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__ No Dia Seguinte __
[ 06:30 ]
Embora fosse muito cedo e o horário em que estava acordada ontem fosse considerado muito tarde, eu não me encontrava nem um pouco sonolenta e muito menos cansada. Me sentia "bem", como se pudesse correr uma maratona sem problemas.
Okay. Talvez eu tenha exagerado um pouco, entretanto...eu realmente me sentia "melhor". ― minimamente melhor, mas já era um começo.
Ainda que as palavras do Shoto voltassem uma vez ou outra à minha mente, me relembrando da minha atual e mais "nova realidade" com relação ao meu poder perdido, eu estava conseguindo contornar aquilo e, por mais incrível que pareça, superar.
Era difícil, doloroso, angustiante e principalmente frustante, porém...eu também me relembrava das promessas que fiz ao Bakugou e tudo o que ouvi dele, e isso me encorajava a não temer pelo futuro.
Até porque, agora já foi. Não há mais volta e o que me resta é aprender a viver com essa "diferença" presente em meu ser.
Enquanto o ponteiro do relógio preso à uma das paredes do quarto se movia de número em número, mudando os minutos à todo momento, eu me sentia cada vez mais entediada e muito, MUITO, "travada".
Precisava urgentemente sair daquela cama, me mexer, fazer algo que conseguisse colocar esses músculos flácidos para funcionar e não me sentir mais tão inútil, precisando de ajuda para absolutamente tudo.
Eu sei que não devia, mas aproveitando que esses aparelhos médicos não estão mais conectados à mim e muito menos algum soro, melhor dar uma "mexida" no esqueleto.
Já que esse quarto não tem nada de interessante, buscarei novidades nas janelas. Afinal, não deve ser à toa que o meu marido fica observando a cidade por uma delas. Certamente, elas devem possuir uma vista esplêndida dessa cidade movimentada, uma ótima distração para uma paciente como eu.
Respirando fundo, retirei aquele edredom de cima das minhas pernas e, ajeitando aquele roupão largo e sem graça que me fizeram vestir, deixei a cama.
Emy: chão gelado do cacet*, hein? ― resmungo, sentindo um leve incômodo por ter os meus pés antes quentes com o edredom terem tido contato direto com o piso gélido daquele cômodo.
Antes que procurasse algum sapato ou chinelo por aquele quarto, percebi a maçaneta da porta ser girada e alguém, com certa sutileza, entrar no quarto.
Felizmente, não era nenhum médico ou enfermeira para me dar um sermão por estar fora da cama. Era apenas o Katsuki e sua cara de c* de sempre.
Emy: oi, amor! Bom...-
Bakugou: mas que diabos você está fazendo de pé?! ― pergunta indignado, mostrando que não me veria livre de um sermão. ― ficou maluca, p*rra?! Você foi esmagada por dois dragões, caralh*! Ainda não sacou isso?!
Emy: mas...-
Sem me dar chance de me defender, Katsuki se aproximou de mim em passos rápidos e, usando a sua força impressionante, me pegou no colo, colocando-me sentada na beirada daquela cama hospitalar nada aconchegante.
Bakugou: você sabe que não pode sair daqui enquanto o médico não permitir, não sabe? ― eu assenti, olhando-o com certo deboche apenas por provocação. ― e ele permitiu por acaso, para você ficar sapateando por esse quarto, Emy? Não. Então, trate de se contentar com essa cama, okay?
Às vezes o seu senso de autoridade idiota e preocupação exagerada me desanima, como agora.
Emy: amor! Dá um tempo, vai? ― abro um meigo sorriso, tentando fazê-lo mudar de ideia apenas com o meu charme natural de mulher. ― eu estou cansada de ficar nessa cama, 'tá? É um baita tédio esse lugar. Eu quero me divertir! Fazer algo que não me deixe com um semblante de inútil, entendeu?
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Meu Explosivo | 2ª Temporada
Fanfiction~> [ Concluída ] [ REVISADA ] <~ Um bom tempo se passou desde a vida de adolescente de Emy Yoshida. Ela, agora tendo 22 anos, se tornou a heroína número 1 do Japão no Ranking Feminino. Porém, ainda quer garantir o primeiro lugar no Ranking Geral, p...