Capítulo 5 Nossas memórias

2.5K 126 394
                                    

Cinco anos atrás

Thierry bufou pegando seu sobretudo de tom terroso no cabideiro ao lado da porta, estava atrasado e Jungeun (Junghwa) já estava o esperando no carro. Segurou Peti quando ela tentou fugir já que a levaria para o veterinário naquele dia e seu namorado havia pedido para acompanhar os dois na primeira consulta da pequena gata. Perrin fechou a porta em um baque correndo com Peti escondida no sobretudo, por conta do frio que estava naquele dia. O jovem francês respirou fundo olhando para o painel, estava ansioso, tinha se atrasado por gastar mais tempo que o habitual para escolher algo para vestir. Thierry confessava a si mesmo que sempre achava que não tinha roupas o suficiente mesmo que seu guarda-roupa estivesse lotado.

Junghwa estava parado em frente ao carro, o inverno tinha chegado rigoroso, mas o jovem mestre tinha o hábito de estar com roupas mais leves em temperaturas menores por causa seus treinamentos, então tudo que trajava era uma blusa manga longa com gola alta, jeans e coturnos. Seus olhos acharam Thierry quando o mesmo apareceu passando pelas portas giratórias do seu prédio agasalhado com um sobretudo e um cachecol claro, os tons terrosos e claros das roupas do Perrin contrastavam com os escuro das de Junghwa , como era o contraste do mundo de ambos.

— Lapin, está muito frio, por que não subiu? — Junghwa deslizou os olhos por Thierry, o achando com frizz nos cachos devido ao frio, as bochechas avermelhadas enquanto abraçava Peti, que colocava a carinha para fora de forma curiosa do embrulho que Perrin tinha feito dentro do sobretudo.

— Eu não sabia que podia ir para seu apartamento. — respondeu e Perrin arfou.

— Você não precisa pedir para ir, Lapin. — respondeu assistindo o outro afirmar com a cabeça.

— Entre, está frio. — o jovem mestre falou abrindo a porta do veículo para Thierry que entrou e abriu os botões do sobretudo, olhando Peti sentada no seu colo. Junghwa sentou no banco do motorista ligando o aquecedor, olhou para o jovem francês que acariciava a gata e comprimiu os lábios.

— Mon Lapin, tem certeza que não é incômodo levar Peti e eu para o veterinário? E o seu trabalho? — Thierry perguntou olhando para o outro.

— Está tudo bem. — Leone disse e se inclinou sobre Thierry, fazendo o Perrin fechar os olhos sentindo os lábios frios alheios sobre o seus. Sua pele se arrepiou pela forma que a língua do outro deslizou sobre seus lábios entrando em sua boca, diferente dos lábios que era quente e fazia o jovem francês se arrepiar por completo.

Estavam namorando de forma oficial há dois meses e o Perrin já estava todo derretido pelo outro, nem sabia como tinha aguentado tanto tempo depois do primeiro beijo deles para não pedir para Junghwa transar com ele, principalmente quando o outro se empolgava no beijo e deixava Thierry zonzo por isso. Tudo que o jovem francês sabia era que seu coração estava errando todas as batidas por amor. Afagou a bochecha gelada antes de se afastar e olhar nos olhos do jovem mestre descansando as duas mãos em seu rosto, uma em cada bochecha.

— Está tão gelado, Mon amour. — Perrin disse preocupado.

— Eu estou bem. — Junghwa disse calmo com seus olhos escuros sobre os do professor de arte, queria avançar sobre Thierry para mais beijos.

Thierry fechou os olhos quando os lábios de Jungeun vieram aos seus e respirou fundo, acariciando as bochechas alheias. Seu coração estava acelerado e ele sorriu pequeno sobre os lábios do jovem mestre, quando Peti se pronunciou com um miado colocando a patinha no seu queixo. Com um último beijo deixou os lábios alheios assistindo Junghwa respirar fundo.

— Amor, Peti não está gostando de ser deixada de lado. — Thierry disse soltando risadinhas e Junghwa olhou para a gata, assistindo ao outro beijar a cabecinha da mesma e a ouvindo ronronar. Tinha que dividir a atenção do seu ursinho com a gata. Seus olhos avaliaram com atenção os lábios alheios sobre as sobrancelhas de Peti e a viu fechar os olhinhos, os seus olhos passando pelo rosto de Perrin quando lhe surgiu no peito a vontade que Thierry também beijasse sua testa.

A Torre dos Leones - Máfia PortinariOnde histórias criam vida. Descubra agora