XIII

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O ambiente estava quente. Ele suava. Sentia a pele borbulhar, não só de calor. Ela estremecia, dava pontadas lentas e gostosas de excitação.

Os olhos embriagados viam a cama grande em que se sentava. Era decorada com um dossel, de onde cortinas leves e rosadas desciam até o chão. Ele tocou o próprio peito, tentando aliviar um pouco do calor. 

Mas piorou quando viu uma silhueta misteriosa se aproximar por trás das cortinas. Curioso, se aproximou e as abriu, revelando o rosto belíssimo do visitante.

— Jungkook.

Diante dele, o Deus estava semi-nu. Usava uma roupa leve que cobria do quadril para baixo. Os braços eram decorados por braceletes de ouro, em que mais do tecido fino pendia deles e se juntava com o restante. O tronco perfeitamente delineado estava à mostra, a pele amorenada parecia um cetim quando Jimin a tocou. 

— Jimin-hyung. Me desculpe por fazê-lo esperar. 

A divindade ajeitou os cabelos negros para um dos lados, expondo seu pescoço.

— Mas pensei em você todo esse tempo, meu hyung. 

Jungkook fez Jimin se acomodar na cama antes de subir para o seu colo. Seus lábios beijaram o canto dos lábios do loiro. A ponta do nariz roçou na dele e o ar quente da sua respiração bateu contra sua boca.

— Você ainda me quer? 

Jimin abriu os olhos. As mãos se conduziram sozinhas pela cintura de Jungkook e nos seus cabelos longos negros. Acariciou o Deus, com uma vontade que só podia vir de uma espécie de saudade. De um querer contido e guardado há muito tempo…

— Jungkook… eu sempre vou querer.

Juntou os lábios. O beijo parecia arder na sua alma. Um ardor bom, como se algo nascesse nele. 

Passou os beijos pelas bochechas, pelo pescoço exposto para ele. E deixou marcas e mais marcas que faziam Jungkook choramingar em prazer. E Jimin desejar ainda mais fazê-los seu, entre seus dentes, entre seus lábios. 

Deitou o Deus na cama. Se encaixou entre suas coxas e subiu os tecidos até que seu quadril tocasse no dele. A divindade enlaçou seu corpo com as pernas, juntando os corpos. Viu o rosto do amado cair por cima do seu, as orbes desejosas e transbordando amor.

— Te quero também. Não demore, Jimin-hyung. Por favor.

[...]

Acordou diversas vezes durante a madrugada. 

O peito de Jimin se mexia de modo violento quando ele tossia, soltando lufadas de ar que expulsavam sua cabeça do travesseiro macio que era o peitoral do seu hyung. Ele se sentava na cama, vendo que os olhos de Jimin mal se abriam, cansados. Às vezes expeliam lágrimas por conta da tosse forte, que irritava sua garganta e sensibilizava os olhos pequenos. 

Assim que o sol raiou, Jungkook desistiu de ficar na cama. Estava preocupado porque nunca tinha visto Jimin assim. Nos seus desenhos, já tinha visto representações das doenças que acometiam os humanos. Gripes, infecções, intoxicações e demais coisas que eram um pouco decorrentes do quão frágil o organismo deles eram. 

Jimin também estava um pouco quente. Suava enquanto dormia. E espirrava às vezes. 

Jungkook não soube ao certo o que fazer. Nos desenhos, as mães sempre davam remédios para os filhos doentes. Mas Jungkook não fazia ideia do que era ideal para dar a Jimin, ele não conhecia nada sobre remédios, os nomes eram muito complexos e nada intuitivos. Alguns poucos vinham na caixinha com os sintomas que eles saravam, mas o Park não tinha aqueles. 

Plant boy • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora