Elise
Ele caminha em direção as grades, seus passos são firmes ele transmite um ar de presunçoso.
Já dentro da cela, ele se abaixa encaixando a chave para me soltar, não tiro meus olhos dele, em momento algum atenta em seus movimentos ágeis.
Quando finalmente as correntes se soltam e se chocam no chão. Sinto um grande alívio.
- Levanta
Sua voz grossa e áspera me atingem como uma rajada de ar frio.
Me levanto, meu tornozelo até a extensão dos dedos dos pés estão dormentes.Ele está passando pelas as grades, não sei se devo seguir ele? Ou esperar ele falar alguma coisa?
- Vem logo garota, não tenho o tempo todo.
Ele diz sem delongas, com as mãos dentro do bolso do seu moletom preto, ele se vira indo para a escada
Começamos subir a escada. Avistei uma pequena fresta na porta entreaberta, adentrando uma claridade fraca.
Uma sensação inebriante inavadi o meu corpo. A adrenalina corre pelas as minhas veias
Não escuto os nossos passos, o único som que ouço é os meus batimentos cardíacos.
Se acalme Elise
Repito isso diversas vezes conforme cada passo mas próximo da porta.
Saio do meu transe quando bato em algo robusto.
Olho para cima e pisco algumas vezes quando percebo que trombei no ser á minha frente ou melhor em alguém.Estava tão focada na minha saída desse porão assustador que esqueci que tinha alguém na frente.
- Me desculpe, não foi a minha intenção. Múrmuro
Ele solta um grunhido
- Preste atenção.
Dou dois passos para trás. Ainda virando de costa ele puxa a porta e para na minha frente após alguns segundos ele passa por ela. Engulo em seco e dou um passo para frente, uma claridade me atinge em cheio.
Como senti saudade da luz, aquele porão era tão escuro que tinha me esquecido como era sentir a luz em minha pele, em cada molécula, em cada átomo, não sabia que estava com tanta saudade da luz. Até senti-lá.
Deixo um pequeno sorriso escapar dos meus lábios conforme subo os dois últimos degraus. Quando os meus pés tocam o chão frio um arrepio percorre o meu corpo.Exalo o ar profundamente sentindo o ar limpo e leve chegarem no meus pulmões. Fecho os olhos aproveitando o momento.
Como isso é bom.
Abro meus olhos devagar, olhando ao redor. Parece ser uma cabana um pouco grande, rústica e moderna.
Volto meu olhar para a estátua me observando cautelosamente.
Não havia notado que os seus olhos são verdes, a escuridão do porão não me permitia enxergar muita coisa.Olhos dele me lembram a natureza e de certo modo me transmite equilíbrio.
Dizem que os olhos são o espelho da alma. E o seu olhar me parece uma luz apagada que perdeu a alma no caminho. Os seus olhos parecem uma obra de arte, que carrega tristeza no olharSeus olhos cor de mata, profundos, incógnitos e misterioso e as vezes cor de lago, raso, superficial e inexpressivos
Desvio o meu olhar dele, me senti um pouco desconfortável e intimidada, de alguma maneira os meus pés se tornaram o meu foco.
Droga eu deveria falar alguma coisa?
- Bem
Sou interrompida- Quando chegar quero tudo limpo e o jantar pronto, não coma nada até eu chegar
Dirijo meu olhar á ele
- Não pense entrar no meu quarto ratinha, não gosto quando me desobedecem
A sua voz é gutural
- A... aonde fica os produtos de limpeza?
Ele aponta com a cabeça para o andar de cima
- terceira porta na esquerda.
Dito isso ele vai até a porta de entrada, ele pega as chaves que soltam os cadeados e alguns trincos.
Minha vontade era de correr até aquela porta e correr sem parar, mais não vou tomar nenhuma decisão imprudente
Antes de fechar a porta ele olha por cima do ombro.
- Não pense em fugir ratinha, se não terei que te mostrar o caminho para o inferno.
Essas palavras me causam um choque no meu sistema nervoso.
Quando ele sai pela porta, solto todo ar entalado na minha garganta.
Me mostrar o caminho para o inferno?Merda merda essas palavras me deixam desnorteada.
Ouço o barulho dele trancando a porta, séria impossível conseguir abrir essa porta sem as chaves.
As lágrimas insisti em cair, não vou desistir agora.
Se concentre Elise.
Engulo o choro, começo a dar passos determinados e começo a minha procura por qualquer coisa que me ajude.
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Liberdade Corrompida
General FictionElise é uma garota preste a completar os seus 19 anos. Após a sua saída do orfanato as coisas não estão indo muito bem, apesar das dificuldades ela se mantém em pé. Até um acontecimento abominável acontecer. Vocês acreditam em final feliz? ou adequa...