dylan me olhava e sorria, fazendo com que seus olhos verde-mar parecessem o céu refletindo as estrelas.

O tempo tinha passado tão rápido que eu nem percebi quando anoiteceu. Nós cavalgamos por tanto tempo assim?
Nem parecia.

Quando terminamos, montamos uma fogueira e Dylan se sentou ao meu lado para me fazer companhia.

- Você é incrível, queridinha. - ele repetia sempre que olhava para a perna dele, com um sorriso no rosto.

- Talvez... Mas o que você estava fazendo lá?

- Eu vi Adam, e ele ia pegar vocês de surpresa. Quando fui atacar ele, ele me espetou com aquela espadinha mal afiada dele.

- Me desculpe por não ter te contado meu dom... Eu descobri quando a gente foi na quitanda de Ayla.

- Sem problemas.

Ele encostou minha cabeça em seu ombro, e Thomas mais uma vez ficou nos observando com aquele olhar de bobão.

A noite estava silenciosa a não ser pelo crepitar da fogueira em nossa frente. O céu estava lindo e estrelado, e eu me sentia perfeitamente bem ali ao lado de Dylan, que me observava muito atentamente, notando cada partícula de meu rosto.

Ele sempre elogiou minha aparência, mas agora estava nítido que era verdade. Eu amava isso nele. Eu não sei se era impressão minha, ou se ele realmente tinha mudado depois do nosso beijo.

-Aurora, o que você quer? - falou ele baixinho no pé do meu ouvido.

- Como assim?

- Você não me respondeu diretamente quando te falei sobre o que sinto.

- Ora, eu quero estar junto com você o resto da minha vidinha curta e medíocre, para pelo menos me sentir amada ou amar alguém para não me sentir só. Quero acordar todos os dias e perceber que tenho um motivo pelo qual estou viva, e pelo qual estou vivendo. Quero dançar valsa sob luz do luar em uma noite fresca. Quero pintar as paredes azuis e sem graça da minha casa no outro mundo. Quero ver seu sorriso todos os dias. Quero que esteja ao meu lado nos meus piores momentos, assim como estarei nos seus. Quero ter algo para zelar. Quero sair desse lugar e só voltar quando me convocarem. Quero ser feliz ao seu lado e quero que seja feliz. Quero olhar todos os dias para minha mão esquerda e ver uma aliança representando nosso amor. Quero viver aventuras, e saber que bem no fim estará tudo bem.

Ele se virou e arrancou um pedaço de grama.

-Isso… - Dylan amarrou o pedaço em meu dedo - É a minha prova de amor mais sincera. É a nossa aliança. Nosso felizes para sempre.

Arranquei outro pedaço e fiz o mesmo.
-Nosso felizes para sempre. - repeti - Nosso agora e daqui a pouco.

- Por mais que tenhamos lutas.

Mestres dos Poderes e a Vingança dos Antigos Onde histórias criam vida. Descubra agora