Capítulo 15

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1 semana depois....

Elise

Pelo que aparenta ser uma semana se passou desde a minha chegada nessa cabana, estamos entrando no inverno pela as minúsculas frestas da janela consigo vislumbrar o céu nublado e a ventania constantes.

Diante dos olhos de algumas pessoas o inverno sempre teve o estereótipo de canecas de chocolates, cobertores, e pantufas. Quando pequena no orfanato o inverno parecia mais rigoroso e torturante do quê normal, apesar de não ser um dos melhores lugares, gostava de admirar os pequenos flocos de neve caindo pela janela embaçada, ou quando tinha chá quente o que acontecia poucas vezes.

O tempo frio sempre chega para todos.

Encosto a testa nas madeiras gélidas e o toque frio de certo modo é estranhamente aconchegante e pavoroso.
Me questiono se Marley está bem se ela percebeu o meu paradeiro e se  está a minha procura.
Minha respiração quente embaça a pequena passagem de vidro, elevo meu dedo indicar ao vidro e arrasto tentando enxergar direito, tudo que vejo são árvores e flores que agora estão murchando e se escondendo por causa do frio, tem o seu charme.

Alguns dias atrás quando estava limpando a cabana encontrei um pequeno lápis de escrever, então desenhar se tornou um passa tempo, à questão é que só tenho uma folha que encontrei por acaso, caminho até a mesinha central da sala e apego.

Vou novamte para a janela e tento jogar a magnitude da paisagem a minha frente para o papel, não sou ótima em desenhar, mas, também não sou péssima. Conforme arrasto o pequeno lápis pela folha, traçando os pequenos detalhes.

O Stefan vem a minha mente no automático. Alguns dias atrás ele disse que tem um serviço me esperando, aquilo fez a minha bile subir deste então não o vejo, nesta semana ele apareceu apenas duas vezes na cabana.

Termino os pequenos detalhes, tiro a folha que estava apoiando na parede olhando o desenho  e a paisagem acrescentando mais alguns detalhes.

Estou tão submersa nos detalhes do desenho que não noto os pequenos resquícios do sol se esvaindo, dando passagem para a penumbra da noite e frio de inverno.

Até que não ficou ruim. Digo a mim mesma olhando admirada para o desenho.

Deposito o desenho em cima da mesinha central da sala e olho ao redor da cabana, não tenho nada para fazer está tudo certo, tudo no lugar e tudo limpo. Quando acordei hoje cedo no porão as correntes estavam destrancadas e a porta do porão entre aberta, no momento achei que estava sonhando depois que subi os degraus da escada e notei a bagunça que estava na sala, liguei os pontos.

Um suspiro escapa  de meus lábios, ajeito o coque frouxo e vou até a cozinha.Não tenho noção de que horas são, não confio totalmente no relógio de parede então creio que seja a hora de preparar o jantar.

Abro a geladeira e noto que os mantimentos estão acabados, bem... posso dizer que todos esses dias que estou aqui aprisionada depois das refeições o Stefan permiti que eu coma o que sobrou , as vezes tenho algumas tonturas e vertigens. Me sinto fraca e mais magra que me lembro.

Retiro tudo o que preciso e  começo a  fazer a janta, não sei se o Stefan vai aparecer hoje melhor remediar.

Todos as poucas palavras que troquei com Stefan foram monossílabos é sempre ele exigindo algo ou simplesmente me carregado até o porão.
 

Aproveitei esses dias que ele esteve fora e me aventurei no segundo andar  a porta de seu quarto está sempre tracanda, a única porta que fica aberta é da lavandaria e a terceira porta do corredor também fica trancada e devo assumir que a curiosidade está me consumindo aos poucos. Procurei algo que pudesse me ajudar abrir as portas mais nada, simplesmente nada.

Liberdade CorrompidaOnde histórias criam vida. Descubra agora