Capítulo 22

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Elise

Suas palavras ecoam pela minha cabeça como se fosse a droga de uma disco arranhado.

Ele só pode estar blefando.

Olho para ele é ergo minhas sobrancelhas em descrença. Ele acha que pode brincar assim comigo?

- Você está blefando, correto? Ele tem o dom de me deixar sem palavras. Amaldiçou ele mil vezes.

Ele cruza os braços em frente ao peito e se aproxima.

Não recuo.

Não vou deixar ele simplesmente jogar um rio de esperança na minha cara e esperar que eu me esconda como um bicho com medo do seu predador.

Não dessa vez. Não vou permitir o medo me corroer toda vez que ele se aproxima.

- Porque estaria mentindo? Suas palavras são cortantes e ásperas.

Não tiro meus olhos dele, procuro  algum índice de mentira.
Ele abaixo seus braços enfiando dentro do bolso da calça moletom.

- Primeiramente terá regras.

Toda felicidade dura pouco, não estou surpresa.

Não digo nada esperando sua resposta ele se apoia do balcão e leva seus olhos para minha boca.
Umedeço os meus lábios esperando suas regras.

- Apenas 30 segundo, esse será o tempo dado à você.

Isso parece tão injusto.

- Se eu for pega o que você irá fazer? Minhas palavras saem firmes mas ainda sinto o bolo se formando na garganta.

Não vou ter outra oportunidade.

- Presumo que já saiba o que irá acontecer. Ele inclina a cabeça um pouco para o lado esquerdo pegando seu cigarro em cima do balcão.

Meu coração bate tão forte que sinto que o mesmo poderia explodir.

- E se eu conseguir ? Não posso deixar de perguntar esse "jogo" que ele propôs repentinamente. Ele prende a fumaça do cigarro depois a soltando, joga a cabeça para trás e juro que posso ver o sorriso do maldito repuxar seus lábios.

- É isso que veremos. Qual longe você consegue ir. Ele volta seus olhos verdes em minha direção e sinto  arrepios subirem pela a minhas costas.
- É uma oportunidade de passe livre, não sou de jogar o mesmo jogo duas vezes. É tudo ou nada. Não terá outra chance.

Mordo os lábios apreensiva odeio admitir, mas nessa parte ele tem razão, não posso simplesmente jogar essa chance na culatra.

Se isso é uma desafio, então vou aceitá-lo de mão atadas.

Ele solta a fumaça novamente esperando a minha resposta.

- Estou entediado. Diga, qual a sua resposta.

- Aceito. Minhas palavras saíram tão confiantes, que no fundo uma faísca de esperança crescente florence entre as minhas estranhas.

- Boa garota. Tento não focar em suas palavras e olho para o relógio que marca 19h.

- Lembre-se se você não conseguir querida Elise, ficará aqui até quando me cansar de você. O sarcasmo é tão nítido em sua voz que sinto uma desejo ardente de socar a cara dele até me cansar.
- E vai por mim, não me canso tão rápido assim. Suspiro com suas palavras que causam grandes efeitos em mim, fecho os punho tão forte que sinto a raiva fervilhando em minhas veias.

Liberdade CorrompidaOnde histórias criam vida. Descubra agora