Oii gente, seis tão bem? Feliz natal antes de mais nada! 🎄❤️
eu ia atualizar ontem, mas como foi a virada pro Natal eu não fiquei no cel pra ficar com a minha família, e eu também cheguei cinco horas da manhã kkkkkk, tava morta. Mas enfim, mas um cap pra vcs e eu espero que estejam gostando..
Não esquecem de comentar oq vcs estão achando, eu amo ler😩. Bjsss!!!
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Soraya Thronicke.
Maiara, que sabia daquela proposta e ficara tão furiosa quanto eu, franziu o cenho, penalizada.
Sabia que eu nunca faria tal coisa se pudesse evitar.
- Se não for prostituta dela, vou ser do agiota e seus capangas. Não tenho muito solução, não é?
- Nem pense nisso Soraya! - A morena balançou a cabeça. - Essa irmã do Carlos é uma filha da puta! Ela poderia muito bem te ajudar sem exigir isso.
- Ela quer se vingar. No passado eu a rejeitei. Ela me chamava de prostituta do Carlos. Agora quer provar que tenho mesmo um preço. Duvido que ela se importa com o irmão ou comigo. Nunca nos engoliu. Não perderia uma chance de me humilhar.
- Tem certeza do que vai fazer? Você nunca mais será a mesma depois disso..
- Não tenho escolha, Maiara. E não posso ficar pensando muito. Amanhã preciso ter o dinheiro em
mãos.-Vai lá agora? E se ela não estiver no escritório?
Tem o telefone de lá?- Sim. Na boate me deram o endereço e o número do escritório dela. Parece que ela está em Nova
York.- Vai lá em casa e ligue. Fico aqui e olho a Ceci e o
Carlos.- Obrigada. Não sei o que seria de mim sem você.
Beijei seus cabelos ao passar por ela para ir pegar o número do telefone em minha bolsa. Sentia-me como se estivesse indo para a forca. No corredor, espiei para dentro do quarto onde eu dormia com Carlos nos últimos anos. Deitado imóvel sobre a cama, o homem pálido e esquelético dormia profundamente, coberto por um lençol até o peito.
Entrei silenciosamente no quarto e me aproximei da cama. Lágrimas surgiram nos meus olhos mais uma vez ao vê-lo naquele estado. Ele tinha apenas trinta anos. Talvez nem chegasse a completar trinta e um. Era apenas a casca do homem que fora no passado e por quem eu havia me apaixonado.
Acariciei seu cabelo macio, castanho escuro, e minhas lágrimas pingaram no lençol.
Tentei me controlar enquanto o virava mansamente de lado, minhas mãos foram até os travesseiros que o mesmo estava encostado com a cabeça e ajeitei o travesseiro. Minhas mãos passaram por seu rosto e foram para suas mãos.
Ele estava tão magro. Precisava sempre mudar a posição dele, para que não criasse feridas.
No hospital ele sempre ficava com as feridas, pois os enfermeiros deixavam-o amarrado na cama, sempre na mesma posição. Em casa eu era cuidadosa com aquilo, não deixava faltar as pomadas dele, mantinha-o sempre limpo e acordava de madrugada para ajeita-lo.
Os remédios para evitar a dor e o próprio estado dele, de semi-coma, deixavam-no dopado a maior parte do tempo. Somente muito raramente, como acontecera naquela tarde, ele recobrava a consciência, falava do passado, com pensamentos confusos e agressivos. Era a fase final da doença.
Logo ele não teria mais consciência nenhuma.
- Me perdoa. - Murmurei, beijando o seu rosto frio, com carinho. Eu jurara cuidar dele até o final e ser fiel. Agora eu teria que quebrar a segunda promessa. Tentei controlar as novas lágrimas que insistiam em cair. - Deus sabe que eu não faria isso, se pudesse evitar. - Durma bem.
