42 || TOCA EM CHAMAS

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— Estava delicioso, Molly, de verdade — Tonks sorriu ao abrir a porta da frente com Lupin, Cedrico e Aimée atrás dela.

— Tem certeza de que não quer ficar? — Molly perguntou, colocando a mão em seu ombro.

— Não, temos que ir — Tonks sussurrou — A primeira noite do ciclo é sempre pior.

O lobisomem estava olhando para o campo ao redor da Toca, imóvel como se estivesse estudando o terreno de perto.

— Remo? — Arthur tentou tirá-lo de seu devaneio.

— Querido? — Tonks colocou uma mão reconfortante no braço de Lupin.

O silêncio envolveu a casa, antes que uma grande bola de fogo atingisse a grama, formando um círculo ao redor da Toca, Bellatrix Lestrange materializou-se na frente deles.

Harry passou por eles, lançando um feitiço contra a Comensal enquanto ela sorria entre as chamas, Remo e Tonks tentaram segurá-lo, mas falharam. Aimée agarrou a mão de Gina enquanto ela corria para fora da casa, as duas irmãs pularam sobre as chamas e atravessaram os campos de trigo como foice.

A água escorria sob os pés quando elas pararam, um rosnado baixo veio de trás delas, Aimée empurrou Gina para trás dela, com a varinha pronta para atacar enquanto a figura inconfundível de Fenrir Greyback emergia da plantação.

Estupefaça — Harry lançou o feitiço quando apareceu, o lobisomem se transformou em uma nuvem de fumaça preta que disparou no ar. Os três estavam cercados por todos os lados enquanto lançavam feitiços em todas as direções.

— Harry! — Arthur gritou quando ele, Tonks e Remo se juntaram a eles, os seis apontaram suas varinhas em direções diferentes. Os dois Comensais da Morte desaparataram, suas formas escuras se chocaram contra a Toca, às chamas engoliram a casa precária.

— Molly — Arthur murmurou, correndo de volta pela plantação, os outros estavam logo atrás dele enquanto a Toca em chamas surgiu à vista, todos, felizmente, estavam fora de perigo.

O rosto de Aimée caiu enquanto ela observava a fumaça subir, Cedrico envolveu seu braço em volta dela quando a viu, e pressionou um beijo solene em sua testa.

— Eu não posso... isso... se foi — ela gaguejou, seus irmãos estavam olhando para a casa em descrença e em estado de choque enquanto seu lar, outrora seguro, agora, estava como gravetos diante de seus olhos.

[...]

Com exceção de Tonks e Lupin, todos chegaram à casa de Cedrico e Aimée. Ainda estava longe de ser permanentemente habitável, com paredes meio pintadas e quartos sem móveis, mas tinha espaço suficiente para todos dormirem no chão com sacos de dormir.

— Eu não teria escolhido essas cores para as paredes, querida — Molly riu tristemente, tentando levantar o ânimo do ambiente.

Aimée olhou para o sabonete líquido e depois para a mãe.

— Ainda não começamos a pintar este quarto.

Ambas sorriram, observando Cedrico conjurar sacos de dormir para todos, entregando um para cada Weasley. Molly virou-se para a filha.

— Por Merlin, onde você desenterrou ele? Ele é incrível!

Cedrico havia ido para a cozinha semi reformada, e agora estava enchendo a chaleira para fazer chá para todos.

— Ele é, não é? — Aimée sorriu para sua mãe.

— Você sabe, ele olha para você como se você fosse toda a sua razão de viver — Molly passou um braço em volta da filha — O sorriso dele é sempre maior quando ele está olhando para você.

As duas mulheres sorriram quando Cedrico voltou para a sala, carregando uma bandeja cheia de xícaras fumegantes de chá, cada um dos Weasley agradeceram ao pegaram as xícaras. Ele se aproximou da namorada e da mãe de sua namorada.

— Você quer uma xícara de chá, Sra. Weasley?

— Quantas vezes eu já disse para você me chamar de Molly? — ela sorriu, envolvendo os dedos em torno de uma das xícaras.

Cedrico riu, olhando para os dois últimos copos e entregando um para Aimée.

— Vou começar a pintar essas paredes quando você voltar para a escola.

Molly assistiu com adoração enquanto sua filha mais velha deu um beijo na bochecha de Cedrico, antes de se sentar ao lado de Arthur.

— Eles me lembram de nós, antigamente — Molly disse ao se sentar.

Os lábios de seu marido se curvaram em um sorriso enquanto ele bebia de sua xícara.

— Ele é um bom rapaz, parece quase perfeito para ela. Especialmente considerando seus patronos.

Molly encostou-se em Arthur e sussurrou para ele animada.

— Você acha que eles vão se casar um dia?

— Um dia? — ele fez uma pausa para pensar — Estou pensando que vai ser mais cedo do que esperamos. Feliz Natal, Molly!

— Feliz Natal, Arthur! — eles brindaram delicadamente suas xícaras, observando com prazer sua família, em expansão, lentamente se enrolarem no chão acarpetado, os roncos logo encheram a sala de estar.

𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || 𝐜𝐞𝐝𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐠𝐨𝐫𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora