As suspeitas

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É isso pessoal, último capítulo do ano. O próximo é só ano que vem, hein.

Brincadeiras à parte, dei uma sumida. De novo. Em partes por estar sempre muito ocupada, em outras é por , no tempo que me sobra livre, acabo jogando ao invés de escrever kkkkkkkkkkk

Girlfriend estava na vez de ser atualizada, e eu comecei a escrever o novo capítulo. Mas eu quis escrever Imerso antes por conta de uma súbita inspiração que eu quis aproveitar antes que sumisse, então cá estamos nós.

Prometo que ano que vem eu atualizo Girlfriend e Oceano Negro.

Ah, eu amo as piadinhas de ano novo.

Enfim, aos que estão lendo ainda em 2022, um feliz ano novo adiantado! E os que estão aqui em 2023, espero que seu ano seja melhor do que foi o anterior. 

Boas festas <3

ᕦ⁠⊙⁠෴⁠⊙⁠ᕤ

Sett foi o primeiro a notar o movimento.

Aphelios parou de andar assim que viu as orelhas felinas de Sett se moverem, captando ondas sonoras ao longe. Longos segundos se passaram, e quando o chefe finalmente baixou o olhar para o Lunari, seus olhos brilhavam em dourado. Chegaram.

O vento uivava rente aos ouvidos dos dois, disfarçando o som do cascalho e da neve sendo pisoteada enquanto subiam um lance de degraus de pedra, traiçoeiros e derrapantes, camuflados na neve fofa. Tudo ao redor era branco e marrom e azul, e a paisagem se manteve a mesma até entrarem em uma mata fechada. A umidade deixou as folhas molhadas, o que causou desconforto em Aphelios quando a água de alguma forma alcançava sua pele.

E então finalmente chegaram.

Haviam barracas improvisadas enormes montadas em círculo ao redor de uma grande fogueira, onde provavelmente dormiam cerca de três ou quatro famílias em cada uma. Um homem alimentava a fogueira com lenha quando notou as duas figuras recém chegadas, e rapidamente largou tudo e correu na direção deles.

— Senhor! — Exclamou, tropeçando e deixando-se cair de joelhos na frente de Aphelios. — Graças aos céus...

Em um movimento de proteção involuntário, Sett deu um leve passo para frente, colocando o braço entre Aphelios e o homem que parecia prestes a chorar. Ele estava extremamente magro, sua pele estava perigosamente pálida e os dedos, roxos.

Aphelios tocou o pulso de Sett, como se dissesse que estava tudo bem.

— Fomos atacados! Eu... ninguém esperava... — O homem se levantou, apoiando-se nos próprios joelhos. — A líder evacuou as crianças e as mulheres, mas ainda assim houveram muitas baixas. Nem você, nem Diana estavam aqui e... — Ele engoliu em seco. — E sobre a profetisa Alune... eu sinto muito. Ela faleceu durante o ataque.

Sett franziu as sobrancelhas, desviando o olhar para Aphelios. E pode-se dizer que o chefe se sentiu um tanto quanto especial quando reconheceu a expressão no rosto do moreno. Aos leigos, Aphelios demonstrava desinteresse, — para Sett, ele estava pensando. Gélido e afiado, seus olhos eram tão frios quanto a neve que cobria os gramados, encarando o homem com uma superioridade que poderia ser considerada assustadora, mas para Sett era apenas muito, mas muito atraente.

— Hum.

Algo estava errado. Aphelios sabia que havia algo por trás de tudo aquilo que não encaixava. Desde a missão de Selene, com a Pedra da Lua indo parar nas mãos de um chefe de arena, até o ataque repentino dos Solaris e, agora, na falsa morte de Alune, que estava se recuperando na cabana de um senhor com uma Solari tomando conta dela. Alune havia dito que fora atacada por alguém de dentro, um traidor. Mas quem? Com que propósito?

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