Quando uma cantora de sucesso do cenário punk rock acaba sucumbindo por algo não conclusivo, ela descobre que a vida após a morte não é nada do que ela havia aprendido enquanto estava viva. Não havia anjinhos no céu, não havia um cara sentado em um...
Anna simplesmente não podia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, e pela primeira vez naquele dia inteiro ela estava começando a processar a informação de sua morte em sua mente. Mas que coisa inteiramente injusta, ela não ganhou um Grammy, não beijou o Axl Rose e não veria o final de One Piece, completamente desumano o que havia acontecido com ela. Mas sair daquela casa onde mais parecia um hospício foi até que bom para ela, caminhando pela rua em que a casa se encontrava dava para perceber que não era o mesmo bairro da época em que ela morava com sua avó, certamente as casas não eram as mesmas e os vizinhos então, nem de longe eram os mesmo, embora ela achasse que muita gente daquela época já tivesse morrido.
As casas não tinham o mesmo padrão que deveriam ter se realmente aquilo fosse mais como uma memoria de sua infância, até que ela parou em uma divisa de ruas onde pode ver qual era o nome da rua em que eles estavam instalados era Vila Cielo Drive, o que fez Anna sorrir sem humor mas ainda custando a acreditar.
Cielo Drive, casa onde a família Manson fez seu massacre e vitimou a famosa Sharon Tate, porque não buscaram por um nome mais mórbido para aquela rua?
Se pelo menos ela soubesse como encontrar Sam para passar aquele tempo e tirar mais umas duvidas que estavam borbulhando em sua cabeça, ela sabia que Jim estava dando uma bronca enorme em Luke pelo que ele havia dito na hora do almoço e por um lado Anna achava ótimo que isso estivesse acontecendo pois aquele pirralho não pode achar que tem o direito de falar coisas absurdas, mas por outro lado ela achava que isso não faria muita diferença já que o sentimento de inimizade entre eles parecia que não iria mudar.
Com os braços cruzados, ela achou melhor fazer o caminho de volta para casa pois iria anoitecer e certamente ela não iria dormir no frio e na rua, viva ou morta.
- Será que agora que eu to morta também eu teria alguma chance com Kurt? - ela perguntou a si mesma rindo daquela bobagem, Kurt Cobain nunca que olharia para ela, se eles estavam no mesmo plano então ele tinha toda e qualquer pessoa que quisesse, ele era uma lenda. Mas não custava pensar né?
Ao chegar na propriedade, ela ouviu sons abafados de alguém tocando bateria e baixo juntos, compondo uma melodia até que interessante se tivesse uma guitarra no meio então Anna caminhou até a garagem que estava fechada, pois da ultima vez que ela tinha ido até lá, era lá que os instrumentos ficavam. A mulher abriu as duas portas da garagem e avistou Alex tocando fervorosamente na bateria enquanto Reggie dedilhava seu baixo com precisão que nem notaram a presença dela ali.
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