𝖘𝖊𝖙𝖊

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1 DE MAIO, 1000NÁRNIA

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1 DE MAIO, 1000
NÁRNIA

- Você é de Londres? - Susana me perguntou, fazia alguns dias desde que a batalha havia acontecido, estávamos nos preparando para coroação, então estávamos no nosso período de férias, já que após a cerimônia, teríamos diversas novas responsabilidades.

- Não, do interior. - Eu e ela estávamos sozinhas, resolvemos ir brincar na praia de Cair Paravél, eu gostava de passar meu tempo com ela, já que tínhamos quase a mesma idade, eu me sentia conectada a ela.

- Queria que morasse perto de nós, seria tão bom, não teria que aguentar aqueles pestinhas sozinha.

- Olha bem que eu gostaria. - Falei para ela, enquanto brincava com a água que vinha até mim. - Eu me sinto meio sozinha por lá.

- Te entendo. - Ela me olhou com simpatia. - Apesar de Londres ser grande, nunca tive um melhor amigo ou amiga, além dos meus irmãos, claro, antes de você.

- E você queria? Sabe, ter mais companhia?

- Eu sempre me convenci que não, que como estava, era perfeito, mas é meio triste não ser convidada pelas meninas para brincar depois da aula, ou apenas estudar sem nenhuma colega.

- E então sempre colocou tudo o que precisava, nos ombros de uma única pessoa? No seu caso três. - Ela assentiu, sabia exatamente como era sensação, eu era assim com Belly, acho que no fim nunca dei valor realmente a ela, até perde-lá.

- Você tem alguém assim?

- Uhum. Minha prima. - Disse de forma meio vaga, eu não sei se estou preparada para comentar com eles sobre o que de fato aconteceu com ela, pelo menos ainda não. - Eu adoraria viver perto de vocês, seria sua melhor amiga Suh, e seríamos excluídas juntas.

- Eu adoraria ser excluída junto com você, poderíamos ser que nem Meg e Jo.

- Sim! Anne e Diana! Seria incrível.

- Então, podemos ser que nem elas agora.

- Acho que já somos. - Falei indo a abraçar, mas acabei por me desequilibrar e nós duas caímos no mar, ela olhou para mim e começou a rir, assim eu não pude fazer outra coisa se não rir também.

- Espero que seja assim para todo todo sempre.- Ela me disse.

- Vai ser, confia em mim. - Falei dando a mão para ela.

- Você faz muito bem a todos nós.

- Acredite, vocês me fazem ainda melhor.

- El! El! - Lúcia veio correndo até mim.

- Oi pequena. - Disse com um sorriso.

- Aslan quer falar com você.

- Aslan? - Será que eu havia feito algo de errado? Será que eu devia ir embora? O que tinha acontecido?

- Vai lá Ellie! - Su me falou. - Ele só deve querer saber como tudo aconteceu, sabe, a feiticeira te enforcar, sei lá como.

- Eu vou indo. Fiquem aí, volto daqui a pouco. - Disse correndo colina acima até Cair Paravél.

- Aslan? Me chamou? - Perguntei entrando pouco a pouco

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- Aslan? Me chamou? - Perguntei entrando pouco a pouco.

- Ah sim, filha. Queria conversar com você. - Aquele tom me deixou mais em paz, era de ternura, no fim tudo devia estar bem.

- Eu fiz algo de errado? - Acabei por perguntar para acalmar a ansiedade que crescia no meu peito.

- Nada, eu só quero falar sobre você e sua vida forá de Nárnia. - Belly. Foi a única coisa que me veio a mente, como ele sabe dela?

- Claro. Eu só não sei como começar isso exatamente.

- Seus pesadelos, sobre o que são? Pedro comentou comigo. - Ah claro, Pedro comentou, sabia que deveria ter ficado quieta sobre. - Meu bem, não fique com raiva dele, só estava preocupada com sua saúde.

- Eu... eu nem sei por onde começar. - Disse sinceramente. - Eu não estou com raiva exatamente, só meio desapontada, sabe, eu não gosto de comentar.

- Mas talvez fosse bom se abrir. - Ele falou se sentando e eu fiz o mesmo, seria uma longa conversa. - Pode confiar em mim, quando tudo estiver indo pro água baixo, é a mim quem deve chamar.

- Oh Aslan, é que eu venho me sentindo uma idiota, há um ano, sabe desde da morte de Belly, a minha prima, eu deveria ter feito mais e eu. - Senti uma lágrima solitária cair. - Não fiz, mesmo sabendo de tudo, mesmo depois de tudo que eu vi, eu não fui rápida o bastante, eu não fui gentil o bastante, eu só fui tola, a maior tola de todas.

- Você não é tola, meu amor, e olhe, você pode ter sido egoísta, mas tudo seguiu como deveria. - Ele se aproximou de mim, e eu pude tocar em seu pelo. - E saiba que a Belly ter perdoou, eu lhe perdoei, mas você precisa se perdoar.

- Como? Eu me sinto tão estúpida.

- Não é fácil, muito menos simples, mas aos poucos vai aprender a fazer isso.

- E como eu começo? - Perguntei com os olhos cheio de lágrimas prestes a cair.

- Falar sobre isso com outras pessoas seja bom.

- Eu... não consigo, tenho medo de que sintam pena de mim, ou que vejam que no fim eu só não passo de uma garota quebrada.

- Talvez eles devessem ver essa sua parte, para poder conhecer toda a Ellise que existe em si, as partes boas e ruins.

- É. - Lhe dei um sorriso, daqueles que damos cada vez que algo importante se esclarece em nossa mente, não sei explicar, é uma mistura de dor, e alegria, com realização, é estranho. - Talvez fosse bom.

- Começe com alguém que você confie querida. - Ele me disse, e pude fazer carinho em seu pelo antes de vê-lo ir, aquilo seria difícil, mas eu estava disposta a tentar, só não sabia exatamente a quem diria aquilo.

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𝕯𝖊𝖆𝖗 𝕹𝖎𝖌𝖍𝖙𝖒𝖆𝖗𝖊𝖘| 𝕻𝖊𝖙𝖊𝖗 𝕻𝖊𝖛𝖊𝖓𝖘𝖎𝖊Onde histórias criam vida. Descubra agora