Meu Explosivo | 2ª Temporada

• Capítulo 5 | Treinos Em Vão

__________" ❦ " __________

__ Dias Depois __

[ 20:00 ]

Ainda estava um pouco atordoada.

Não fazia ideia de onde estava. Com quem estava, e muito menos como estava.

Apenas sentia o latejo doloroso da minha cabeça, seguido de outras dores pelo meu corpo. Principalmente, na região do meu tronco. Já estava insuportável aguentar aquele incômodo. ― e pensar que acordei há menos de minutos.

Não me lembro muito bem de tudo o que rolou. Só me recordo de estar na Zona Norte com o Katsuki e o Midoriya, lutando contra um cara maluco, com dragões azulados enormes e tudo mais.

Argh. Parece que eu fui atropelada e depois amassada como uma folha frágil de papel.
P*rra...que sensação horrível!

Embora todos os meus membros estivessem formigando, como se o sangue tivesse voltado para eles naquele exato momento, eu não estava nem um pouco a fim de continuar naquela posição por mais algum tempo.

Precisava me mexer.
Fazer alguma coisa que me "destravasse".

Primeiro, movimentei as minhas mãos e pés, sendo cautelosa para não me quebrar mais do que já estou. Em seguida, após notar que felizmente estava com todos as partes do meu corpo ali, abri os meus olhos com certo cuidado, acostumando aos poucos a minha visão com a claridade daquele cômodo em que estava.

Piscando por algumas vezes, finalmente a minha visão se adequou e eu pude observar cada centímetro do lugar em que me encontrava.

Era um quarto, aparentemente hospitalar. Com aqueles quadros melancólicos nas paredes, luzes modernas, grandes janelas e móveis de cores neutras, digno de telenovela mexicana.

Do meu lado esquerdo, um soro fisiológico era depositado na minha veia por uma fina mangueira. Já do meu lado direito, vários aparelhos médicos que checavam os meus batimentos e tudo do tipo apitavam repetidamente, chegando a ser irritante. Os meus braços, recheados de fios que se ligavam à esses aparelhos, também estavam repletos de curativos e arranhões já cicatrizados, como todo o meu corpo.

Pelo o que sentia abaixo do edredom da cama, boa parte das minhas pernas e tronco estavam enfaixados.
É, Emy. Você se machucou bonito, viu.

Emy: argh! ― gemo de dor, vendo que mudar de posição, naquele estado, não era uma boa ideia. ― caralh*. Ninguém merece.

Já que o meu próprio corpo não queria colaborar para eu me movimentar, optei por me contentar em continuar naquela mesma posição por mais algum tempo.

Soltando um longo suspiro, observei o horário em um relógio de parede logo acima da batente da porta. Porém, tinha algo de errado.

Pelo o meu entendimento de hora, já se passavam das 20:00, mas isso é impossível. Afinal, me lembro muito bem de que o jantar na churrascaria que a próprio Mina organizou começaria exatamente às 20:00, então...como AINDA são 20:00?

Estranho.
Sonho eu sei que não foi, já que nunca tenho sonhos tão complexos assim, ainda mais relacionado a comida.
Viagem no tempo e espaço também não pode ser, já que é cientificamente impossível.
Okay. Nenhuma das opções é válida, então...o que rolou, afinal?

Enquanto tentava organizar os meus pensamentos e criar hipóteses concretas do que possa ter acontecido comigo, escutei o trinco da porta ser segurado e, logo em seguida, girado, destrancado facilmente a porta do meu atual quarto.