Quem Sou Assassino? • PJM + JJK

Dois

Jeon Jungkook

— Então você, basicamente, convidou a faculdade inteira? — eu pergunto para Sana, depois que ela, finalmente, larga minha boca.

Eu passo a língua pelos lábios, em uma tentativa - falha, vale ressaltar - de aliviar a ardência dos beijos incessantes.

Não que eu não goste de beija-la, não é isso, mas ela, ás vezes, parece um dementador, que quer sugar, não só a felicidade, mas a tristeza do meu corpo, também.

— E Sana faz alguma coisa que não seja gritante? — Yugyeom resmunga, ao nosso lado, enquanto ainda encarava o livro que tinha em mãos.

— O Yug tem razão, gatinho — ela diz, dando um sorriso cínico para meu amigo, ao notar seu tom azedo. Eles eram engraçados, pareciam dois irmãos trocando farpas, o tempo todo — além disso, esse ano não dei nenhuma festa como a do ano passado.

— Realmente, aquela foi do caralho — concordo — vai ter que dar duro para igualar.

— Não se preocupe. Eu me garanto — piscou, me dando mais um selinho longo, antes de se afastar — eu ja vou indo, vou encontrar Yeri para finalizarmos alguns últimos detalhes. Tchau, gatinho. Tchauzinho Yug — e sem esperar resposta, Sana se vai, caminhando graciosamente até seu carro.

— Aish. Ela sabe que eu odeio esse apelido — Yugyeom reclama, revirando os olhos.

— Ah, fala a verdade. Você ama! — zombo, sorrindo, e trato de me desencostar de seu carro, em seguida —Eu ja estou indo também. Meu coodernador quer conversar comigo. Te vejo mais tarde? Podemos estreiar aquele seu jogo novo.

Eu proponho, animado, aquela rotina que já é conhecida por nós.

De um jeito ou de outro, sempre acabavamos juntos, jogando video game, com pizza e cerveja, depois das aulas da faculdade. Yugyeom morava sozinho, e por isso acabava tendo uma liberdade maior.

Já pra mim, era um ótimo escape.

— Combinado. Mas você leva a cerveja. — ele diz, so então me olhando

— Vou levar a mais barata!

— Não seja mão de vaca, Jeon.

E sem dizer mais nada, eu apenas aceno, de costas, caminhando em direção ao prédio onde fica a secretaria, disposto a resolver, seja lá o que precise, o mais rápido possível, e então ir pra casa, tomar um banho quente e me encontrar com meu amigo.

Tudo sem interrupções.

No entanto, é claro, a vida nunca gosta de jogar com as nossas regras, e eu tinha que, infelizmente, encontrar Park Jimin na frente da sala do senhor Lee,o coordenador do nosso curso.

O tampinha estava distraído com o celular, e por isso não viu eu me aproximar de forma tranquila, o que, consequentemente, me deu a chance de analisa-lo.

E não que eu ficasse notando, mas Park Jimin tinha se tornado um puta de um gostoso.

Claro, que se não fosse o fato dele ser um irritante do caralho, eu provavelmente perderia cinco minutos no vestiário da faculdade.