• Capítulo 12 | Vencemos Nessa P*rra!

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__ Dias Depois __

Com o som alto de apitos simultâneos e repetitivos ecoando por todo aquele cômodo em que estava, despertei.

Embora me sentisse como se tivesse sido pisoteada em todas as partes do meu corpo por uma multidão de pessoas enfurecidas, consegui me mover sobre aquela cama e, com certa dificuldade, me colocar sentada acima dela.

Com uma dor aqui e uma fisgada ali, me acomodei melhor sobre o colchão macio e olhei em volta um tanto confusa.

Após adaptar os meus olhos com a luminosidade presente naquele quarto exageradamente branco, pude observar tudo com mais precisão e clareza, percebendo logo de cara os aparelhos médicos ao meu lado e os soros fisiológicos conectados às veias dos meus braços.

É, Emy. Você realmente está internada em um hospital. De novo.

Emy: argh! Como eu sou sortuda, hein? ― digo à mim mesma, indignada com o fato de SEMPRE acabar aqui, em um quarto tedioso de hospital.

Liberando um longo e pesado suspiro, voltei a atenção ao meu corpo, torcendo para estar tudo em seus devidos eixos. E bom, pelo o que pude notar naquele momento, estava tudo ali, no jeito, como naturalmente deve estar. Porém, arranhões e hematomas ainda eram maioria em boa parte do meu corpo.

Interiormente, eu me sentia bem e saudável. Já exteriormente, parecia que eu tinha morrido e ressuscitado. E o pior disso tudo, é que hematomas demoram MUITO para desaparecer. Complicado, 'né.

Apesar de parecer que estava fazendo um cosplay de múmia egípcia com tantas faixas e curativos que cercavam as extremidades do meu corpo, busquei ver tudo pelo lado positivo. Estava viva, não é mesmo? E é isso que realmente importa.

Antes que tomasse alguma iniciativa maluca, e certamente inapropriada para o meu estado atual, de me mover para fora daquela cama e colocar esses membros para se mexerem, percebi a maçaneta da porta daquele quarto ser girada e alguém entrar rapidamente.

Era a Ochako, com um belíssimo arranjo de rosas vermelhas em mãos, uma das flores que mais admiro na natureza. Logo que ela fechou a morta e me viu ali, sentada sobre a cama e acordada, chegou a deixar o arranjo cair no chão, claramente surpresa.

Uraraka: Emy? Emy! ― ignora o buquê de flores e simplesmente corre até mim, puxando-me para um dos seus abraços apertados e um tanto inapropriados para o meu atual estado físico. ― amiga! Você acordou enfim! Ah, que bom! Que bom, amiga! ― afirma esbanjando alegria e eu, liberando um breve resmungo de dor, consegui alertá-la de que esse não era o melhor momento para esse tipo de contato físico. ― oh! Me perdoe, Emy! Desculpe, eu acabei esquecendo que você ainda está de recuperação. Foi mal mesmo.

Acabei acompanhando-a naquele riso nervoso, mais do que aliviada por ter me livrado das dores que esse abraço apertado me causara momentaneamente.

Como em um flash de memória, acabei recordando de absolutamente tudo o que rolou antes de acabar aqui nessa cama, internada.

Os meus colegas.
A batalha mortal contra o Nine e os seus subordinados.
O Katsuma e a Mahoro.
Todos eles cruzaram a minha mente em diversos flashes de memória. Relembrando-me de TUDO.

Espera aí...
P*ta merda!
O Bakugou!
O BAKUGOU!

Emy: Uraraka! ― a agarro pelos ombros, deixando-a um tanto assustada. ― anda, Ochako! Me fala a verdade! ― fixo os meus olhos nos dela, mantendo a seriedade, embora estivesse tendo um breve ataque de pânico por dentro. ― o que aconteceu depois que eu desmaiei? Nós conseguimos? Vencemos o Nine e aqueles merdas dos seus coleguinhas? E o Bakugou e o Midoriya? Como eles estão? O Katsuma e a Mahoro? Estão bem? Já foram entregues para o pai deles? FALA, URARAKA! FALA! ― começo a sacudí-la, tomada pelo desespero que vinha juntamente dessas perguntas diretas e de respostas também diretas.

Meu Explosivo | 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora