Hóstia

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O sétimo episódio da série chegava ao fim, e os três já conseguiam ver como entardecia, aproximava-se das sete horas, e não fizeram nada além de assistir tv juntos naquele dia. No entanto, ambos os três passavam a ter fome, afinal, comeram algo no café da manhã, e não chegaram a nem mesmo beliscar algo durante o início e fim de tarde.

— Ei — Chuuya chamou, pausando o seriado na tv, Dazai que estava deitado em seu tapete felpudo olhou-o instintivamente, enquanto Fyodor que estava recostado e um pouco sonolento no sofá, desviou o olhar da tv também para o ruivo. — Vocês não estão com fome? — Murmurou, e os olhos de Dazai se acenderam no momento seguinte.

— Eu estava, mas não queria parar a série para buscar algo para comer — Fyodor murmurou, e Chuuya sorriu, percebendo que os três ali entraram em um consenso sobre estar com fome.

— E o que vocês querem comer?

— Para falar a verdade, eu acho que aqui em casa só tem coisas de café da manhã, porque quem geralmente me trás almoço é Oda, mas ele saiu com Ango e as crianças hoje. — Dazai disse, se levantando do chão espreguiçando o próprio corpo.

— Podemos sair para olhar algo para comer, porque eu dúvido que vá ter algum fastfood aberto — Nakahara disse, e Dazai fez uma careta como se discordasse.

— Aaaah’ Estou com preguiça — Resmungou choroso, se jogando no sofá ao lado de Chuuya no momento seguinte, Nakahara respirou profundamente e cruzou os braços.

— O que espera comer então?! Biscoitos?

— É só que… — Choramingou, e olhou para Fyodor como se buscasse apoio. Fyodor soltou uma risada soprada e balançou os ombros.

— Acho que podemos sair, podemos comer e talvez ir a algum lugar bonito, tomar um ar pode ser bom — Sugeriu, complementando a ideia de Chuuya. O ruivo sorriu com a sugestão e não parecia discordar, porém, Dazai ao contrário dele, começava a emburrar-se. — Vamos lá Osamu, pode ser legal — Fyodor pediu, mas Dazai não pareceu ceder, deixando com que a cabeça caísse no sofá e olhando para o teto desanimado.

— Vão vocês, e me tragam algo para comer — Murmurou. Chuuya semicerrou os olhos e bufou.

— Pare com isso ande! Vamos passar um tempo nós três juntos, vai ser divertido, nunca saímos assim antes — Chuuya balançou o ombro de Dazai, fazendo-o suspirar.

— Tudo bemmm’ — Revirou os olhos, se levantando. Fyodor e Chuuya não puderam deixar de rir da forma em que o garoto tinha seus ombros caídos em desânimo e uma carranca em seu rosto.

Dazai andou até a cozinha apenas para pegar a chave de casa, e logo, os três estavam andando pela rua. Apesar de Dazai ter protestado de ir andando, Chuuya e Fyodor pareciam pouco interessados em ir de carro, e depois de uma votação — injusta nas palavras de Dazai — eles decidiram ir andando, enquanto buscavam por algum lugar para comerem juntos.

— Venho pouco nessa parte da cidade, nunca olhei muito além do que vejo de carro às vezes — Dostoevsky comentou enquanto eles andavam por uma das ruelas do bairro de Dazai.

— Conheço aqui como a palma da mão. Quando nos mudamos para cá eu me perdi três vezes vindo visitar Dazai das primeiras vezes.

— Mudaram para cá? — Fyodor perguntou confuso.

— De Osaka, já tínhamos falado isso para você, eu acho — Chuuya murmurou, Fyodor piscou algumas vezes e concordou com a cabeça.

— Desculpe. Apenas tinha esquecido.

— Tudo bem. De qualquer forma, foi difícil de encontrar esse lugar no começo, e para se adaptar a cidade também. Porém, eu gosto de morar aqui hoje em dia — Chuuya disse, com um pequeno sorriso no rosto. Dazai olhava-o de lado enquanto andavam, e não pode deixar de sorrir pequeno e desviar o olhar, escondendo suas mãos em seus braços.

Cultivando O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora