Quem Sou Assassino? • PJM + JJK

Treze

Jeon Jungkook

Na manhã seguinte á ligação para Taehyung, eu sigo a risca a rotina que fui obrigado a criar, e acordo cedo – não tão cedo assim – para fazer meus exercícios ao redor do prédio.

Em silêncio, saio do quarto e sigo até a cozinha pra tomar um copo de água. O lugar estava um pouco escuro, com as cortinas todas fechadas, além de que o sol ainda estava saindo timidamente, mas os vestígio de um dia de altas temperaturas já era possível de sentir.

Aquele dia ia ser quente.

Com um copo de água na mão, eu passeio meus olhos pelo apartamento para no fim, acabar observando Jimin dormindo no sofá.

Ele tinha jogado a coberta pra longe, estava todo espalhado pelo estofado e era possível ver gotículas de suor em sua testa.

O tampinha parecia inofensivel, até fazia um biquinho fofo enquanto ressonava.

Puff, qualquer um que o visse daquela forma mal podia imaginar o diabinho que era.

Mas eu sabia muito bem!

— Você não me engana, sua peste!

No sofá, Park resmunga como se me rebatesse, meio bravo. Não tô dizendo? Até dormindo!

Tenho certeza que tá me xingando. Sonhando com uma luta na qual ele ganha lindamente.

Pentelho.

Deixando de lado a fúria sonolenta de Jimin, eu terminei minha água, e finalmente saio do apartamento, pronto para minha hora de exercício.

Eu não era do tipo paranóico que não podia ficar sem se exercitar por nada nesse mundo, mas já tinha anos de prática o suficiente pra entender que a atividade física era como uma terapia pra mim.

Me deixava menos tenso, me permitia pensar e sentir com mais clareza, e talvez por isso, eu não tenha me afundado na escuridão que me mente se tornava ás vezes.

Por isso, por mais caótica que fosse o cenário da minha vida, eu não deixava de me exercitar, mesmo que fosse um pouquinho.

E mesmo que fosse sem música.

Aish...como eu sentia falta de um fone de ouvido.

— Bom dia, Jungkook-ssi — enquanto me alongo, sou surpreendido com a voz grave de Namjoon, o vizinho simpático do 9, que se aproxima esticando os braços, como se alongasse também.

— Bom dia... — Eu o encaro com um sorriso amigável, observando que ele veste roupas mais esportivas.

Uma calça de moletom leve, uma regata que deixava aparente os músculos do braço, e os tênis preto firmemente amarrados.

Não tão diferente de mim, mas eu precisei improvisar quando não tinha nada esportivo no meu guarda-roupa atual de três peças.

Por isso, usava também um moletom, um pouco mais pesado que o dele, e uma camiseta de mangas, simples, assim como o tênis que usava desde a festa.

Era o único sapato que eu tinha de qualquer forma.

Ainda bem que ele era confortável.