Minha vida virou de ponta cabeça.

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Quando chegamos lá, já era noite. E o céu estava exatamente como no meu sonho.

Nós cinco entramos lá, mas não tinha ninguém.

Então eu vi Adam passar por umas das entradas da arena. Ele usava meu amuleto no pescoço. E a pedra estava com uma rachadura.

[Já não bastou ele ter roubado. Precisava quebrar também?]

- Pontual como sempre. - Ele falou.

- Nunca me atraso. - respondeu Dylan.

Então ele estendeu a mão, e Adam jogou um saco de couro transbordando moedas.

- Dylan... O que está acontecendo? - perguntei.

Ele riu.

- Gostaria de não ter que aturar vocês, mas não pude evitar. Confesso que foi uma tortura ter que ficar ao seu lado, Aurora. Esses poucos minutos que fiquei com vocês foram os piores da minha vida.

Meu coração errou uma batida. Estava com medo dele me deixar agora. Pouco tempo atrás ele me disse que nunca me deixaria. Por que ele estava fazendo isso?

- O que... - murmurei antes de sentir uma lágrima teimosa rolar sobre meu rosto.

Então Dylan andou em direção a Adam, e uma fumaça roxa saiu dele. Ele se transformou em... Dandara. Ela estava com a mesma capa roxa, e com o capuz sobre a cabeça.

- Onde está Dylan? O que fez com ele sua bruxa!?

Deixei um soluço escapar, enquanto mais lágrimas saíam de meus olhos.

- Valeu a pena sequestrar aquele jovem reclamão. Como você atura ele, hein? - Ela soltou uma risada. - Aquele troll fez o trabalho direitinho…

Troll… Silver era o troll. Eu devia ter deixado Dylan matar ele.
- Você é uma praga, garota! - Adam olhou para mim - Esse amuleto não serviu de nada . - ele jogou meu amuleto no chão.

- O que fez com meu amuleto?

- Tentei te matar de todas as formas através dessa maldita pedra. Mas preciso da ruiva também. A pedra não se quebrou totalmente, e você ainda está viva.

- Nunca duvidei de sua burrice. - falou Dandara.

Adam olhou para mim.

- Você devia estar morta! Devia ter te dado veneno ao invés de chá.
- Adam, acalme-se! - mandou Dandara - Ela é útil.

Sem pensar, preparei meu arco e atirei uma flecha nela. Ela pegou a flecha na mão, estando a poucos centímetros de seu peito.

Preparei outra flecha, mas antes de conseguir atirar Dandara fez um gesto com a mão e me lançou longe.

Eu girei no ar, e caí de cara no chão. Me ajoelhei, de frente para o barulho de espada contra espada que fazia da luta. Meu nariz sangrou com o impacto da queda. Minha visão estava turva, mas conseguia lutar. E eu ia lutar. Me levantei, sequei o sangue do meu nariz, e preparei outra flecha. Dandara desviou. Ela veio até mim com uma fúria e rapidez inexplicável. Preparei outra, mas em poucos segundos ela já estava a menos de meio metro de mim. Não tive escolha. Empunhei a adaga.

-Desistiu do arco? Não é páreo para mim com essa adaga.

- Ah é? É o que vamos ver.

Dandara jogava sujo. Ela lançava feitiços para me deixar lenta e cansada, o que me impedia de lutar. Consegui fazer um corte em sua cintura. Ela não tirava os olhos de mim. Eu lutava sem parar, mas também sem sucesso. Cortei seu braço. Tentei deixá-la cansada, mas ela lutava como um demônio. Ela agarrou meu pulso. Senti sua mão queimar minha pele, e soltei minha adaga. Olhei para minha mão, e ela estava com a marca de seus dedos. Ela pegou minha adaga do chão e veio me atacar. Me defendi, segurando seu braço, mas ela jogou algum feitiço em mim que eu não consegui me mexer. Eu estava paralisada, e ela pronta para atacar. Dandara afundou a adaga em meu braço. Ela podia ter me matado ali mesmo se acertasse no lugar certo.

Mestres dos Poderes e a Vingança dos Antigos Onde histórias criam vida. Descubra agora