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Droga! Mil vezes droga!
(B/n) estava frustrado, tentava aliviar sua frustração em si mesmo, arranhando seus braços e pernas enquanto lágrimas grossas rolavam por seu rosto. Estava triste, magoado, mas não poderia jogar toda a culpa em Kurapika.
Seu peito apertava, gemia com a dor dos arranhões, mas a dor maior era a do coração que estava sendo dilacerado. Finalmente tinha encontrado alguém para amar, uma pessoa perfeita aos seus olhos, jurava que ficariam juntos até o fim de suas vidas, o melhor era que o loiro parecia corresponder seus sentimentos... Só não contava que o objetivo dele vinha acima de todo e qualquer sentimento da parte dele, Kurapika passou tantos anos focando em seu objetivo, tendo-o como missão de vida que não poderia simplesmente desistir de tudo por um simples romance... Não é?
Doeu... Doeu ouvir aquelas palavras duras e frias vindo dele. E o loiro estaria mentindo se dissesse que não doeu nele também, dizer aquelas palavras tão secas para você... O coração dele partiu-se em pedacinhos pequenos quando ele viu seus olhos marejados por culpa dele, por não conseguir abrir mão de uma vingança tosca e sem sentido, já que seus pais odiariam ver que seu amado filho estava desperdiçando sua vida para se prender às amarguras do passado.
(B/n) soluçava cada vez mais alto naquele beco frio e escuro, tentava a todo custo enxugar as lágrimas, mas quanto mais tentava, mais falhava... Miseravelmente.
A dor de um coração partido não se iguala a nenhuma outra, pode parecer frescura e exagero para quem nunca sentiu essa dor antes, mas para aqueles que já experimentaram o gosto amargo de uma rejeição era bastante compreensível o estado deplorável em que o (moreno, loiro, ruivo...) se encontrava.
Naquela tarde o (s/s) chorou todas as suas lágrimas, até todas elas secarem e não ter mais nenhuma para escorrer de suas orbes já avermelhadas. Seu rosto estava todo inchado, nariz avermelhado, seus olhos estavam ardendo quando ele saiu do beco, tanto pelo choro recente quanto pela luz por ter ficado tanto tempo num lugar escuro.
Na rua as pessoas que o notavam lançavam olhares de pena, desgosto, julgamento. Se a algumas semanas alguém parasse-o na rua e dissesse como ele ficaria por ter o coração partido, ele certamente riria e acharia um tremendo drama, pois jamais tinha passado por aquilo antes, mas agora ele sabia.
"Eu gosto muito de você Kurapika, eu... Eu posso arriscar a dizer que te amo. Por favor, namore comigo, eu prometo me esforçar diariamente para te conquistar cada dia mais, por favor me dê uma chance!"
