CAPÍTULO VIII - ANAÍ, COMANDANTE DE RIVERCLIF

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        Acordo pela manhã bem cedo “Estou revigorada”, coloco minha armadura, pego minhas coisas e saio do quarto, logo a frente vejo o pano do outro quarto recolhido e já não tem ninguém lá dentro “Não, não é possível que me esqueceram”.

        Vou até a entrada bufando de ódio por terem me deixado dormindo, mas meu ódio é substituído pela surpresa, Francis está sentado a mesa com os dois patetas e o terceiro está saindo da cozinha com alguns dos nossos alimentos preparados para o café.

        — Não precisava disso, vocês que são meus clientes, eu deveria fazer o café para vocês — diz Francis sem jeito.

        — Não se preocupe, isso não é incômodo algum para nós, e sabemos que a cidade está passando por momentos difíceis — Ah, olá Astrid bom dia, dormiu bem? Sente-se conosco para o café — diz Ronan com um sorriso no rosto.

        “O café que vocês tomariam sem mim se eu não acordasse... “

        — Bom dia, nossa eu dormi muito bem, estou pronta para outra.

        — Cuidado com o que pede mocinha, os deuses podem tornar seu pedido realidade e chacais podem invadir este lugar — fala Dan sorrindo, mas Francis olha para fora com medo como se de fato isso fosse acontecer. “talvez essa não seja a melhor hora para brincar com isso”

        — Não liga para ele amigo, ele não sabe que brincadeira tem hora — digo dando leves tapinhas nas costas do estaleiro enquanto me sento ao seu lado. Ronan e Fhenrir olha para Dan e caem na gargalhada fazendo a pele roxa do elfo ficar avermelhada.

        Me alimento junto com os garotos e então saímos em direção ao comandante, o cenário é o mesmo, com poucas pessoas a rua, desta vez pelo horário, Fhenrir nos guia até a residência dela, como esperava é o maior edifício da cidade pegando toda a parte de trás, poderia dizer que é quase um castelo das cidades ao sul.

        Dois guardas abrem a porta assim que nos avistam, já sabem do que se trata e então entramos apenas com um cumprimento de cabeça, o primeiro salão é amplo, não tem muitos móveis além dos bancos espalhados, seis pilares sustentam a estrutura e a luz tímida do sol penetra no local o deixando bem iluminado, alguns artefatos são exibidos em pilares menores ao decorrer do salão “imagino que são artefatos de valor” o que mais me chama a atenção é um jarro ao centro, uma cumbuca fechada, o meio dela tem uma corda enrolada e gravuras em uma língua que eu não conheço “acho que o café me fez mal, que sensação estranha”.

        — Enfim chegaram, e vieram com mais pessoas — só então percebo uma mulher sentada em um dos bancos a direita observando um escudo que esta em cima de um dos pilares.

        — Sim Anaí, esse é todo o nosso grupo, as pessoas que me ajudaram contra os chacais e são a prova viva de que é verdade, caso o elfo não tenha te convencido do fato — diz Fhenrir se aproximando da mulher.

        Observo a mulher, ela tem um ar diferente de experiência, mas parece ser jovem para causar tal sensação, pele morena e cabelos negros e longos até a bunda, carrega duas cimitarras na cintura, dois anéis em uma mão e apenas um anel em outra, suas roupas cobriam todo o corpo como todos que sobrevivem no deserto, apenas seu rosto e mãos estão descobertos e os panos que cobrem o rosto provavelmente ao sair da cidade está depositado ao seu lado, o que me chama mais atenção é um bracelete que fica na altura do bíceps, ele não está por dentro da roupa e sim por fora, como se ela quisesse exibi-lo junto com a linda pedra preciosa que ele carrega “se a ideia era chamar atenção para isso, conseguiu, vou perguntar aonde eu arrumo um desses”.

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⏰ Última atualização: Dec 18, 2022 ⏰

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Astrid e o Rito dos caçadores - Volume I: Batismo de TerraOnde histórias criam vida. Descubra agora