5. Lily

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Mal consigo me concentrar na direção, só consigo pensar nas palavras de Atlas. "Já falei com a advogada, já está tudo certo". Isso já me deu um pouco de esperança de que nem tudo está perdido e de que posso ter a guarda da Emmy.
            Assim que chego em casa coloco Emmy direto na cama, ela capotou durante a vinda para casa. Em seguida vou para o quarto e ligo o Notebook e vejo algumas coisas do trabalho, como os e-mails com os pedidos de flores. Assim que vejo os e-mails, lembro de Allysa. Achei injusto não ter falado sobre a mensagem de Ryle para ela já que ela é a minha melhor amiga. Então pego o celular e mando uma menagem para ela, mas a mensagem não chegou até ela, provavelmente ela deve estar sem sinal ou algo do tipo. Então resolvo ligar, e cai na caixa postal. Decido então escrever um textão bem longo explicando tudo o que aconteceu e enviar para ela, mesmo ela não vendo nesse momento.
          Respondo e-mails, abro o Instagram, volto a responder e-mails, volto para o Instagram e assim segue o ciclo. De repente escuto a Emmy gritando por mim.
          - O que houve Emmy? - Falei desesperada entrando no quarto.
          - A minha barriga tá doendo muito, muito mesmo! - Ela disse com a mão na barriga e suando frio. - Eu não tô aguentando mamãe, tá doendo muito.
          - Calma deixa eu ver. - Eu falei, mas quando eu toquei na barriga dela..
          - Ai mamãe, para! Não toca! Tá doendo muito! - Ela falou gritando de dor.
          - Calma, calma! - Cadê a porra do meu celular? Saio desesperada atrás dele (e pela chave do carro).
          Assim que encontro eu pego ela pelos braços e vou até o elevador. A Emmy está gemendo de dor.
          - A gente tá indo pro hospital, tá bem?
          - Tá.. - Diz ela quase sem forças para falar.
          Abro o meu celular o ligo para Ryle.
          - O que é ago..
          - Olha eu vou ser direta, eu tô indo pro hospital com a Emmy. Ela tá morrendo de dor.
          - QUE? COMO ASSIM?
          - Não da tempo de explicar.. - o elevador abriu. - Eu te mando o localizador. Tchau.
          - Mamãe! - Ela gritou e eu senti as lágrimas dela caindo sobre a minha blusa.
          - Calma a gente tá indo pro hospital.
          Abri a porta do carro e coloquei ela na cadeirinha e fui direto pro volante. Em seguida ligue pro Atlas.
          - Atlas, eu tô indo pro hospital...
          - O que aconteceu? - O tom de voz dele ficou trêmulo.
          - A dor na barriga da Emmy ficou mais forte.. Só vai pro hospital tá?
          - Tá. Estou indo.
          Desligo o celular.
           - A gente já está chegando ok? - Me viro rapidamente para segurar a mãozinha dela e ela estava gelada e com os olhos quase fechando. Puta merda. - Ei, conversa um pouco comigo. Tá? A sua cor favorita ainda é roxo?
           - Uhum.
           - E as borboletas e as mariposas?
           Ela tá ofegante.
           - Emerson? Filha? - Olho pelo retrovisor, ela está com a cabeça encostada na janela com as mãos na barriga e com os olhos semi abertos.
           - Mamãe, eu te amo. - Ela fechou completamente os olhos.
           Chegamos no hospital.

É assim que começa - 7 anos depois Onde histórias criam vida. Descubra agora