Capítulo 17

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Stefan

Jogo a máscara em cima da cama, acendo um cigarro e observo a fumaça sair entre meus lábios.

Ela é muito burra.

Acho mesmo que eu iria tirar a minha máscara? Rio com essa suposição.
Essa garota mexe com meus demônios interior. Estou fofidamente irritado, acho que estou sendo muito bonzinho com ela.

- Vamos lá, nós dois sabemos o que precisamos. Meu demônio interior pela primeira vez do dia se manisfeta e odeio admitir que ultimamente são poucos pessoas que estão provando a magnitude da minha lâmina.

Apago o que restou do cigarro e decido tomar um banho, durante o banho penso na criatura que está lá embaixo, plantada, momentos que estava tentado ignora me vem a mente como uma explosão, seu pescoço tão exposto e sedoso apenas pra mim, por alguns instantes imaginei a minha faca depositada lá, esperando o golpe final.
Jogo a cabeça para trás, tirando os resquício do shampoo. Se aquela tola não tivesse me pedido pra tirar a máscara, provavelmente estaria bem saciado agora.

Não quero que ela veja como realmente sou.

Desligo o chuveiro e coloco uma calça jeans preta, moletom preto e uma jaqueta jeans de lavagem clara por cima. Pego a minha máscara e a minha companheira.

Desço as escadas e encontro a ratinha debruçada sobre a mesa da cozinha, sua respiração pesada, seus cabelos úmidos espalhados sobre a mesa.

- Vamos, mostre à ela quem manda. Tento ignora as suas palavras, e uma raiva avassaladora me domina, meus músculos ficam tensos, travo a mandíbula. Fecho os punhos e tento me controlar quando caminho para a cozinha.

Balanço a sua cabeça, mas ela não acorda. Apego pelos braços com força e a puxo, ela abre os olhos assustada, seus lábios tremem e seu corpo fica rígido.

- Vem logo.

Arrasto ela pelo cômodo, ela tropeça nos próprios pés, o que me deixa mais irritado.

- Stefan. O medo é nítido em sua voz, quando percebe que a puxo até o porão.

- Stefan, por favor. Sua voz sai como  um sussurro.

- O porão não.

- Fique quieta.
Abro a porta do porão.

Sinto a tremedeira do seu corpo pelo contato. A olho pela a visão periférica, seus olhos estão marejados e a mandíbula travada.

Ela está com os olhos pregados na densa escuridão do porão. A puxo com brutalidade até as escadas, ela tropeça em alguns degraus, o que tira mais ainda a minha paciência, aperto com mais força o seu pulso.
Chegamos no fim da escada, acendo a luz que insiste em piscar.

A jogo em cima do colchão velho.

- Stefa, por favor me tire daqui.
Me agacho a sua altura e a acaricio  sua bochecha direita.

- Só estou a colocando em seu dormitório.

Seus olhos estão lacrimejando, mas ela insiste em não deixar as lágrimas caírem.

Admiro isso nela.

Sem tirar meus olhos dela, coloco a corrente em seus tornozelo esquerdo.

Preste a me levantar ela agarra meu braço esquerdo.

- Esse porão é assustador.
Ela diz sem tirar os olhos do meus. Seu olhar amedrontado e fascinante ao mesmo tempo.

Olho suas mãos em meu braço esquerdo.

Liberdade CorrompidaOnde histórias criam vida. Descubra agora