O livro misterioso

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Jungkook - Pov.

Assim que escutei a gritaria percebi ser a voz da Sn e Taehyung, sei que ele tem certa dificuldade em aceitar essa nossa realidade, mas nunca destratou nenhuma das esperanças, sempre foi afastado e depois se desmanchava por elas. Por isso não entendo sua ira com a Sn, todos nós estamos sentindo ser ela desta vez e ele agindo assim me faz estranhar tal comportamento.

Gritei com ele para soltá-la, o peguei pelos ombros e o sacudi até ele me olhar e entender o que estava fazendo.

— Está ficando doido cara, como que faz uma coisa dessas com a garota que acabou de chagar? — Minha vontade de socá-lo por tratar mal a Sn me fez respirar forte e rápido.

— Ela me tira do sério Jk, não consigo me controlar, desculpa — Abaixou a cabeça.

— Se eu souber de mais alguma grosseria sua com ela, você me paga, não vou deixar tratar ela desse jeito, não admito, escutou?

— Sim.

— Ótimo, agora vou ver como ela está.

Esperei ele descer para tentar abrir a porta do quarto da Sn, trancada, bati algumas vezes e a mesma nem respondeu. Bufei alto e cocei a cabeça preocupado, desci a procura dos outros, eles saberiam o que fazer.

Sn - Pov.

Tranquei a porta e sentei no chão me escorando a mesma, tentava controlar a minha respiração que estava descompassada pela raiva, dei um grito alto e me levantei entrando no banheiro. Após um banho gelado e demorado, sai um pouco melhor. Procuro o que fazer e vejo minha mala ao lado da cama, como não tenho mais nada a fazer naquele momento, optei por desfazer a mesma e arrumar minhas poucas coisas no grande guarda roupas.

Passo um tempo e acabo por me distrair do ocorrido que me enfureceu. Guardo roupa por roupa, deixo meus produtos de higiene pessoal no banheiro e arrumo minha penteadeira, deixando apenas um perfume e escova na mesma. Nunca tive tempo para me cuidar e comprar produtos de beleza, apenas era o meu eu natural.

Olhei para a bolsa no chão e abri vendo os diversos cremes e óleos corporais que trouxe, iria continuar com o meu ofício e não podia deixar de trazer meus materiais de trabalho.

Olho paro o relógio e vejo que se passa da meia noite, minha barriga ronca me fazendo querer comer alguma coisa, fiquei com medo de descer e dar de cara com algum deles, mas a minha fome estava tão grande que me fez nem se importar com esse fato. Podia ver qualquer um, menos ele.

Abri a porta devagar e vi o corredor vazio, olhei para os dois lados e saindo devagar, como estava tudo escuro, voltei ao quarto pegando o castiçal na minha mesa de cabeceira. Sei que parece um pouco antiquado, mas trouxe de casa, não gosto de dormir no escuro e nem das luzes fortes dos abajus, então deixo uma vela acesa ao lado da minha cama, algumas com aromas de flores, que me relaxam e pego no sono rápido.

Voltei ao corredor e mais uma vez saí devagar, desci as escadas com cuidado e fui até a cozinha. Peguei algumas coisas e fiz um lanche, comi sozinha naquele escuro, não liguei nenhuma luz para não chamar atenção. Ao terminar de comer saí da cozinha em direção às escadas, mas a luz da lua estava tão forte que passou por uma das janelas iluminando o saguão. Olhei através da vidraça o lado de fora, estava lindo com a luz do luar iluminando as flores, o que me deu uma enorme vontade de sair, porém me contive, não queria alarmar ninguém com o barulho dessas portas enormes sendo abertas.

— Vai que pensam que estou fugindo, melhor não –- Cochichei falando comigo mesma.

Sem sono e o que fazer, resolvi ir a biblioteca, ler algum livro pode me deixar sonolenta o bastante para subir e tentar ter uma noite tranquila de sono, já que meu dia foi um completo furacão. Empurrei a pesada porta de madeira, abrindo uma pequena fresta, o suficiente para eu passar. E fiquei em completo choque vendo dois dos sete homens ali presente, fiquei sem graça e nem como agir, graças a deus um deles percebeu o meu desconforto e abriu um sorriso amigável.

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