O retorno

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aaa me desculpa a demora para postar, mas aqui está <3
as coisas ficarão tensas daqui pra frente, então leiam com moderação sz

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A partida de Piltover não poderia ser mais entediante para Sett, já cansado de navios enormes que balançavam sem parar. Já Aphelios estava ansioso de uma maneira intensa, pois aquele navio o levaria diretamente para casa. Para Alune. 

Ainda não havia conseguido se contatar com a irmã, não importa quantas vezes tentasse. Era óbvia sua frustração, tanto que Sett sempre tentava animar o moreno de diversas maneiras diferentes.

Mas, veja bem, ele ainda era o Sett.

"Ei, Phel", Sett chamou após notar a expressão desanimada no rosto do Lunari, "Essa guerra que está prestes a estourar entre seu povo e o tal dos Solaris… desde quando ela existe?".

Aphelios ergueu os olhos para Sett, que encontrava-se deitado em um dos quartos do navio. Ele havia convencido o moreno a alugar apenas um, levando em consideração que não iriam passar a noite ali, apenas longas horas.

"Não sei", Aphelios murmurou, "Desde que me entendo por gente ela existe".

"Você treinou só por causa dessa guerra?".

"Não necessariamente", disse, ajeitando-se na poltrona de couro do quarto, "Treinei porque precisamos nos defender".

"Dos Solari?".

Aphelios fez que não, "De tudo que venha a ameaçar nossa paz".

Sett sorriu de canto, "Não me surpreende. É sempre um lado que abala a paz dos outros. Quase nunca o desejo de guerra é mútuo".

"Por que diz isso?".

"Noxus e Ionia, não pense que seu lar é o único que está passando por problemas", Sett disse, lembrando-se da violenta guerra química que abalou Ionia há alguns anos.

"Desculpe, sou ignorante em relação à história de Runeterra. O que me ensinaram nunca ultrapassou a fronteira de Monte Targon".

Sett franziu o cenho, sem acreditar, "É sério?", assoviou, "Não conhece nada mesmo?".

"Agora sei da existência de uma guerra entre Noxus e Ionia".

Sett levantou-se da cama, aproximando-se de Aphelios, que nem ao menos se moveu.

"Não gosto do seu tipo", Sett resmungou.

Aquela frase doeu em Aphelios, que franziu as sobrancelhas diante daquele sentimento. Levantou-se, olhando fixamente para o rosto do chefe.

"Como assim?", questionou, tentando disfarçar o quanto que aquela frase o afetou.

"Lunaris. Te treinam para ser um assassino desde criança, te obrigam a fazer coisas contra sua vontade, como casamentos e sei lá mais o quê, te privam do que acontece fora da bolha em que vivem…", ele balançou a cabeça, "Como aguentou?".

Aphelios abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

Sett riu, sem humor, "Nem você sabe como, porque não percebeu o quanto sua vida é controlada".

"Eu…", Aphelios começou, mordendo o lábio enquanto pensava na conclusão da frase, "Há muita coisa pelas quais eu preciso lutar".

"Precisa? Certo, há coisas pelas quais você precisa lutar. E as coisas pelas quais você quer lutar?".

"Está dizendo para eu abandonar meu povo?", Aphelios acusou.

"Não, estou dizendo para abrir seus olhos", Sett suspirou, "Eu gosto de você, Phel. Não quero que seja um fantoche. Quero que seja você".

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