Cultivando O Amor

Teria de trazer

OIOI, venho dar um aviso a vocês antes de começar, a partir desse capítulo a fanfic começará a se aprofundar em temas mais delicados relacionados a vícios, se vocês se sentirem desconfortáveis com esse tipo de leitura, tenho de dizer para que leiam por sua própria conta e risco.

Esse tema será essencial para a construção dos personagens, então prefiro fazer dessa forma, pode parecer sem sentido no começo algo assim começar quase do nada, mas quero que saibam que há um propósito. Esse arco terá como intuito o desenvolvimento de Fyodor, e o entendimento sobre ele, tendo atrelado também algumas questões passadas de Dazai e Nikolai.

Enfim, boa leitura?

-

— O que? — Fyodor piscou algumas vezes, abrindo a boca tentando formar mais algum par de palavras, mas nada ousou sair, ele sentiu o aperto firme de Chuuya em suas roupas e perdeu completamente o ar.

Dazai ainda tinha seu rosto escondido em Chuuya, já o Nakahara, estava com um olhar quase desesperado, ele se agarrava às vestes de Fyodor, entretanto o russo se afastou lentamente dando alguns passos para trás. Cambaleando um pouco ele foi apressado em direção a saída de seu apartamento, tirou seu celular do bolso procurando pelo número de Nikolai enquanto descia as escadas de emergência com pressa.

Vendo o celular tocar algumas vezes ele amaldiçoou a si mesmo, tremendo um pouco, mas logo ele pode ouvir a voz animada de Nikolai, falando sobre o fato de que ele realmente havia ligado, e que não demorou tanto quanto ele havia imaginado. Entretanto, o tom de Nikolai mudou ao perceber a respiração desregulada de Fyodor, junto aos seus pés batendo com força no chão, ele descia as escadas de forma tão desesperadamente rápida que era impossível não escutar as batidas fortes sobre o chão mesmo por celular.

— Aconteceu algo? — Sua voz estava séria, Fyodor o deu murmúrios afirmativos no mesmo minuto — É algo sério? Quer conversar?

— Sim — Respondeu finalmente parando em meio a escada. Pegando o corrimão ele vagarosamente se permite descer ao chão, sentando-se nas escadas. Ele segurava o celular com força, suas mãos tremiam e suavam, talvez o nervosismo passasse caso apertasse algo em suas mãos agitadas, por isso ele ainda segurava o corrimão, e tinha o celular quase grudado ao rosto.

— O que aconteceu? — Se pronunciou após algum tempo de silêncio, com sua voz tão calma quanto poderia.

— Eu conheci duas pessoas.

— E o que há com elas? — Nikolai perguntou calmamente.

— A gente se aproximou muito rápido, e eu fiz algumas coisas, nós fizemos, hoje eu recebi um abraço, m-mas isso não é o pior — Disse a última parte tão baixo que caso o celular não estivesse tão próximo de seu rosto Nikolai não teria escutado. Fyodor recebeu silêncio como um incentivo para continuar — Eu sei que é mentira, mas, ainda sim, está me fazendo entrar em desespero, minhas mãos não param de suar, meus dedos tremem, o meu estômago se revira, eu-

— Vou te visitar — Disse Nikolai interrompendo-o, Fyodor piscou algumas vezes e respirou profundamente, continuando com as mãos sobre as barras de segurança da escada as apertando com força, agora para levantar — Mas antes você precisa me dizer, o que é mentira?

— Ele disse que gostava de mim — Nikolai calou-se, suspirando profunda e lentamente.

— Quem?

— Ele, e o outro garoto, estão enrolados desde a adolescência aparentemente, eu não sei se era para fazer ciúmes, mas ele disse — Murmurou, parecia confuso como ele colocava as palavras quase que desconexas, mas Nikolai compreendia, era algo que Fyodor fazia quando estava desesperado — Nós tivemos um dia bom hoje, e ontem, e ele me deixou mexer em seu cabelo a alguns dias, eles me abraçaram, eu troquei as bandagens dele e eu os escutei, mas isso machuca Nik. Eu não quero nada assim, você sabe, Deus não pode me dar algo assim, é um castigo por eu ter sido desobediente, você sabe, um castigo, é tudo culpa minha, se eu não tivesse me envolvido talvez eles tivessem se resolvido antes. Eles-