CIA, CIA, CIA - O reencontro

Sistema Hackeado

*Lívia*

Finalmente!! Não aguentava mais esse inferno, chega de conferências e palestras, não aguento mais viajar de um canto para o outro. Desde que a Maria tinha falado sobre passar as férias na casa de praia de Halana eu pude encontrar uma maneira descente de passar minhas férias em um lugar legal.

- Lívia, você pode dar uma olhada na pesquisa da última semana? - perguntou o John, ele é meu colega de trabalho, trabalhar com pessoas de vários lugares diferentes do mundo é muito legal, mas às vezes ocorre um probleminha na comunicação indireta de algumas pessoas.

Na semana passada, uma garota francesa confundiu o John com um idol de K-pop e ficou toda impressionada, foi uma situação bem escrota na verdade. Parece aquelas fãs de BTS que dizem que só namoram com asiáticos. BIZARRO, mas a empresa às vezes falha bem feio na contratação de novos profissionais.

O forte deles é nanotecnologia e biotecnologia, o RH daqui é bem estranho, mas meu período de férias tinha começado, então pude finalmente voltar para o Brasil e curtir um tempo com os meus amigos.

Sendo honesta, antes deu embarcar, aconteceu umas coisas estranhas. Depois que o John me pediu para analisar as pesquisas eu fiquei até tarde da noite trabalhando nisso, os computadores do departamento de tecnologia estavam ligando sozinhos e tinha códigos aparecendo na tela.

Fiquei muito assustada com o que estava vendo. Não fazia sentido, o sistema de segurança da empresa era um dos mais seguros e bem protegidos do mundo inteiro, então a hipótese de terem hackeado era totalmente anulada. Tudo começou a ficar mais estranho quando comecei a ouvir uma mensagem de voz, alguém estava falando em uma espécie de latim com grego, eram muitos idiomas, até uma voz em português muito grossa falar: "ELE ESTÁ VINDO!" Me assustei, óbvio, saí correndo do andar, cheguei rápido no elevador e senti alguma coisa estranha acontecer.

Entrei rapidamente e apertei o primeiro andar, mas não estava funcionando, as luzes tinham se apagado e soltei um grito nervosa, o elevador estava descendo com muita velocidade, por um momento senti que eu estava descendo muito. O prédio era alto, mas não tinham tantos andares para o nível que o elevador estava descendo.

Quando as portas se abriram, visualizei um lugar muito quente, parecia o inferno, estava claramente visível que era o inferno quando eu vi uma criatura muito grande com garras metálicas e uma boca muito grande com dentes muito afiados correr na minha direção.

Apertei o elevador para cima gritando:

- ISSO NÃO É REAL, ISSO NÃO É REAL!!

Fiquei desesperada, me encolhi no canto do elevador com medo, quando abri meus olhos novamente, eu estava no térreo e tinha um grupo de empresários me olhando, umas das mulheres perguntou em alemão se eu estava bem, respondi que sim, saí do elevador como se nada tivesse acontecido.

Mas quando cheguei no meu apartamento, não consegui dormir direito, até eu chegar em Aracruz meu coração estava angustiado, aquilo obviamente não era normal, mas eu decidi esquecer essa história bizarra, acho que preciso focar no que realmente importa.