Ergui-me, ajeitei seus lençóis e saí do quarto em silêncio. Abri a porta do quarto da frente, onde
Cecília dormia tranquilamente de bruços. Enchi-me de amor e entrei no quarto. Beijei seus cabelos e silenciosamente rezei para que ela nunca soubesse o que eu ia fazer, peguei o pedaço de papel na minha bolsa, com o telefone da minha carrasca, e saí do quarto sem fazer barulho.Maiara estava sentada no sofá, visivelmente nervosa e preocupada por minha causa. Tentei ser corajosa e sorri para ela.
- Tudo isso vai passar Maiarinha. E eu vou esquecer.
- Se eu pudesse evitar isso... Eu juro Sory... Juro que daríamos um jeito e...
- Ninguém pode. Vou até a sua casa ligar, tá bem?
- Claro. A porta está aberta.
A casa dela era maior que a minha, e estava em melhores condições. Sentei-me no sofá da sala, muito limpa e não quis ficar remoendo o que eu ia fazer. Era melhor resolver tudo de uma vez.
Disquei e em pouco tempo uma mulher atendeu.
Disse rapidamente a ela que queria falar com Simone Tebet e quem eu era. Para a minha surpresa a secretária não me veio com desculpas de precisar de hora marcada. Pediu apenas que eu esperasse na linha. Demorou um pouco até uma voz imponente falar.
- Eu estava de saída. Por pouco você não me encontra aqui, Soraya. - Fiquei gelada ao ouvir a voz dela. Segurei o telefone com força.
- Eu aceito. - Falei baixo.
- Eu sei. - A arrogância dela fez minha raiva aumentar. Engoli em seco e falei com firmeza:
- Preciso do dinheiro hoje.
- Temos que conversar e combinar os detalhes.
- Que detalhes? Você já não fez a sua... Oferta? -
Não pude evitar a ironia.- Isso é um negócio, Soraya. Tudo precisa ser exato, para evitar mal entendido. - O tom dela era cínico e a sua voz baixa. Parecia estar se divertindo por conseguir o que queria. - Dê-me seu endereço.
Meu motorista vai busca-la.- E me levar para onde?
- Ora, para o covil do lobo! - Ela disse com seu tom irônico na voz. - Espero você em meu apartamento. Combinamos durante o jantar. E depois cuidaremos do pagamento.
- Eu... Eu não posso demorar muito. Preciso cuidar da minha filha e do...
- Já falei tudo o que tinha que ser dito. Levaremos o tempo que for preciso. Arrume alguém para cuidar de seus problemas por enquanto. Dê-me seu endereço.
Voltei para casa controlando-me para não chorar.
Eu sempre fora de chorar à toa e, com todos aqueles problemas, vivia chorando. Mas queria ser corajosa e levar adiante com aquele acordo. Não ia me entregar ao desespero.- Falou com ela? - Maiara se levantou do sofá.
- Sim. O motorista dela vem me buscar. Eu não gostaria de pedir isso, mas...
- Não se preocupe. Eu fico e tomo conta de tudo.
Ceci adora ficar comigo e sabe que sou louca por ela. E sabe que fazemos coisas divertidas juntas..
Como comer um pote de sorvete enquanto assistimos algum desenho pelo notebook da larissa. - Ela sorriu.- Carlos ficou nervoso hoje, mas agora dormirá direto. Você sabe trocar o frasco do soro, não é? Vai demorar a acabar, pois está lento.
- Sei de tudo isso. Agora vá se cuidar. Nada disso é culpa sua, So. Você continua sendo a moça forte e lutadora que eu admiro. Eu confio no seu potencial e sei que tudo isso vai passar...
Abracei-a e depois saí correndo da sala. Precisava me preparar para mais uma prova que a vida colocara em meu caminho.
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CHANTAGEM - SIMORAYA
FanficAté onde a necessidade é capaz de ir? O dinheiro realmente compra tudo? E o amor? O amor existe? Até onde a luxúria e o poder são capazes de ir?