O Valor de uma Bruxa.

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O treino ocorreu bem, já Yuri não foi tão bem assim, perdendo o posto de capitão do time para Marcus. Sua mente estava no Licantropo solto pelas ruas e no Dolph com suas intenções meticulosas. Era muita pressão. Estava no vestiário. Foi o último a entrar depois de um longo discurso do treinador que puxou tanto sua orelha que achou que iria cair. Tira sua camisa e abre seu armário.

— Hey babaca. — Ele ouve Marcus se aproximar, tinha acabado de sair do banho. Yuri revira os olhos.

—Agora não Marcus.

— Não estou aqui pra lembrar das tuas irregularidades, seu anormal, quero saber se sabe do paradeiro do Julcy, ele é meu brother e não perderia o treino.

— Por que você acha que eu sei? — O rapaz fecha o armário, dando as costas para o loiro que grunhe de raiva.

— Está chatiadinho por que perdeu o trono no time, não é?

— Cala a boca.

— Eu não tenho culpa se você e aquele frangote do seu namoradinho não são capazes de provar seus valores. — Marcus está sorrindo, de braços cruzados. Yuri suspira, sua raiva estava crescendo. — E qual é a dessas luvas ridículas?

— Vá se ferrar.

—Eu me ferrar? Eu poderia aproveitar que não tem ninguém aqui e arrebentar a sua cara.

—Tente... — Yuri se vira, seus olhos amarelados e suas iries finas.

— Mas que porra é essa?

— Tô esperando...

— Aberração... – O loiro diz dando meia volta.

O outro apenas entra para o box, abrindo a torneira e tirando a toalha de sua cintura. A água caía quente, seus olhos fechados e sua mente vagava aproveitando a água refrescante fazendo os seus pelos se eriçarem. Seus olhos se abrem de repente, percebendo que seu arrepio não foi devido à água. Desliga o chuveiro e se enrola à toalha. Sai do boxe averiguando o local. Seus pelos ainda eriçados e seu coração acelerado. Olhou em todos os corredores de armários e não viu ninguém, nenhum dos companheiros de time. Suspira frustrado.

— Você é mais baixo do que me lembro. — Yuri ouve uma voz baixa e grossa. Procura pelo dono.

— O que quer aqui? — Ele questiona furioso ao ver o grande homem parado na porta do box, suas roupas negras de couro eram inconfundíveis. Era Dolph. O próprio.

— Acho que você sabe o que quero. — O homem de pele pálida e cicatrizes no rosto diz sorrindo. — Mas agora, apenas conversar...

— Conversar? Você sequestrou pessoas, matou pessoas...

— Sim e fiz isso por um bem maior.

— Está brincando comigo, seu assassino!

— Yuri Cavalcante... Temos lhe acompanhado e vimos um potencial enorme em você, do nosso lado...

— Então não é só você.

— Claro que não... Apenas faço o que me mandam... — Ele sorri. — E tenho ordens de pegar a Rebecca...

— A Rebecca? — Yuri Franze o cenho, então ele mudou de ideia e esqueceram de Monique. — Nem a pau que deixarei isso acontecer...

— Bom, há dois jeitos disso tudo acabar... Um: Vocês me dão a bruxa e ninguém se machuca. Dois: Nós vamos atrás de vocês... — Ele sorri mais abertamente. — E com certeza alguém vai se machucar.

— Afinal, quem são vocês? O que vocês estão querendo com isso tudo?

— Estou te dando uma chance de vir para o nosso lado e entregar a loirinha antipática, acho que deveria repensar, vocês não sabem o que está por vir, Volvycan.

A Herança Animal (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora