NOTAS INICIAIS
OIII, eu demorei um pouco dessa vez né? Peço perdão, mas eu estava com um bloqueio fudido que mal conseguia sair do lugar, tanto que escrevi algumas oneshots bem curtinhas pra suprir o tempo que eu estava fora. De qualquer forma, consegui voltar com esse capítulo!! O revisei algumas vezes mas não garanto que está limpo sem erros.
Ah, e esse capítulo há tópicos sobre luto e menções a suicídio.
Enfim, boa leitura e até as notas finais porque hoje tenho algumas coisas para falar sobre o capítulo (mas não poderei deixar spoilers ne).
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Chuuya acordava mais uma madrugada, ele já não sabia mais se acordar durante a noite tornara-se um hábito quando estava na companhia de Fyodor. No entanto, mais uma vez ele o fez. Ele dormira no quarto de Dazai em um colchão no chão, enquanto Fyodor dormira no quarto de hóspedes. Nessa noite Chuuya havia insistido que Fyodor não poderia dormir no sofá novamente, e após algumas pequenas discussões, Dazai sugeriu o colchão, já que Chuuya também não queria dormir na mesma cama que qualquer um dos dois garotos.
O ruivo sentou-se no colchão, olhando ao redor esperando seus olhos se adaptarem a escuridão do quarto, ele olhou para a cama e viu Dazai dormir tranquilo mas com os cobertores totalmente amarrotados, Chuuya levantou-se, chutando os seus próprios cobertores, e foi até mais perto da cama de Dazai em passos lentos e puxou o cobertor até o ombro do garoto cobrindo-o melhor. Chuuya espreguiçou-se olhando mais uma vez o quarto ao redor, e andou em direção a porta.
Nakahara saiu do quarto em silêncio, e de alguma forma, nada se passara em sua cabeça até o momento em que ele tinha um copo de água em mãos. Ele nem mesmo ligou as luzes, e o momento em que deu-se por si foi apenas quando a água gelada desceu por sua garganta o acordando um pouco mais, e então, as memórias da noite lhe vieram à mente de uma só vez; A conversa com Nikolai, o encontro entre os amigos, o pequeno momento entre ele, Dazai e Fyodor, e por fim, o que Fyodor os dissera.
Parado, e agora com pensamentos inundando sua mente, Chuuya se perguntou se no fim, aquela foi a forma que Dostoevsky encontrou de lidar com o próprio luto. Ele perdera muitas pessoas, e no fim o pensamento de que ele era o culpado se manteve em sua mente. E de alguma forma, manteve-se em um predominante luto onde se afundou em uma mentira criada como forma de auto-defesa. E Chuuya, no fim, compreendia um pouco o que Fyodor passava, o que o fez chegar a aquele ponto. Mesmo que não quisesse admitir, mesmo que não quisesse que seus pensamentos o levassem ao passado, ele compreendia Dostoevsky, mesmo que um pouco. Ele ainda não sabia como lidar com o luto, não lembrava-se como lidou com o luto, mas sabia que seria capaz de ajudar Dostoevsky caso soubesse.
No entanto, ajudá-lo, significaria reviver a sua dor, e isso assustava Chuuya como nada nunca assustou antes.
O copo de água foi posto na pia da cozinha, e seu olhar manteve-se na escuridão do cômodo, e em um silêncio quase acolhedor, mas ao mesmo tempo ensurdecedor, ele suspirou se perdendo em seus pensamentos por um momento. Nakahara esfregou seus braços mesmo que não sentisse frio. E seus pés passaram a moverem-se até que com as luzes das janelas, ele pudesse chegar à sala.
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Cultivando O Amor
FanfictionDazai e Chuuya são dois amigos que estão a muito tempo com uma semente do amor que parece não querer desabrochar, talvez um novo amor ou alguém como Fyodor possa fazer esses dois finalmente iniciarem o que deveria ter começado a muito tempo, mas ago...