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105 d.c
- morte da rainha consorte e retorno da princesa de ferro -

— herdeiro por quantos dias? – Daemon ousou brincar sobre a longevidade de seu sobrinho, fazendo Verena o olhar com repreensão.— o que há?

— controle sua boca quando estivermos por lá, Daemon. É para ser um dia alegre.

— ah, por favor, o bebê nos tirará da linha de sucessão, que vantagem tem sua vida?

— sua existência entardece minha chegada ao trono então qual vantagem tem sua vida? – retrucou com a paciência desgasta. Olhou seu irmão dos pés a cabeça com dureza e, montou em Sheepstealer. Desta vez levaria seus cinco dragões para Porto Real devido a ferida de Blood Moon que deveria ter os devidos tratamento decentes, os outros iriam para fazer companhia para o dragão mais novo.— não deixe essa sua arrogância subir demais à cabeça para não acometer nenhuma besteira.

O dragão rosnou se levantando.

— esse seu mau humor tem algo a ver com as cartas sem respostas? – Verena bufou.

Por anos Verena vinha escrevendo cartas para sua queridinha mas nenhuma delas realmente foi respondida, se perguntava o porquê do seu silêncio.

— não seja bobo.– grunhiu.— nos vemos em Porto Real.– dito isso puxou a rédea de seu dragão o fazendo se sacudir para tirar a poeira antes de dar passadas rápidas para pegar impulso.

Daemon sorriu vendo os outros dragões levantar vôo logo atrás criando uma bela imagem no céu sangrento de Passopedra.

Verena bufou chateada. Estava magoada com o silêncio pertubador de Alicent, não sabia se estava bem ou se precisava de si. Estava sendo trouxa, imaginou, afinal, dar ouvidos ao seu coração nunca é sensato e desta vez ela deu e continuou enviando as cartas.

Verena saiu dos seus devaneios ao ouvir um grito vindo de trás de si. Sheepstealer rugiu recolhendo suas asas para perto de seu corpo e afundando no ar girando para o lado. Abaixo de si fazia-se presente uma frota de embarcações. Quando seus olhos violetas encontram-se com os escuros olhos de Blood Moon que caía dos céus encheu-se de fúria e lágrimas. Seu bebê mais novo ia direto para a água calma do oceano com uma flecha atravessada em seu pescoço.

— dracarys.– sua voz sobressaiu à qualquer som que estivesse sendo reproduzido a aquele instante, a frieza disfarçando o ódio.

Nashira reclinou o corpo à quarenta graus para o lado atingindo os barcos que vinha de baixo enquanto Cannibal ateava fogo nas embarcações que vinham para reforçar e Grey Ghost planou sobre os barcos e como uma serpente voou entre as flechas agarrando os homens e os jogando do alto.

Sheepstealer agarrou-se em uma dos barcos e o partiu ao meio deixando que os pedaços caíssem sobre os outros barcos. A princesa pulou do seu dragão caindo agachada com sua espada já em mãos, no barco principal que continha o símbolo da casa Lannister 

— diga adeus à sua paz.– dito isso Verena ergueu-se cortando a garganta do homem ao seu lado, girando para partir o outro ao meio sem piedade.

Homens surgiram indo para cima da Targaryen empunhando suas espadas. Verena rodopiou o convés da embarcação lutando contra seus inimigos. Bloqueou o último golpe desferido rolando para outro ponto do convés, antes de levantar-se alcançou outra espada no chão. Uma das lâminas cravou no peito e a outra bloqueou o golpe que seria fatal.

Daemon surgiu repentinamente entre as nuvens. Caraxes mergulhou no ar onde fora possível Daemon visualizar sua irmã.

Prestes a matar seu oponente Verena é arrancada brutalmente do barco pelos braços, por Caraxes. A Targaryen berrou enraivecida com seu irmão.

— a casa Lannister é tão forte quando nós comprar uma briga com eles não é tão sensato.– repreendeu.

Verena abriu a boca para retrucar mas acabou gemendo dolorida quando sentiu algo pontiagudo atravessar sua barriga. Preocupado Daemon olhou sua irmã não contendo sua angústia ao ver uma flecha atravessada em seu corpo.

— ah, merda, merda, merda...– praguejou o platinado.

Daemon agarrou o corpo pouco menor da sua irmã correndo para dentro da fortaleza gritando para que um meistre aparecesse o mais rápido

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Daemon agarrou o corpo pouco menor da sua irmã correndo para dentro da fortaleza gritando para que um meistre aparecesse o mais rápido. Alicent, que estava passando por perto, arregalou os olhos ao ver Verena desacordada nos braços do príncipe, com uma flecha atravessada na barriga e uma trilha de sangue deixada por onde passasse.

— o que houve? – indagou preocupada, mas Daemon a ignorou correndo para dentro da sala do meistre.

— agilize ela não tem tempo já perdeu muito sangue.– ordenou deixando Verena sobre a mesa do meistre, pegando em sua mão. Lágrimas formaram-se em seus olhos, o que era algo inédito. Mas incrivelmente sua irmã tinha seu lado bom e perde-la dói só de imaginar.— juro pelos deuses que se você morrer eu a trago à vida e te mato.– sussurrou.

Alicent entrou de fininho na sala. Cutucava a pele do seu dedão com a unha, nervosa. Apertou os olhos quando o meistre tirava a flecha do estômago da Targaryen deixando um buraco no lugar, não tinha estômago para assistir aquilo mas era ela que estava sobre a mesa.

— a flecha está envenenada.– o homem concluiu quando analisou a ferida aberta notando o sangue começar a borbulhar como se estivesse muito quente.— esse tipo de veneno só achamos no rochedo de Casterly, vai matá-la de forma mais lenta e dolorosa se não acharmos o antídoto que por irônico que seja só tem por lá.

— ótimo assim aproveito e já acabo com aqueles bastardos.– Daemon não deixou o meistre concluir marchou para fora da sala com os olhos carregados de ódio.

— Verena.– Viserys ignorou a saída de seu outro irmão correndo até o lado da outra.— o que aconteceu? – encarou o homem que ainda cuidava da ferida aberta de forma cautelosa.

— príncipe Daemon não disse apenas a deixou e saiu, vossa majestade.

Cuidadosamente o meistre costurou a ferida aberta pela flecha. Ele suspirou preocupado.

— ele foi atrás do antídoto, espero que seja rápido porque a perda de sangue pode acelerar o processo do veneno e isso não é nada bom.– Alicent prendeu a respiração, seu corpo endureceu.

O rei deixou que uma lufada de ar saísse de sua boca entreaberta. Girou sobre seus calcanhares e rumou para a saída, porém, antes de sair chamou sua mão.

— mande guardas irem atrás do Daemon, é preciso que ele vá e volte rápido e sem arrumar briga com outra casa.

— sim, vossa majestade.

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Destinadas: O Sacrifício de uma Guerreira ━━━ Alicent Hightower Onde histórias criam vida. Descubra agora