Achem o livro, Salvem as Topson.

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A música era embalada por um Dj canadense que usava um chapéu branco e roupas negras, alternava entre eletrônica pros jovens e baladas mais românticas para os adultos. Ruas foram fechadas, barracas de jogos e guloseimas foram espalhadas, a decoração era nas cores da bandeira da cidade, azul e amarelo e havia gente.

Muita gente. Vários quiosques também estão espalhados, oferecendo o melhor em bebidas, com e sem álcool. Os moradores de Forctown estão aproveitando o máximo a festa do aniversário da cidade. Assim como o prefeito Arthur quis. Era o dia do ano que mais aguardava.

Ver seu povo em um momento de confraternização mútua é um orgulho imensurável. Principalmente depois de tudo o que vinha acontecendo na cidade. Do toque de recolher que uma vez foi posto pela polícia, essa que aliás está fazendo a segurança.

— Estou passando pela estátua e tem um menino feio tomando sorvete aqui. — Amy diz, disfarçadamente em um ponto que tinha no ouvido, estava em um vestido branco, deslumbrante e isso estava a chamar atenção de rapazes por onde passava.

— Não precisa falar cada ação que for fazer Amy. — Michaella está parada, perto de um dos quiosques. Estava bem arrumada, mas nada que chamasse tanto atenção. — Aliás, o plano era ser discreta e não uma modelo no meio da plateia!

— Esperava que a filha do prefeito viesse de qualquer jeito? Eu não consegui escapar, quando pisquei, meu pai me rodeou de estilistas! — Ela retruca acenando para as pessoas que a reconheciam. — Adorei a ideia dos pontos eletrônicos Anna!

— Foi difícil passar pela segurança do D.E.C.A.S. e posso perder o meu emprego se descobrirem. — A loira está ao lado de sua mãe, ambas perto de uma barraca de brinquedos.

— Achei que a queridinha deles tivesse aceso à todos os cantos obscuros daquele lugar. - Michaella diz em uma cutucada à outra que suspira.

— Eles não dividem tudo com a Mistgirl...

— Por que não estou surpresa? A Mistgirl também não tem esse hábito.

— Gente por favor. — Amy suspira do outro lado. — A missão, lembram?

— Isso mesmo. — Anna diz sorrindo pra mãe e disfarçando. — Qualquer coisa aviso.

— Filha, não quer experimentar esse jogo? — A mulher sorridente diz.

— Mãe, isso é para as crianças...

— Que seja, estou tão feliz de terem me dado essa folga lá no aeroporto que vou me arriscar. — Ela então se aproxima da barraca. — Veja sua mãe sendo mais corajosa que você!

— Minha heroína...

*

Amy passa por um dos rapazes que distribui refrigerante pro povo e se apressa em pegar um, abrindo e tomando sem dó. Estava com sede, afinal desde que chegou em casa do hospital até ali, não tinha tomado nenhum tipo de líquido.

— O que a filha do prefeito está fazendo aqui em baixo? — Uma mulher de aparentemente 30 anos, morena de cabelos cacheados lhe aborda sorridente. Amy sorri de volta.

— Eu gosto de estar com o povo! O calor, o amor!

— Que interessante. — Ela estende a mão. — Daiana Coutto, repórter do jornal local, seu pai nos concederá uma entrevista depois, mas gostaria de entrevistar sua deslumbrante filha também...

— Oh. Eu? Aparecer na tv? — A morena sorri. — Acho que não...

— Por favor, o povo sabe que você salvou aquelas pessoas na boate Tendencial no começo do ano, mas até agora, ninguém conseguiu uma entrevista, as pessoas querem saber mais sobre a Amy Clarck, a filha heroína do prefeito Thomas!

A Herança Animal (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora