𝖓𝖔𝖛𝖊

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4 DE MAIO, 1000NÁRNIA

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4 DE MAIO, 1000
NÁRNIA

— Para de ser esquisita! — Um garoto ruivo gritava para mim, eu queria entender o problema em mim.

— Suas pinturas são péssimas, você não é um Leonardo DaVinci ok? — Me disseram enquanto via o meu desenho favorito ser rasgado, era um castelo que tinha uma praia atrás, era lindo, eu me sentia quase que em casa quando o olhava.

— Não! — Gritei para pararem, mas já era tarde de mais, tudo estava em pedaços, cada partezinha, eu prometi que iria dar este desenho a Belly, e o que eu diria agora?

Eles saíram deixando a sujeira para trás e eu apenas fui até lá, e peguei um por um.

— O que tem de errado comigo? — Perguntei a mim mesma, enquanto tentava consertar.

"Há tudo de errado com você" a voz de uma das meninas ecoavam na minha mente.

"Tem esse jeito esquisito e chato, apesar de já ter treze anos, ainda é tão infantil. "

" E você diz que não, mas ninguém liga para nada do que você faz."

As lembranças estavam começando a se juntar, e tudo que eu queria era fazer parar, mas não conseguia por um fim naquilo.

"Já pensou em se matar? Você não faz nada útil mesmo."

— Para, para, para. — Eu sussurrava para mim mesma, enquanto meu peito batia rápido e então eu fiquei com dificuldade de respirar, e tudo pareceu se fechar, mas consegui abrir meus olhos.

Outro pesadelo.

Algo que talvez eu deveria ter comentado, mesmo depois da conversa com Pedro e Aslan, os pesadelos não tinham diminuído, muito menos parado.

Eu observei as paredes ao meu redor, e dei Graças a Deus por ter acordado, afinal hoje era o dia da coroação, e eu não poderia estar mais ansiosa, o sol batia no meu cabelo, era como se me dissesse "bom dia" e particularmente eu amava como aqui tudo parecia se encaixar.

— Pedro, irão ser apenas quatro coroados hoje

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— Pedro, irão ser apenas quatro coroados hoje. — Eu estava passeando pelo castelo, quando uma voz me chamou atenção, parecia uma conversa particular, mas que se dane, eu já estava ali mesmo. — Apenas os irmãos Pevensies, a Abbot nunca foi citada na profecia com um lugar além de amiga próxima do reino.

Como? Ele devia estar enganado.

— Eu sei. Eu menti para ela, era a única maneira de convencê-la e deu certo. — Pedro respondeu, quem ele achava que eu era? Um monstro? — Ela vai ficar um pouco chateada, mas nada que ela não possa superar, ela só vai pensar que foi um mal-entendido de linguagem.

Claro, mal entendido de linguagem, óbvio, ele achava que eu era tão ingênua assim? Pois ele não sabe mas estava mechendo com a Abbot errada.

— Ela se acha espirituosa, mas não vê que por mais que quisesse, não é boa o bastante para governar um país, apenas se quiser que ele acabe quebrado como ela.

Aquilo me machucou, mais do que deveria, ele não sabia que eu estava ali, mas se soubesse ele teria repetido? Ele teria dito isso na minha frente?

— Ela é complicada. — O homem ao lado concordou. — E acho melhor manter distância, não demora muito para ela se tornar a nova Feiticeira Branca com aquelas brincadeirinhas dela. — Brincadeirinhas? Então agora ter poder na ponta da língua (literalmente) é brincadeirinha?

— Ela sabe bem o que faz, não é ingênua como parece, e olhe ela é até que simpática e não é de todo ruim, mas eu não estou fazendo isso, pois eu não gosto dela e sim, por causa dela e Nárnia. — Então não confiar em mim, agora é cuidado? Ele acha mesmo que eu sou tão burra em deixar ele me manipular dessa maneira?

Resolvi sair dali, já tinha ouvido tudo que eu precisava saber, aquilo tinha sido demais, eu pensei que eles realmente gostassem de mim, mas ao que parece tudo não passou de mentira, uma grande e articulada mentira.

Hoje eles iriam ver do que uma pessoa quebrada era capaz, hoje eles iriam ver do quê Ellise Abbot era capaz, e por Aslan, eles não perdiam por esperar.

𝕯𝖊𝖆𝖗 𝕹𝖎𝖌𝖍𝖙𝖒𝖆𝖗𝖊𝖘| 𝕻𝖊𝖙𝖊𝖗 𝕻𝖊𝖛𝖊𝖓𝖘𝖎𝖊Onde histórias criam vida. Descubra agora